tag:blogger.com,1999:blog-89497903606877649192024-02-07T11:18:10.971-03:00Teatro e Revista Brasileiracifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.comBlogger91125tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-61584903413001471732013-06-28T17:16:00.000-03:002013-06-28T17:17:35.529-03:00Carlos Machado: "O Rei da Noite"<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6S0_nX3MSJKRr2h3D0c_SEi42oIA_TAdQXE6-aEfgdmmuqWfnMU2t3ee6PBdcYcsqRfCm6Al9f6gzT-XPqXsRpNDjSYcj_M497hyyYNtZdkI-uK_GmXwJTqkyH0Qq7-xFBCAsEvssKQJK/s343/carlos+machado+1953.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6S0_nX3MSJKRr2h3D0c_SEi42oIA_TAdQXE6-aEfgdmmuqWfnMU2t3ee6PBdcYcsqRfCm6Al9f6gzT-XPqXsRpNDjSYcj_M497hyyYNtZdkI-uK_GmXwJTqkyH0Qq7-xFBCAsEvssKQJK/s200/carlos+machado+1953.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carlos Machado - 1953</td></tr>
</tbody></table>
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Carlos Machado (José Carlos Penafiel Machado), produtor, dançarino e mestre de cerimônia, nasceu em Porto Alegre, RS, em 16/03/1908, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 05/01/1992. Nascido em família rica, fez o curso primário em colégio de freiras e o secundário em escola jesuíta. Ficou órfão de mãe com apenas um ano de idade sendo então criado pela avó. Desde cedo começou a levar uma intensa vida boêmia ficando conhecido como o "Machadinho de Porto Alegre". </div>
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<br /></div>
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Acabou involuntariamente participando da Revolução de 1930, quando remava no rio Guaíba e deu-se início ao conflito na cidade de Porto Alegre. Quando passava em frente ao quartel general do exército lá localizado foi chamado pelo tenente João Alberto que o aconselhou a lá se abrigar, o que acabou por transformá-lo em voluntário das forças rebeldes. Por conta disso seguiu para o Rio de Janeiro como amanuense. Na então capital federal passou a se envolver em intensa vida boêmia. Em 1931, ganhou a fortuna de 30 contos de réis na roleta e decidiu então viajar para Paris. </div>
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<br /></div>
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Chegou em Paris em 1932, e inicialmente passou a levar a vida boêmia a que já estava acostumado. Dois anos depois, como era bom dançarino, acabou convidado pelo cubano Orefiche diretor da Lena Cuban Boys a se apresentar dançando rumba. Iniciava-se aí sua carreira de dançarino.</div>
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<br /></div>
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Em 1935, foi contratado para atuar no cassino de Paris dançando num espetáculo do qual participava o cantor francês Maurice Chevalier. Em 1936, foi convidado pela cantora e dançarina Mistinguette, a maior figura do<i> music-hall</i> francês, para atuar com ela no musical <i>Refrains de Paris</i>. No mesmo ano, atuou no filme francês <i>Jeune-Fille d'Occasion</i>. </div>
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<br /></div>
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Em 1938, atuou no espetáculo <i>Féerie de Paris</i> que se constituiu em um grande sucesso. Por essa época além de dançarino passou a ser também diretor de produção da companhia de Mistinguette. </div>
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<br /></div>
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Em 1939, retornou ao Brasil de passagem para Buenos Aires onde se apresentou com a companhia de Mistinguette. Voltou novamente ao Brasil quando descobriu que se encontrava com tuberculose o que interrompeu sua carreira de dançarino. Ainda em 1939, convidou o pianista argentino Roberto Cesari e o pandeirista brasileiro <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com/2010/12/russo-do-pandeiro.html">Russo do Pandeiro</a> para formar uma nova orquestra na qual o pianista Roberto Cesari seria o diretor artístico e ele o animador, diretor artístico e relações públicas. Como nunca havia estudado música e nem era, portanto, um maestro, ia aos ensaios no Dancing El Dorado e decorava os arranjos e orquestrações para então "dirigir" o conjunto auxiliado pelo seu ritmo de bailarino. </div>
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<br /></div>
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Em dezembro de 1939, estreou no Tênis Clube de Petrópolis a Orquestra de Carlos Machado e seus Brazilian Serenaders que incluiu entre seus participantes alguns dos mais importantes músicos brasileiros como Russo do Pandeiro, <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com/2007/12/faf-lemos.html">Fafá Lemos</a>, <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com/2006/11/laurindo-de-almeida.html">Laurindo de Almeida</a>, <a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/dick-farney.html">Dick Farney</a>, Nicolino Cópia, o Copinha, e outros. Com sua orquestra apresentou-se nos principais cassinos brasileiros da época como o Cassino da Urca, Icaraí e outros. Nesses espetáculos sua orquestra lançou sucessos como <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/ai-que-saudades-de-amlia.html">Ai, que saudades da Amélia</a></i>, de <a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/02/ataulfo-samba-com-sotaque-mineiro.html">Ataulfo Alves</a> e <a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/mrio-lago.html">Mário Lago</a>; <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/atire-primeira-pedra.html">Atire a primeira pedra</a></i>, de Ataulfo Alves; <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/praa-onze.html">Praça Onze</a></i>, de <a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/herivelto-martins.html">Herivelto Martins</a> e <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com/2008/11/grande-otelo.html">Grande Otelo</a>; <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/nega-do-cabelo-duro.html">Nega do cabelo duro</a></i>; <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/o-cordo-dos-puxa-sacos.html">O cordão dos puxa-sacos</a></i>; <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/maria-candelria.html">Maria Candelária</a></i>, e outros. </div>
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<br /></div>
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Em 1942, foi a primeira orquestra brasileira a tocar o hoje clássico natalino <i>White Christmas</i>. Com sua orquestra, em especial em espetáculos no Cassino da Urca, acompanhou artistas como Grande Otelo, Marlene, Emilinha Borba, Virginia Lane, Loudinha Bittencourt, Linda Batitsa, Dircinha Batista e Heleninha Costa. </div>
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<br /></div>
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Em 1946, com a decretação do fechamento dos cassinos pelo presidente Dutra sua orquestra chegou ao fim. No mesmo ano foi convidado a trabalhar como diretor artístico no Restaurante e Boate da Praia Vermelha. Contratou então o pianista Benê Nunes e a cantora Marlene para lá se apresentarem. </div>
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<br /></div>
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Em 1947, assumiu o cargo de diretor artístico da boate Night and Day situada na Cinelânida, centro do Rio de Janeiro, que marcou época na noite carioca lá tendo se apresentado, entre outros, astros internacionais como Xavier Cugat e sua orquestra; Tommy Dorsey; Carmen Cavalaro; Amália Rodrigues, Josephine Baker; Charles Trenet; Pedro Vargas; Jean Sablon e outros. No ano seguinte, inaugurou a boate Monte Carlo. Com ele trabalharam na Boate Monte Carlo nomes como Jean D'Arco; Chiquinho do Acordeom; Chuca Chuca; Djalma Ferreira; Helena de Lima; Dick Farney e Fafá Lemos. </div>
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<br /></div>
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Em 1953, inaugurou na Praia Vermelha a boate Casablanca, cujo primeiro espetáculo foi <i>Clarins em fá - Uma homenagem do carnaval carioca aos ídolos que o consagraram</i> e dele fizeram parte Linda Batista e Ataulfo Alves e suas pastoras, sendo a direção musical e artística de Britinho e Paulo Soledade. Nesse ano, montou o espetáculo <i>Esta vida é um carnaval</i> que pela primeira vez colocou no palco de uma boate integrantes de uma escola de samba, no caso, passistas da Escola de Samba Império Serrano. </div>
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<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SV5l_3NKjknUh4-fl8f0SXGIgnqrbFtFMCGBKZ6fKcRxAgjdlAvgGYm_sutSh9ZB40Y3iHgDI1QsGIVVsizRl_paem0MsrVx9CdcHamumLyNFFMqCLZQl38FKOXGke9Ed1RlAzzBBsbF/s314/c+machado1957.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SV5l_3NKjknUh4-fl8f0SXGIgnqrbFtFMCGBKZ6fKcRxAgjdlAvgGYm_sutSh9ZB40Y3iHgDI1QsGIVVsizRl_paem0MsrVx9CdcHamumLyNFFMqCLZQl38FKOXGke9Ed1RlAzzBBsbF/s200/c+machado1957.JPG" width="138" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carlos Machado - 1957</td></tr>
</tbody></table>
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Em 1955, com o fechamento das boates Casablanca e Vogue passou a atuar no Night and Day. No mesmo ano foi escolhido pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais como o melhor produtor do ano. No ano seguinte montou um dos maiores espetáculos de sua carreira, <i>Banzo-aiê</i>, título sugerido por Ary Barroso. No mesmo ano, levou mais de trinta artistas brasileiros, entre os quais a cantora Marlene e o cantor Roberto Audi, para apresentações no Knickbocker's Ball no Star-Light do Waldorf Astoria de Nova York. </div>
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<br /></div>
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Em 1958, homenageou o compositor Ary Barroso com o espetáculo <i>Mister Samba</i> que apresentou cerca de 40 composições de Ary Barroso, entre as quais <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/luxo-s.html">É luxo só</a></i>, feita especialmente para aquele espetáculo, do qual participaram o meaestro Guio de Moraes, Jean D'Arco, Elizeth Cardoso, Aurora Miranda e Grande Otelo. </div>
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<br /></div>
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Em 1960, montou no Night and Day o espetáculo <i>Festival</i> escrito especialmente para a atriz Bibi Ferreira. No mesmo ano, estreou na famosa casa de espetáculos de Nova York Radio City Music Hall, o espetáculo <i>Brasil</i>, que contou com as presenças de Russo do Pandeiro, Conjunto Farroupilha e Nelson Gonçalves. No ano seguinte, adquiriu a boate Fred's e no mesmo ano lá montou o espetáculo <i>Rio Boa-Pinta</i> escrito por Luiz Peixoto e Chianca de Garcia, e cujos nomes principais foram Grande Otelo e Elza Soares. </div>
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<br /></div>
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Em 1963, na mesma boate montou o espetáculo <i>Chica da Silva 63</i>. No mesmo ano, apresentou no Goldem Room do Copacabana Palace aquele que seria um de seus maiores espetáculos, <i>O teu cabelo não nega</i>, uma homenagem ao compositor Lamartine Babo. Em 1964, apresentou no México os espetáculos <i>Samba, carnaval y mujer</i> e <i>Rio, ciudad Maravillosa</i>, que foram apresentados nas boates Señorial, Teatro Blanquita, Teatro Playa de Hornos e na televisão mexicana. </div>
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<br /></div>
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Em homenagem ao quarto centenário de fundação da cidade do Rio de Janeiro apresentou, em 1965, o show <i>Rio de 400 janeiros</i> com arranjos e regência do maestro Lindolpho Gaya. A trilha sonora desse show foi lançada em LP pelo selo Elenco.</div>
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<br /></div>
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Em 1966, montou aquele que seria o maior sucesso da boate Fred's, o espetáculo <i>As Pussy Pussy Cats</i>, no qual o conjunto <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com/2008/01/os-originais-do-samba.html">Os Originais do Samba</a> lançou o <i><a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/07/samba-do-crioulo-doido.html">Samba do crioulo doido</a></i>, de <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com/2006/11/srgio-porto.html">Sérgio Porto</a>. Pouco depois lá foi apresentado o espetáculo <i>Otelo é grande</i> uma homenagem ao ator Grande Otelo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Após alguns anos afastado dos espetáculos, voltou em 1973, e montou aquele que seria um des seus shows de maior sucesso, <i>Hip! Hip! Rio!</i>, que bateu todos os records de público na boate Night and Day sendo assistido por mais de 26 mil pessoas num local que tinha capacidade para apenas 250 assistentes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Em 1976, produziu e dirigiu aquele que seria seu último grande espetáculo, o show <i>O Rio amanheceu cantando</i>, uma homenagem ao compositor Carlos Alberto Ferreira Braga o Braguinha, e dele particparam Elizeth Cardoso, MPB 4, Quarteto erm Cy e o cantor Sidney Magal, lançado nesse espetáculo. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1978, lançou seu livro de memórias <i>Carlos Machado apresenta - Memórias sem maquiagem</i>. Por seus inúmeros shows, sempre de grande sucesso ficou conhecido como "O Rei da Noite". Faleceu em 1992, com 84 anos de idade.</div>
<br />
_____________________________________________________________<br />
Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Museu da TV; Revista do Rádio.<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-44804678747162994462013-02-16T00:29:00.000-02:002013-02-16T00:29:20.136-02:00Angelita Martinez<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDgJQxsAkRVXnAucsIrCapsLzW6Xd6gKPfHWcX1FlB88dBPLH5TVuuuAIxErHrmdOXFRPAsL9X62G9Zts9i5Q_G67QxDPaHYmhDcKHhT9Sd5knAGcgGMaLML4R9AEI1hqM-_AIHXDgSDi3/s1600/Angelita+Martinez.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDgJQxsAkRVXnAucsIrCapsLzW6Xd6gKPfHWcX1FlB88dBPLH5TVuuuAIxErHrmdOXFRPAsL9X62G9Zts9i5Q_G67QxDPaHYmhDcKHhT9Sd5knAGcgGMaLML4R9AEI1hqM-_AIHXDgSDi3/s1600/Angelita+Martinez.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Angelita Martinez, atriz, cantora e bailarina, nasceu em São Paulo, SP,
em 17/05/1931, e faleceu na mesma cidade em 13/01/1980. Era filha do
jogador Bartô Guarani, que fez sucesso no Clube Paulistano. Começou sua
carreira artística na década de 1950, no <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com/2007/11/teatro-de-revista-parte-2.html">Teatro de Revista</a>. Foi uma vedete de um visual incrível, tanto que figurou na lista das "Certinhas do Lalau". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre vários prêmios que recebeu, destaca-se o de "Rainha das Vedetes", em 1958. Estreou no cinema em 1960, no filme <i>Pequeno por Fora</i>. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1962 Angelita alcançou enorme sucesso com a marcha <i>Mané Garrincha</i>, em homenagem ao jogador de futebol Garrinha, composta por <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com.br/2010/11/jorge-de-castro.html">Jorge de Castro</a>, Wilson Batista e Nóbrega de Macedo.</div>
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<br /></div>
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Em 1966, fez o filme <i>007 1/2 no Carnaval</i>. Fez poucos filmes, dedicando-se mais à carreira de cantora e bailarina.</div>
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<br /></div>
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Na década de 1960, apresentou na televisão o programa "Espetáculos
Tonelux". Morreu em 13 de Janeiro de 1980, aos 48 anos de idade, vítima
de leucemia, em São Paulo.
</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Gravações</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Bolha d'água</i> (Jorge de Castro e Wilson Batista) 1959 Marcha</div>
<div style="text-align: justify;">
Coitada da Madame Butterfly (C. Morais, L. de Carvalho e Utrini) 1964 Marcha</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Ilha do sol</i> (Jota Junior e João de Barro) 1966 Marcha</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Mais uma taça</i> (s/ basquetebol) (Jorge de Castro e Wilson Batista) 1958 Samba</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Mané Garrincha</i> (Jorge de Castro, W. Batista e Nóbrega de Macedo) 1958 Marcha</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Mangueira meu berço</i> (Wilson Batista, Jorge de Castro e Átila Nunes) 1959 Samba</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Marcha da Tosca</i> (Carlos Moraes) 1966 Marcha</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Maus conselhos</i> (Nóbrega de Macedo e Jose Batista) 1958 Samba</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Rainha da Mangueira</i> (Ary Barroso) com Jorge Veiga 1971 Samba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte: Memória da MPB</div>
<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-11833430983248921342012-08-16T12:22:00.000-03:002012-08-16T12:34:11.448-03:00Nélia Paula <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisOsQEVJQCYwQmRDFeKdJPY9qds_P30VYZ3pRSqspJ5Et7AIPqkZlK1hOFBi44WqcXlEUbS8EG7lAlSjaPqv-gtQpBOLMhHmhb8uOC4eLKl8giGdzvQ0MXZi3uX5sAA20CTDCUFHwGuP8/s1600/nelia-paula.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisOsQEVJQCYwQmRDFeKdJPY9qds_P30VYZ3pRSqspJ5Et7AIPqkZlK1hOFBi44WqcXlEUbS8EG7lAlSjaPqv-gtQpBOLMhHmhb8uOC4eLKl8giGdzvQ0MXZi3uX5sAA20CTDCUFHwGuP8/s320/nelia-paula.jpg" width="116" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Nélia Paula (Nélia Faria), modelo atriz e vedete, nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 26 de outubro de 1930. Desde pequena queria ser atriz e bailarina, por isso, em 1947, depois de ser aprovada num teste para bailarina na companhia de Eva Stachino, vedete chilena radicada no Brasil, fugiu de casa e muda-se para São Paulo, estreando na boate Cairo, com a data de nascimento alterada, por só tinha 16 anos.<br />
<br />
Depois de um romance frustrado, que a fez largar a carreira e se tornar aeromoça na ponte aérea Congonhas-Santos Dumont, volta para o Rio de Janeiro, onde conhece, em 1949, a atriz Wahyta Brasil, sendo contratada como modelo para desfiles de moda e chás-dançantes vespertinos na boate Night and Day. No ano seguinte, passa a ser crooner da boate Casablanca, casa em que Renata Fronzi e Cesar Ladeira montavam os shows Café Concerto. Convidada por eles, integra o elenco de girls do Café Concerto nº 1, com o nome de Nelly Faria.<br />
<br />
Dos shows em boate, passa para o teatro de revista, adota o nome artístico de Nélia Paula e integra o elenco de "Zum! Zum!", estrelado por Dercy Gonçalves. No espetáculo seguinte, "Ó de Penacho", ganha um número de cortina e é convidada para a companhia do comediante Colé para fazer parte da peça "Boca de Siri", de Geysa Bôscoli e Luiz Peixoto.<br />
<br />
Nélia Paula e Colé vivem um romance clandestino, já que ele era casado com a vedete Celeste Aída, e ela ganha papéis de destaque nos espetáculos "Um Milhão de Mulheres" e "Tô aí Nessa Caixinha?". Em 1951, é eleita Princesa das Vedetes, no tradicional concurso do Baile das Atrizes, ano em Virgínia Lane foi coroada Rainha.<br />
<br />
Em 1952, é a estrela da revista "Há Sinceridade Nisso?", de Roberto Ruiz, em que aparecia em cena usando um biquíni recoberto de brilhantes. Nesse mesmo ano, Colé termina seu casamento e ela passa a ser a vedete principal da companhia, estrelando vários sucessos de 1952 a 1960, como "Follies"; "Glória", "Carrossel de 53"; "Brotos em 3D"; "Mulheres, Cheguei!"; e "Mamãe Vote em Mim", sempre ao lado de Colé, com quem se casa.<br />
<br />
Em 1954, torna-se estrela de Walter Pinto, na peça "Eu Quero é me Badalar". No ano seguinte, volta para a companhia de Colé, mas a relação entre eles entra em crise e o casamento termina, logo depois das filmagens da chanchada "Eva no Brasil".<br />
<br />
Em 1956, volta à companhia de Walter Pinto e estrela "Botando pra Jambrar". Na sequência, faz "É de Xurupito!" (1957); "Daquilo que Você Gosta" (1959); "Eu Quero é Fofocar" (1959); "É Xique-xique no Pixoxó" (1960).<br />
<br />
Em 1962, deixa o teatro de revista, após ter sua única filha, e passa para a televisão, onde atua nos programas "Noites Cariocas" e "Praça Onze". Em 1966, volta ao teatro, substituindo Bibi Ferreira em "Hello! Dolly". Durante a década de 70, está na peça "Daquilo que Você Gosta"; "Longe Daqui, aqui Mesmo" e "A Gaiola das Loucas", comédia de Jean Poiret, dirigida por João Bethencourt.<br />
<br />
Em 1983, faz a novela "Guerra dos Sexos", de Sílvio de Abreu, e, em 1985, está em "Roque Santeiro", num papel escrito especialmente para ela por Aguinaldo Silva. Seus últimos trabalhos na televisão foram ao lado de Chico Anysio, na "Escolinha do Professor Raimundo", no início dos anos 90.<br />
<br />
Em 1994, devido a problemas financeiros, foi morar no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, onde morreu, no dia 8 de setembro de 2002, vítima de infarto. </div>
<br />
Fonte: Enciclopédia do Teatro (http://www.spescoladeteatro.org.br/enciclopedia/index.php/Nélia_Paula).<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-87706934355422316452012-04-15T20:25:00.000-03:002012-04-15T20:25:59.919-03:00Carmen Silva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiU8Np-2OTgrPhBMi-hmiMjV3o76lVxd05-K_0607nUTF6SdvRIdyM82WB1VSFsSiZLn-tZT3HQcIIaIO3V9zjGlua5qu0HKSPChcyO7Z2T6_orlMxzLfoipGJSSPSIwI8amL6mnTn_4Q/s1600/carmen+silva.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiU8Np-2OTgrPhBMi-hmiMjV3o76lVxd05-K_0607nUTF6SdvRIdyM82WB1VSFsSiZLn-tZT3HQcIIaIO3V9zjGlua5qu0HKSPChcyO7Z2T6_orlMxzLfoipGJSSPSIwI8amL6mnTn_4Q/s200/carmen+silva.jpg" width="154" /></a></div><div style="text-align: justify;">Carmen Silva (Carmem Silva Maria Amália Feijó), atriz de rádio, teatro e televisão, nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 5 de abril de 1916. Tornou-se atriz em 1939, na Rádio Cultura, emissora de sua cidade, e adotou o nome artístico de Carmen Silva. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No mesmo ano, viajou com a Companhia Iracema de Alencar com a peça "Peg do Meu Coração", de John Hartley Manners. Transferiu-se para Porto Alegre e trabalhou em "Romeu e Julieta" e "Otelo", de William Shakespeare, produções de Ribeiro Cancella, pai de seu futuro marido, o humorista e músico Cancellinha. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No Paraná, atuou na Companhia Totó. Em São Paulo, fez radionovelas na Tupi, América e Record. Além de representar, escreveu programas femininos, humorísticos e infantis, entre os quais se destacaram: "Sequência Alegre" e "Nós, As Mulheres", este último estrelado por Nair Belo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1955 entrou para a Companhia Dulcina de Moraes e inaugurou o Teatro Guairinha (Curitiba) com a peça "Vivendo em Pecado", de Terence Rattigan. Com Dulcina ainda apareceu em "O Imperador Galante", de Raimundo Magalhães Júnior e "Chuva", de Somerset Maugham. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1957 segue com a Companhia Maria Della Costa para a Europa com os espetáculos Manequim, de Henrique Pongetti, "O Canto da Cotovia", de Jean Anouilh, e "Rosa Tatuada", de Tennessee Williams. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A partir de 1961 integrou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), trabalhando em "A Escada", de Jorge Andrade; "Yerma", de Garcia Lorca; "A Revolução dos Beatos", de Dias Gomes; e "Os Ossos do Barão", de Jorge Andrade. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em diferentes períodos participou do grupo Teatro do Rio, de Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa. Voltou a São Paulo em 1972, com a montagem de "Em Família", de Oduvaldo Vianna Filho, sob a direção de Antunes Filho, contracenando com Paulo Autran. Em 1973 conquista o Prêmio Molière por seu desempenho em "Mais Quero Asno que Me Carregue que Cavalo que Me Derrube", de Carlos Alberto Soffredini, com a direção de Elvira Gentil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na Cinédia fez seu primeiro filme em 1935: "Estudantes", de Wallace Downey, com Aurora Miranda e Mesquitinha. Em 1949 participou do último musical dirigido por Adhemar Gonzaga: "Quase no Céu", ao lado de Walter D’Avila e Renata Fronzi. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1958 roda com Roberto Santos "O Grande Momento", inspirado no neorrealismo italiano, um dos mais importantes filmes da década. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1974 faz "Guerra Conjugal", com Joaquim Pedro de Andrade, baseado em contos de Dalton Trevisan, no qual contracenou com Jofre Soares. Recentemente participou de "A festa de Margarette", de Renato Falcão, e "Concerto Campestre", de Henrique de Freitas Lima, filmes realizados em 2002.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na televisão estreiou em 1956, na TV Record, em "Anos de Ternura". Em 1970 apareceu em "Pigmaleão 70", na TV Globo, ao lado de Tônia Carrero e Sérgio Cardoso. Em 1973 marcou presença em delicada composição na novela "Os Ossos do Barão", ao lado de Paulo Gracindo. Por toda a década foi presença constante na TV, na qual se destacou: na TV Tupi, em "A Viagem" (1975) e na TV Bandeirantes, em "O Ninho da Serpente" (1982). Na novela "Mulheres Apaixonadas", na TV Globo (2003), emocionou o Brasil ao lado de Oswaldo Louzada, dando vida a um casal que se tornou símbolo da luta pelos direitos dos idosos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 2004 recebeu o Troféu Cultura Gaúcha, homenagem do governo gaúcho pelo conjunto de sua obra. Muito ligada às suas raízes, participou da série "Continente de São Pedro", produção da RBS TV, com argumento de Carlos Urbim, sobre a história do Estado do Rio Grande do Sul.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Depois de reunir em 2002 seus textos radiofônicos no livro "Comédias do Coração" e "Outras Peças para Rádio e TV", teve sua história registrada pela jornalista Marilaine Castro da Costa em "Carmen Silva, a Dama dos Cabelos Prateados".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Atriz de delicadas interpretações em teatro, cinema e televisão, era no dia-a-dia uma mulher simples e discreta que se dedicou à família e aos amigos e manteve acesa a alegria de viver.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Carmen Silva morreu no dia 21/04/2008, aos 92 anos, em Porto Alegre.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: http://www.funarte.gov.br</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-30560552698472279462012-04-11T21:16:00.000-03:002012-04-11T21:16:11.071-03:00Siwa, a rainha do sex appeal<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh08eDGtlkanka8Qpkf_U5eYusJlCbJRjNrKUHML6vd7zfZFHKe4-FtVv2_rZjIADJZ_kE9OQD0BduTAXiauCWNenClZDwTOcLGaeJ2E5hbvprdkXTYKCe9L0vf6YKy0ScGn_lh8tp6tM/s1600/Siwa+em+1959.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh08eDGtlkanka8Qpkf_U5eYusJlCbJRjNrKUHML6vd7zfZFHKe4-FtVv2_rZjIADJZ_kE9OQD0BduTAXiauCWNenClZDwTOcLGaeJ2E5hbvprdkXTYKCe9L0vf6YKy0ScGn_lh8tp6tM/s320/Siwa+em+1959.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Siwa - 1959</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Aparecida Maria Castro Augusto nasceu em São Paulo (capital) em 4 de fevereiro de 1924. Siwa formou-se como bailarina clássica e aos 12 anos já fazia parte do corpo de baile do Municipal de São Paulo. Foi solista e também fez carreira no Municipal do Rio. Apresentou-se ao lado de grandes bailarinas. <br />
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Ainda nos anos 40, fundou, com outros profissionais da dança, o tradicional Ballet Pigalle. Entre os grandes balés de que participou, estão "O Julgamento de Páris", "Mozartiana" e "Divertissements". <br />
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Apesar de ter verdadeira paixão pela dança clássica Siwa fugia um pouco dos padrões estéticos das bailarinas da época, pois fazia o tipo boazuda: quadris largos, coxas bem torneadas e cintura fina. <br />
<br />
No início dos anos 1950, fez incursões no teatro de revista dançando em teatros e boates. Entre seus números dessa época está o famoso French Cancan. Siwa nunca chegou a ser<i> girl</i>. Na revista começou como bailarina e pouco tempo depois já era vedete.<br />
<br />
A partir de 1952, com o fim do Ballet Pigalle, Siwa adotou o nome artístico de Siwa Tzen e optou, sem medo, pela revista. Uma de suas primeiras aparições como vedete foi em "Eva me Leva", no Follies, em janeiro de 1952. Seu primeiro papel de destaque foi em "Poeira do Chão" (1952), com a Cia. Mary-Juan Daniel. O elenco da peça era encabeçado por Elvira Pagã, Dalva de Oliveira e Zeloni, mas Siwa foi a grande atração. <br />
<br />
Em 1953, já empresária e estrela de sua companhia, apresentou sucessos como "Uma Pulga na Camisola", no Teatro Alumínio, em São Paulo. Em 1958 fez um grande sucesso com "Disfarça... e Bota a Mão". Trabalhou com a Cia. Mary e Juan Daniel; Cia. Ney Machado e outras. <br />
<br />
Em 1953, montou a sua própria companhia: Siwa e Sua Companhia de Revistas de Bolso. Dentre as revistas que fez, estão "Poeira do Chão" (1952); "Eva me Leva" (1952); "Eu Quero é me Rebolar" (1953); "O Mágico do Catete" (1953); "Uma Pulga na Camisola" (1953); "É Sopa no Mel!" (1954); "Mulheres à Bangu" (1954); "Mão na Toca" (1957); "Coquetel de Boas"; "Disfarça... e Bota a Mão" (1958); "Mulheres, me Afobei!" (1960). Fez, também, shows na boate Ranchinho do Alvarenga (1952), Casablanca, Monte Carlo.<br />
<br />
Siwa era flexível, tinha grande desenvoltura cênica e se expressava muito bem com o corpo. Sua sensualidade não residia apenas no belo físico, mas também em sua postura insinuante e sugestiva. Tinha um tipo exótico, era morena alta com rosto marcante: lábios grandes, sobrancelhas arqueadas, olhos amendoados, sorriso devastador. Era chamada de "a misteriosa", se apresentava com roupas sempre extravagantes e incomuns no teatro, como vestes orientais, folclóricas, estampas de onça, etc...<br />
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Siwa foi casada com o comediante Vagareza (Hamilton Augusto). Conheceram-se no teatro de revista, quando atuaram juntos em "Poeira do Chão" (1952). Montaram companhia própria no fim dos anos 1950, com bastante sucesso. Foi o terceiro empreendimento de Siwa como empresária de revista. <br />
<br />
No início dos anos 1960, Siwa e Vagareza fizeram estrondoso sucesso, como dupla, em diversos humorísticos da TV Rio e da Tupi. Permaneceram casados até a morte de Vagareza, em 1997. <br />
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Siwa era ousada: em 1954, organizou uma nova companhia constituída apenas de mulheres, tendo apenas um varão em cena: o comediante Spina. Fez temporada em Campos, lançou grandes girls e vedetes, e importou meninas do Follies Bergère.Também lançou vedetes como Wilma Palmer e comediantes como Costinha. Foi considerada a atriz mais elegante e bem-vestida de 1954.<br />
<br />
Durante a temporada de "Disfarça... e Bota a Mão" (1958), no Teatro São Jorge, ela fez um ensaio fotográfico para J. Trovão. Um retrato se destacou: o que ela trajava uma fantasia de baiana. Trovão levou a imagem a uma agência de publicidade e a foto foi escolhida para a campanha publicitária da câmera fotográfica Minolta, da empresa japonesa Rokkor. A tal imagem de Siwa vestida de baiana foi parar em Tóquio, reproduzida em banners e outdoors. Fez tanto sucesso que vários apaixonados japoneses lhe enviaram cartas (em japonês). Por isso, foi apelidada de "A preferida dos japoneses". <br />
<br />
Um de seus quadros de grande sucesso chamava-se "A Neurastênica" da revista "Poeira do Chão" (1952), em que ela entrava cantando assim: "<i>Eu quero achar um remédio eficaz / Para poder meus nervos acalmar, / Meu mal não sei diagnosticar... / Será que é neurastenia? / Se um bonitão me vem falar / Começo logo a me assanhar / Mas se ele vem muito perto, / Eu quero logo é brigar! / É neurastenia meu mal-estar, / É neurastenia... / Que não se pode curar! / Se eu encontrar alguém que é capaz / O meu remédio logo acertar, / Eu faço qualquer negócio / Qualquer negócio... / Menos casar!</i>" <br />
<br />
Desce e improvisa com a plateia: "<i>O senhor seria tão gentil... Podia indicar-me um remédio? Eu vejo um rapaz, fico louca para falar com ele, mas quando ele chega perto de mim eu sinto uma coisa esquisita. Eu sinto vontade de apertar, apertar, apertar, até... Asfixiar! Não sei o que é que eu tenho</i>".<br />
<br />
Para outro senhor: "<i>Ah, é você mesmo! O senhor vai me ajudar. Indique-me um remédio! Como? Não quer que eu chegue perto? Não tenha medo, eu agora estou calma. O que foi que o senhor disse? Não tem o remédio? Ah! O senhor tem o remédio sim! Se eu procurar eu acho. Garanto!</i>"<br />
<br />
Sobe ao palco e canta: "<i>É neurastenia meu mal-estar, / É neurastenia... / Que não se pode curar! / Se eu encontrar alguém que é capaz O meu remédio logo acertar, / Eu faço qualquer negócio / Qualquer negócio... / Menos casar!</i>".<br />
<br />
Siwa também fez cinema, na Atlântida, com "Os Apavorados" (1962), uma das últimas chanchadas de Oscarito. Também tomou parte no filme "Eu Sou o Tal" (1959), que o marido protagonizou. <br />
<br />
Em 1968 voltou ao ballet clássico e fundou – com o marido – a Siwa Ballet Morumbi, em São Paulo. A escola existe até hoje e é uma das mais tradicionais da cidade. Atualmente é administrada por sua filha, Vânia. <br />
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Faleceu no dia 1° de abril de 2009, em São Paulo, aos 84 anos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.<a href="http://teatrobr.blogspot.com/2012/03/cinira-polonio-divette-carioca.html#ixzz1rmPfeiCs" style="color: #003399;"></a></div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-71223516804854793652012-04-11T20:24:00.000-03:002012-04-11T20:24:13.854-03:00Joana D’Arc, a vedete escultural<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv1h9E1gx962dpxWhjQ8_StQXkiHIxsInndxdKdPkoBVEdO41AFzxc_I1dJqP_i5zho5-LQfvh9rPjv554kMwTJKmeTwO6XQ2MZULcAlhVxSenksp6rkA-mHo1A2pjHQ1dCKIX4UG6lZ4/s1600/joana_darc.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv1h9E1gx962dpxWhjQ8_StQXkiHIxsInndxdKdPkoBVEdO41AFzxc_I1dJqP_i5zho5-LQfvh9rPjv554kMwTJKmeTwO6XQ2MZULcAlhVxSenksp6rkA-mHo1A2pjHQ1dCKIX4UG6lZ4/s200/joana_darc.JPG" width="155" /></a></div><div style="text-align: justify;">Anna do Couto Martins nasceu em Araguari (MG), em 2 de julho de 1925. Mudou-se para o Rio de Janeiro, ainda bem jovem, com sua mãe. Desde criança cultivava o desejo de seguir a carreira artística. <br />
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Ao ler num jornal que a Companhia Beatriz Costa e Oscarito estava selecionando girls para o seu próximo espetáculo, viu uma oportunidade para realizar seu sonho. Apresentou-se no Teatro João Caetano e logo foi contratada. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Estreou como girl na revista "Garotas de Além-mar", em 1944, aos 19 anos. A carreira de <i>girl </i>durou pouco. Sua figura ganhou destaque entre as coristas, e no espetáculo seguinte, "Fogo na Canjica", ganhou suas primeiras falas. Foi nessa época que adotou o nome artístico de Joana. Mais tarde, adicionou o sobrenome D’Arc, em alusão à famosa heroína francesa. A sugestão foi de Beatriz Costa, por acreditar ser um nome forte, que combinava com sua figura marcante no palco. Participou ainda de outras revistas, destacando-se, principalmente, nas carnavalescas.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Após o término da companhia, Joana ingressou no balé do empresário Carlos Lisboa, em 1947. O balé se apresentava em teatros e também em casas noturnas. Excursionou para o Sul, fazendo uma temporada no Rio Grande. Em Pelotas, conheceu o ator Procópio Ferreira que, na ocasião, estava com sua companhia de comédias fazendo uma temporada na cidade. O popular ator se encantou com a morena e a convidou para fazer parte de sua companhia. Joana aceitou na hora. Procópio era um dos mais famosos e influentes atores do Brasil.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Estreou na comédia "Sua Excelência, o Criado". Apresentaram-se em mais algumas cidades e, em seguida, estrearam no Teatro Serrador, no Rio de Janeiro. Mas ela sentiu falta da revista. Não gostava da comédia. Achava monótono um espetáculo sem música, sem fantasias, sem escadarias, sem a alegria da revista. Joana D’Arc, então, se descobriu vedete. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A experiência com Procópio foi a única fora do teatro de revista. Durante toda a sua vida artística, Joana D’Arc foi exclusivamente uma vedete. Tradicional de teatro e do palco. Apesar de ter feito apresentações em boates e cabarés, era no palco, de preferência nos da Praça Tiradentes, onde se encontrava plena e absoluta. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1948, retornou ao gênero musicado, na Companhia de Dercy Gonçalves. Já não era uma simples vedetinha, mas um dos destaques do elenco. Fez "Manda Quem Pode"; "Cara Malfeita" e "Noites Cariocas". Sua ascensão foi rápida. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No ano seguinte, apareceu no elenco de grandes produções recordistas como "Brotinhos e Tubarões"; "Olha a Boa!" e "Quero Ver isso de Perto". Todas estreladas por Renata Fronzi, a vedete sensação. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O grande responsável pelo sucesso de Joana D’Arc era seu corpo. Ela era um mulherão. Não tinha nada de mignon. Era alta e imponente. Tinha curvas generosas e pernas perfeitas. Foi chamada de <i>A Escultural</i>, pela crítica. Mas Joana não era só um corpo que se movia com graça. Cantava, dançava – rebolava e dizia – com muita malícia – textos de double sens. Um de seus números famosos foi apresentado em "Bonde do Catete" (1950), no João Caetano. Vestida de vendedora de cigarros, usando uma minissaia, declamava: "<i>O senhor, quieto, velhinho, / Mas que pita o seu fuminho / E engasga com a nicotina, / Bem pode voltar ao jogo / E fumar com vitamina / Pois eu lhe ofereço fogo!</i>".</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Ainda em 1950, fez parte do elenco do fenômeno "Muié Macho, sim Sinhô", de Walter Pinto. O espetáculo é considerado um dos melhores de toda a carreira teatral do empresário. Ficou cinco meses em cartaz com lotações esgotadas. Faturou mais de quinze milhões de cruzeiros. Encabeçando o elenco, Oscarito, Virgínia Lane, Pedro Dias, Grande Otelo, além da cantora Dalva de Oliveira. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O estrelato daquela que era considerada o corpo mais perfeito do teatro brasileiro, pelo jornalista Brício de Abreu, só aconteceu em fins de 1951. Após sagrar-se Rainha das Atrizes, no tradicional concurso do Baile das Atrizes, estrelou absoluta "Boa... Até a Última Gota", no João Caetano. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ambiciosa, Joana D’Arc lançou sua própria companhia, em 1953 – mesmo ano em que foi eleita, por Sergio Porto, uma das "Dez mais bem despidas", lista que no futuro se imortalizaria como "As certinhas do Lalau". Encenou no João Caetano "Bomba da Paz", uma revista milionária, financiada por um admirador. Dividiu o estrelato com Dercy Gonçalves, mas o empreendimento fracassou. Mesmo com o tremendo prejuízo, continuou. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No ano seguinte, montou uma nova companhia, agora tendo Silveira Lima como financiador. Estreou em São Paulo, em temporada no Teatro Alumínio, com três revistas: "Rainha da Alegria"; "Tudo de Fora" e "Pernas Provocantes". Com essa última apresentou-se no Rio de Janeiro, no Teatro Glória (na Cinelândia). Dessa vez, Joana D’Arc e a companhia fizeram sucesso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com tudo acertado para estrear no Teatro Colón, em Buenos Aires, Joana D’Arc abandonou a carreira de vedete e empresária. Mudou-se para os Estados Unidos. Foi viver com William Bird, um milionário apaixonado. O romance não durou muito tempo e, da América, Joana partiu para uma temporada, como vedete, na Europa. Em Portugal, atuou no Teatro Coliseu, promovida pela amiga Pepa Ruiz II. Fez também apresentações na Espanha e na França, em cassinos, boates e cabarés. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Voltou ao Brasil somente em 1957. A partir daí sua carreira já não tinha o mesmo impacto. Apesar de vencer, pela segunda vez, o concurso de Rainha das Atrizes, atuou, somente, em cinco revistas entre 1958 e 1960. Seu último espetáculo foi "Entre Pernas e Plumas", no Teatro Recreio (1960). Completou 16 anos de carreira e se despediu dos palcos com a seguinte frase: "<i>A gente tem de sair de cena, enquanto a casa ainda tem público</i>". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1966, foi convidada pelo revistógrafo Meira Guimarães para uma reentré artística, no show Frenesí, no Golden Room do Copacabana Palace. Recusou. Preferiu ficar imortalizada na memória de seus fãs, em bons espetáculos, na fase áurea da revista. O seu negócio era o teatro, o palco. Era uma vedete em toda a sua essência.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Joana D’Arc teve dois filhos, Maria Margarida e David Barata – que atualmente mantém um blog sobre a mãe vedete. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1º de novembro de 2003, aos 78 anos de idade, vítima de um infarto. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-14075752705258691802012-04-09T20:13:00.001-03:002012-04-09T20:13:31.656-03:00Luz del Fuego<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiikIIMU1bJl1DouL-d3la3y_VWWIWwaLNfCNV55wWhe-7Iux6FMlaihagUIm3ahD_RBK0qJS2u9DyzmpeiDtLHPpB7dh52VjixK6wOAyo6kUwa5w6X-H0QD_4SGM7TG-qQMcHNFt7zTYA/s1600/luz-del-fuego.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiikIIMU1bJl1DouL-d3la3y_VWWIWwaLNfCNV55wWhe-7Iux6FMlaihagUIm3ahD_RBK0qJS2u9DyzmpeiDtLHPpB7dh52VjixK6wOAyo6kUwa5w6X-H0QD_4SGM7TG-qQMcHNFt7zTYA/s640/luz-del-fuego.jpg" width="495" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<div style="text-align: justify;">
Se hoje as mulheres têm direitos garantidos e podem assumir sua posição no meio da liberação sexual sem tantos tabus, muito devem a mulheres transgressoras que viveram antes delas. Infelizmente, muitas dessas representantes da ousadia, sempre a frente do seu tempo, acabam esquecidas entre as páginas da história (Imagem do livro "A bailarina do povo", de Cristina Agostinho - Ed. Best Seller).</div>
</td></tr>
</tbody></table>
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<div style="text-align: justify;">
Filha de comerciantes de Cachoeiro do Itapemirim (ES), a menininha Dora nasceu numa segunda de Carnaval. Fazia muito calor naquela madrugada de 21 de fevereiro de 1917. Ela era a 15ª filha do casal Etelvina e Antonio Vivacqua. A família Vivacqua era grande e respeitada. Quando eles se mudaram para Belo Horizonte, a menininha de seis anos começou a apresentar gostos meio estranhos: ela gostava de ir ao serpentário do Instituto Ezequiel Dias e pegou uma cobra na mão no dia em que foi ao circo. Foi, também, uma adolescente rebelde e provocativa. Após a morte do pai, interrompeu os estudos e foi morar com o irmão mais velho no Rio de Janeiro. </div>
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No Rio, conheceu Cesar Ladeira, locutor da Rádio Mayrink Veiga que a introduziu no meio artístico e na high society. A família não gostou de seus comportamentos inadequados e acabou mandando a moça voltar a Belo Horizonte.</div>
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Em 1936, Dora foi morar com a irmã Angélica, casada com Carlos. Foi quando Angélica encontrou o marido assediando Dora e resolveu interná-la no Hospital Psiquiátrico Raul Soares. Dora ficou isolada durante dois meses. Quando saiu, transformou-se em presença incômoda e contava pra quem quisesse ouvir o caso do assédio. </div>
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Foi obrigada a passar uma temporada na fazenda. Foi quando ela se meteu no mato e voltou nua com duas cobras-cipó enroladas no corpo, mandando o filho do administrador fotografá-la. Resultado: nova internação, dessa vez numa casa de saúde do Rio de Janeiro. Estava com 20 anos. Quando saiu do hospital, foi morar em Campos (RJ). </div>
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Dos 21 anos em diante, teve uma vida cheia de fugas, emoções e desafios. Recusou um pedido de casamento, tirou brevê, quis ser paraquedista, apaixonou-se, desiludiu-se e decidiu ser dançarina sensual coadjuvada por serpentes. Arranjou uma jiboia, deu-lhe o nome de "Anjo" e treinou-a durante 12 semanas. Mas a cobra morreu durante o último ensaio antes da estreia. Já experiente, domesticou e treinou duas outras cobras. Depois de dois anos, dezessete dias e quase cem mordidas, fez seu espetáculo na companhia do casal de jiboias "Cornélio" e "Castorina". </div>
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Em 1944, virou a atração da noite no palco do picadeiro do Circo Pavilhão Azul, sendo anunciada como "A Luz Divina e suas incríveis serpentes".Também nesse ano estreou no teatro de revista, no espetáculo "Tudo é Brasil", no Teatro Recreio. Fez seus bailados com as cobras e muito sucesso, ao lado de Jararaca & Ratinho, Colé, Celeste Aída e Aracy Côrtes. </div>
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Apresentou-se em outros circos de periferia no Rio de Janeiro e acatou a sugestão do palhaço Cascudo: mudou o nome artístico para "Luz del Fuego", que era como se chamava o batom argentino da Carmen Miranda.</div>
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Luz seguiu salvando circos da falência até que, em 1950, foi contratada pelo casal Juan Daniel e Mary Daniel 1, donos do Teatro Follies, em Copacabana. No ano seguinte, ela foi para o Teatro Recreio. </div>
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Um dos seus grandes sucessos foi "Eva no Paraíso" (1951). A peça era fraca, mas ela brilhava com seus brotinhos cultivados na ilha nudista que apareciam no quadro "O nu através dos tempos". A "Verdade Nua" (1952) a fez voltar ao <i>follies</i> com a família Daniel. Luz, com suas cobras, se sobrepunha aos esforços de Zeloni e a beleza das f<i>ollies-girls</i>. Também atuou na companhia de Dercy Gonçalves e no Teatro de Zaquia Jorge. Bastava colocar seu nome nos cartazes que era bilheteria garantida. </div>
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Em um de seus quadros famosos ela aparecia de freira e, com ar sério, caminhava até o proscênio, dizendo: – Eu sei que os senhores me consideram uma mulher leviana, imoralíssima, e não querem me ver nem como irmã de caridade. Vocês estão doidos é para me ver pelas costas, não é mesmo? Está bem! </div>
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E quando dava as costas para o público, o que se via era seu traseiro completamente nu. A plateia ia ao delírio.</div>
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Em meio a esses acontecimentos positivos Luz publicou seu livro "Trágico Black-Out", cheio de relatos sobre a sedução do cunhado. Neste livro, apresentava, também, suas ideias naturalistas, vegetarianas e nudistas: "Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisam esconder". </div>
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Publicou "Verdade Nua", o livro em que lançou bases de sua filosofia naturalista. As autoridades deram sumiço na obra. A segunda edição foi vendida por reembolso postal. O dinheiro serviu para arrendar uma ilha na qual se instalaria a sede do seu clube naturalista. </div>
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Na primeira metade dos anos 1950, Luz causava furor por onde passava. Era conhecida em todo o País. Doava renda de seus espetáculos para instituições beneficentes. Era atração também durante o carnaval, quando aparecia nua em cima de carros alegóricos. Sempre acompanhada das cobras. </div>
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Criou o PNB (Partido Naturalista Brasileiro) à custa de espetáculos gratuitos, que fazia seminua, nas escadarias do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Luz obteve licença para viver na ilha Tapuama de Dentro, que foi rebatizada como Ilha do Sol. Essa ilha, na Baía de Guanabara, passou a ser uma das grandes atrações turísticas do Rio de Janeiro. Ali funcionava o Clube Naturalista Brasileiro, o primeiro clube de nudismo da América Latina. Em sua fase áurea de 1956 a 1961, chegou a ter 240 sócios, apesar dos protestos da Igreja. </div>
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Nos anos 1960, Luz passou a viver, definitivamente, na Ilha do Sol. Suas reservas financeiras terminavam, a idade chegava e o mito começou a desaparecer. Seus amantes já não eram homens influentes e ricos. Envolveu-se com Júlio, um pescador musculoso e analfabeto, com quem manteve uma relação de muitos meses. </div>
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Como precisava de dinheiro para obras no clube, retornou aos palcos em 1965, com "Boas em Liquidação". Na ilha, passou a receber poucos amigos e alguns casos amorosos, encerrando as atividades do clube.</div>
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Em 1967, Luz del Fuego e seu caseiro foram assassinados. Seus corpos foram amarrados em pedra e lançados ao mar. Os criminosos, presos, confessaram. Mas a tragédia da Ilha do Sol teve requintes de crueldade e muitos fatos não explicados. </div>
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Luz foi ousada, avançada e, ao mesmo tempo, fiel aos seus princípios. Apesar de frequentar as festas noturnas regadas a álcool, não fumava nem ingeria bebidas alcoólicas. Ela teve sua vida transformada em filme, estrelado por Lucélia Santos. </div>
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O dia 21 de fevereiro, data do seu nascimento, é comemorado como o Dia do Naturismo. </div>
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Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano; Vila Mulher - Terra.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-60936514708224346722012-04-09T19:16:00.000-03:002012-04-09T19:16:14.353-03:00Os anos 1950 e o fim dos cassinos<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiqTO2HA8o-o-XIsqMqbg-CmVX2JFLIzrQ_MaCJyBgR8Jcq6d2p_Yc9iLwWeBcEENRIzviBo-8qrNExMpqS6-dnp0FRuyPdJchUeKZSnOzzIegTnB59VR3Qpa3SH7_fGhkCKOuLZoYn9U/s1600/elvirapagacopacabana.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiqTO2HA8o-o-XIsqMqbg-CmVX2JFLIzrQ_MaCJyBgR8Jcq6d2p_Yc9iLwWeBcEENRIzviBo-8qrNExMpqS6-dnp0FRuyPdJchUeKZSnOzzIegTnB59VR3Qpa3SH7_fGhkCKOuLZoYn9U/s320/elvirapagacopacabana.jpg" width="190" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Elvira Pagã, na <i>Revista de Copacana</i></td></tr>
</tbody></table>
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Em abril de 1946, os jogos de azar foram proibidos no Brasil, por ordem do presidente Eurico Gaspar Dutra, sob a influência da sua mulher Carmela Teles Leite Dutra, conhecida como Dona Santinha, por sua vez, influenciada pela Igreja Católica. </div>
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Essa proibição teve forte efeito sobre os atores do teatro de revista que transitavam pelos shows de cassinos completando suas rendas e fazendo-se conhecidos de outras plateias. Havia muitos artistas que trabalhavam exclusivamente em shows de cassinos. <br />
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Desempregados migraram para o teatro. O fim do jogo no País e a extinção dos cassinos provocaram un <i>tour de force</i> de homens empreendedores, a fim de que o divertimento e o dinheiro fossem desviados para outros locais e com outros tipos de lazer e entretenimento. <br />
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Essa sociedade sofisticada que movimentava restaurantes e <i>night clubs</i> era chamada de café society. O maior desses homens empreendedores era Carlos Machado, também conhecido como "O Rei da Noite". Ele institucionalizou o show de boate e tornou famosas suas boates Monte Carlo, Casablanca e Night and Day. Colocou um palco menor, cuidou da sonorização e dos ambientes, chamou as melhores e mais bonitas vedetes, os melhores músicos e revistógrafos experientes para escrever esquetes. Serviu muito<i> whisky</i> aos frequentadores e, aos poucos, assumiu o <i>strip tease</i> nas altas horas. A este conjunto, que era também outro modo de fazer teatro de revista, chamaram "Teatro da Madrugada". <br />
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Os shows se caracterizavam por trazer os elementos básicos do teatro de revista para um espaço menor: a boate. Renata Fronzi e Cesar Ladeira faziam isso no espetáculo Café Concerto, dando mais ênfase à parte musical com influência direta dos cabarés parisienses. <br />
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Paralelamente, o teatro de revista continuava como o movimento teatral mais expressivo do Rio de Janeiro. Mas agora, a vedete ganhava mais força e importância. Esta figura, no início, dividia as atenções com cômicos e bons textos.<br />
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Na década de 1950, a vedete está em primeiríssimo plano. Eram pra ela todas as atenções. Se cantasse bem, melhor. Mas o importante era que fosse escultural. De preferência, com as medidas da Vênus de Milo ou, um pouco mais brasileira, como Marta Rocha. Com o fim do jogo, Walter Pinto e os outros empresários apostaram todas as fichas na beleza de suas vedetes. <br />
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Entre 1953 e 1954 o biquíni, já comum nos palcos da revista, ainda era proibido em praias brasileiras. Em Copacabana as garotas que tentassem aparecer com o traje sumário sofriam repressão policial. Mas em 1957, o uso da peça já havia sido liberado na praia de Copacabana. Os costumes mudavam rapidamente. A década de 1950 marcava, também, a era do nudismo. <br />
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Elvira Pagã e Luz del Fuego – as duas musas do nudismo – garantiram a bilheteria de várias revistas, consideradas fracas pela crítica. A nudez de ambas, já valia o espetáculo. Como atrizes, eram sofríveis. Como vedetes, desde que não se exigissem delas talento musical e desenvoltura cênica, convenciam e prendiam as atenções masculinas. <br />
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Os teatros lotavam. Casais iam assistir. Mas ninguém comentava no dia seguinte. Elas eram péssimos exemplos para as jovens. Naquela época, o pecado ainda estava na moda. </div>
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Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-17553256941821538972012-04-09T18:39:00.001-03:002012-04-12T18:13:30.859-03:00Salomé Parísio<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3RIMKTx5bD25tHq86WekN6bR0d26-nvLmtFWSu68LRrSJ8RgXTGK45igobpz7EgUAW24xAHZf-8G0Wu-qyT_R7KlSCkjxun5Ju3oGkTi8HsOMbOrs0-adaT1dMBiqzbh4Ujf1QuRAs0o/s1600/Salome+Parisio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="119" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3RIMKTx5bD25tHq86WekN6bR0d26-nvLmtFWSu68LRrSJ8RgXTGK45igobpz7EgUAW24xAHZf-8G0Wu-qyT_R7KlSCkjxun5Ju3oGkTi8HsOMbOrs0-adaT1dMBiqzbh4Ujf1QuRAs0o/s200/Salome+Parisio.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Salomé Parísio</td></tr>
</tbody></table>Salomé Parísio nasceu em 3 de junho de 1921 em Bonito -PE. Seu nome de batismo é Dulce de Jesus Oliveira, mas resolveu adotar o nome da mãe para entrar no meio artístico. Começou a carreira cantando na Rádio Clube de Pernambuco. A partir daí fez shows em cassino até ser levada para o teatro de revista. <br />
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A mulher com as mais belas pernas, como ficou conhecida, foi descoberta por Chianca de Garcia, um famoso empresário teatral. A comediante Celeste Aída enviou uma foto de Salomé para o empresário que imediatamente pediu que ela embarcasse rumo ao Rio de Janeiro. Chegando ao aeroporto, Chianca, com um forte sotaque português, lhe disse: "É a mulher que eu quero". <br />
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Sua estreia foi no espetáculo "Um Milhão de Mulheres", ao lado de Colé e Celeste Aída. Já começou como vedete e estrela do espetáculo. Do Rio foi para São Paulo, onde atuou em "Eu Quero é me Badalar"; "Cai cai Balão"; "É com Essa que eu Vou", entre outras. Trabalhou em filmes do Mazzaropi, voltou a fazer parceria com Colé e trabalhou ao lado de Virgínia Lane.<br />
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Em 1950, Salomé Parísio foi para Portugal. Estreou "Saias Curtas", espetáculo que fez enorme sucesso no Cassino do Estoril. Em 1955, a Argentina se rendeu aos encantos e às pernas de Salomé. Foi outra temporada grandiosa. <br />
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Mas Salomé estava prestes a receber o maior convite de sua vida: substituir Carmen Miranda nos Estados Unidos. Tudo começou quando o famoso arquiteto Oscar Niemeyer, fã confesso da vedete, levou o empresário Carlos Machado para assistir a um show de Salomé. Machado, conhecido como o rei da noite, era produtor de musicais de revista. Seus espetáculos faziam sucesso na alta sociedade brasileira. Só que ele já havia produzido três espetáculos nos Estados Unidos que não tinham agradado o público. Por isso, o empresário americano que o contratara veio ao Brasil escolher os artistas pessoalmente para seu próximo show. O americano, encantado com Salomé, exclamou: "She’s wonderful!" <br />
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E lá foi Salomé, com Nelson Gonçalves, estrelar o show Extravagância Brasileira na Radio City Music Hall, em NovaYork, em 1960. O espetáculo foi um estouro. Havia sessenta mulheres no palco e de repente entrava Salomé Parísio, de costas, cantando: "Soca, soca, soca pilão, Abana sinhá, peneira na mão". O público delirava com o rebolado da morena. O maestro, sem entender a letra da música, pedia para ela entrar de frente, não de costas. <br />
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Ele falava: "Miss Salame (era assim que os americanos pronunciavam), please, look for me". E ela falava: Não!Tem que ter o re-bo-la-do. O maestro ficava hipnotizado com o requebrado da vedete e acelerava a música de acordo com o balanço do quadril de Salomé, deixando doidos os músicos da orquestra.<br />
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O plano do empresário americano era ensaiar Salomé Parísio para substituir a estrela internacional Carmen Miranda. O projeto contava até com um filme em Hollywood para o lançamento da artista. Mas Salomé não viveu o seu sonho. Sua mãe sofreu uma fratura no fêmur e Salomé abandonou o trabalho para cuidar da mãe. <br />
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De volta ao Brasil, foi trabalhar com Walter Pinto. Com o declínio do teatro de revista, continuou a fazer shows como cantora, foi contratada pela Tupi e fez "Almoço com as Estrelas", com Airton Rodrigues. Também participou do "Clube dos Artistas", com Lolita Rodrigues, depois foi para a Record e Bandeirantes.Trabalhou com Dercy Gonçalves no Esplanada, no Rio de Janeiro, e com vedetes como Anilza Leoni, na revista "Chica da Silva 65", em que interpretava a personagem-título. <br />
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O ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, dizia que ia ao teatro só para ver a pinta da perna de Salomé Parísio e exclamava: "Você é a número 1". <br />
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Se os Estados Unidos escolheram Marilyn Monroe para cantar para seus soldados antes de ir à guerra, o Brasil preferiu Salomé Parísio. A artista foi convidada a cantar para os pracinhas brasileiros antes da partida deles para a Itália, na Segunda Guerra Mundial. <br />
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Salomé também participou da lendária montagem de "Macunaíma", dirigida por Antunes Filho. Em novelas trabalhou em "Sangue do meu Sangue" de Vicente Sesso, em 1969, ao lado de Fernanda Montenegro, Tônia Carrero, Sadi Cabral e Armando Bógus, e fez uma participação na primeira versão de "Mulheres de Areia", em 1973, na TV Tupi. <br />
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Na década de 1980 participou das peças "Violinista no Telhado", "Dilúvio" e "Aí vem o Dilúvio".<br />
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Salomé Parísio vive hoje em São Paulo e continua a cantar, a fazer shows e programa festejar seus 60 anos de carreira com um grande espetáculo. Em suas aparições ainda canta uma marchinha que sempre fez sucesso: "Beata, ta, beata, ta, / Este coco saboroso / Você come / E não me dá...". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-213978524434250112012-03-22T15:49:00.000-03:002012-03-22T15:49:07.644-03:00Mara Rúbia, a vedete imbatível<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPd4IpdW7ayVv9EWz6K6x_t2805YdbSmIXy0q5CrxsI-Bo4jjZA5aXrPsoeoRqrtUzZlGYlSs6xKWbEmFVkjxSDhRiVBH5auXYMsENyQ4Q9Z6XBWZeyy5jxUQHiYF1A9BeXLmFcGeb9u4/s1600/mara+rubia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPd4IpdW7ayVv9EWz6K6x_t2805YdbSmIXy0q5CrxsI-Bo4jjZA5aXrPsoeoRqrtUzZlGYlSs6xKWbEmFVkjxSDhRiVBH5auXYMsENyQ4Q9Z6XBWZeyy5jxUQHiYF1A9BeXLmFcGeb9u4/s320/mara+rubia.jpg" width="170" /></a></div><div style="text-align: justify;">Mara Rúbia nasceu na Ilha de Marajó, no Pará, em 3/2/1918. Chamava-se Osmarina Lameira Cintra (ela odiava esse nome). Casou-se aos 17 anos, teve três filhos, separou-se do primeiro marido e foi viver no Rio de Janeiro. Depois de algum tempo na Capital Federal, leu que a Companhia de Walter Pinto anunciava: "precisa-se de<i> girls</i> para se apresentarem no Teatro Recreio. Mara não conhecia palavra <i>girl</i>, nem tinha a menor ideia que ofício era esse. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que lhe interessava era o ordenado: um conto e oitocentos. A diferença de seiscentos mil réis do salário de seu emprego anterior, numa firma de corretagem, lhe permitiria buscar seus dois filhos, Therezinha e Birunga, que haviam ficado com os avós, em Belém. Mara trouxera para o Rio apenas Ronaldo, o primogênito. E foi essa diferença que fez a nortista entrar para o teatro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mara Rúbia não começou no teatro de revista como simples bailarina, e sim como <i>soubrette</i>, nome designado às<i> girls</i> que já tinham algum destaque, graças a um número que Geysa Bôscoli havia criado especialmente para ela. Em 1944, estreia na revista <i>Momo na Fila</i>. O próprio Walter Pinto foi quem a batizou com o novo nome artístico e contratou professora de canto, dança e interpretação a fim de prepará-la para o estrelato.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Transformou-se em grande vedete e um dos maiores símbolos sexuais do Brasil, entre os anos de 1940 e 1950.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1946 já estrelou com sucesso a revista <i>Não Sou de Briga</i>, ano em que foi eleita Rainha das Atrizes pela primeira vez. Com Walter Pinto, Mara fez oito espetáculosnesse período. Entre seus enormes e inesquecíveis sucessos estão<i> Bonde da Laite</i> (1945); <i>Canta, Brasil!</i> (1945); <i>Rabo de Foguete</i> (1945); <i>Carnaval da Vitória</i> (1946); <i>Não Sou de Briga</i> (1946) – nestas três últimas, Mara já era a segunda</div><div style="text-align: justify;">figura do elenco, estrelado por Renata Fronzi – e ainda <i>Nem te Ligo</i> (1946); <i>Vamos pra</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Cabeça</i> (1949) – quando chegou ao estrelato com o empresário – e <i>Está com Tudo e não Está Prosa</i> (1949) – no auge de sua carreira, quando dividiu o estrelato com Virgínia Lane.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1950 foi eleita, novamente, Rainha das Atrizes. Durante vários anos, Mara Rúbia se instalou como a grande vedete da PraçaTiradentes. Com enorme carisma e espontaneidade, dividiu os palcos cariocas com outras celebridades, entre elas Dercy Gonçalves, Renata Fronzi, Oscarito e Grande Otelo. Em 1950 foi convidada pela grande Bibi Ferreira para dividir o estrelato na peça <i>Escândalos de 1950</i>, feito que se repetiria em Escândalos de 1951.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um dado interessante na trajetória dessa estrela, é que foi a única vedete do teatro de revista que saiu da PraçaTiradentes para oTeatro Municipal. Em 1947, foi convidada pela inesquecível Dulcina de Moraes a participar de duas peças no Teatro Dramático: <i>A Filha de Iório</i>, de Gabriel Dannunzio, e <i>Já é Manhã no Mar</i>, de Maria Jacynta. E atuou ao longo de sua carreira em outros tantos trabalhos no teatro de comédia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mara também fez televisão na década de 1950 (na antiga TV Tupi), além de shows de boates, uma ramificação da revista. Em cinema, participou dos filmes <i>Fantasma por Acaso</i> (1946) e <i>É com Esse que eu Vou</i> (1948), todos com Oscarito; protagonizou a comédia <i>Não é Nada Disso</i> (1950) e o drama policial <i>Brumas da Vida</i> (1952), no qual atuava ao lado de sua filha,Therezinha. Em <i>Os Deuses e os Mortos</i> (1970), ganhou a Coruja de Ouro como melhor coadjuvante. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Descoberta pela turma do cinema, fez diversos filmes como <i>O Casamento</i> (1975); <i>Dona Flor e seus Dois Maridos</i> (1976). Seu último filme foi <i>Bububu no Bobobó</i> (1980), em que interpretava a si mesma, num enredo que contava a decadência do teatro de revista. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na Rede Globo, fez as novelas <i>Pulo do Gato</i>; <i>Sinal de Alerta</i> e <i>Feijão Maravilha</i>, todas no final da década de 1970. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As duas maiores Grandes Vedetes do Brasil foram Mara Rúbia e Virgínia Lane. Fizeram juntas, em 1952, <i>Eu Quero é Sassaricá!</i>, o espetáculo antológico considerado como uma das melhores revistas de todos os tempos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A vedete imbatível nos números de plateia faleceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de maio de 1991.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-81994581503717951572012-03-22T15:03:00.000-03:002012-03-22T15:03:19.242-03:00Mary Lincoln<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtfT1_ZwktQEt0bwR0gI4nQplmybdJeSbokWYLIWVeHa2aNwcDS1SQ7h386o3XzGw2sE9uuElQTSXo60AgtxG-VUob90DqRv3OJVzp4mCEcovQ7LOIcKXwrffMn_E1RTGOouO0xJIIy9w/s1600/teatro+de+revista.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtfT1_ZwktQEt0bwR0gI4nQplmybdJeSbokWYLIWVeHa2aNwcDS1SQ7h386o3XzGw2sE9uuElQTSXo60AgtxG-VUob90DqRv3OJVzp4mCEcovQ7LOIcKXwrffMn_E1RTGOouO0xJIIy9w/s320/teatro+de+revista.jpg" width="250" /></a></div><div style="text-align: justify;">Mary Lincoln era paulistana e nasceu no final dos anos 1910. Quando criança, estudou piano e canto. Formou-se em comércio, mas nunca exerceu a profissão. Era morena, alta e esguia. Tinha uma belíssima voz. Era soprano. E muito sensual.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até 1941, ela só cantava em festas da sociedade paulistana. Até que, um dia, a apresentaram a Walter Pinto, no chá do Teatro Santana, onde a Cia. W. Pinto se apresentava. Mary, como quem não quer nada, foi ao piano, tocou e cantou desinteressadamente. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Walter Pinto, vislumbrando o sucesso da jovem, ofereceu-lhe um contrato. Assustada, Mary recusou. Argumentou que não estava preparada. E Walter respondeu o que ela queria ouvir: "Eu te preparo".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em dezembro daquele ano, Mary já se estava no Rio, pronta para estrear na próxima revista do Recreio enquanto Walter anunciava o nascimento de sua estrela. Sem nunca ter pisado no palco, Mary dividiu, com Aracy Côrtes, o estrelato da peça <i>Você já Foi à Bahia?</i>, de Freire Júnior, um ícone das revistas carnavalescas. Com música de Dorival Caymmi, Herivelto Martins, Sílvio Caldas, essa peça mostrava clássicos como <i>Praça Onze</i> e <i>Amélia</i>. O sucesso foi absoluto. A crítica a consagrou. Foi eleita Rainha das Atrizes de 1942, provavelmente ajudada pelo rei Walter Pinto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O reinado de Mary Lincoln no Teatro Recreio, com Walter Pinto, durou até 1944. Apesar de ter um corpo admirável, suas armas mais poderosas eram a voz e a expressão facial. Não era muito fotogênica, mas ao vivo enlouquecia e conquistava a plateia masculina.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1942, Mary inovou. Ainda como segunda figura da companhia, brilhou em <i>Fora do Eixo</i>, revista que reafirmaria seu talento e abriria as portas para o estrelato absoluto na montagem seguinte: <i>Rumo a Berlim</i>. Nesse espetáculo ela foi ousada, pois cantou árias de óperas como <i>Madame Butterfly</i>, de Puccini. O público delirou, pois ópera em revista era algo inusitado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1944, Mary foi para os cassinos. Fez uma temporada bastante razoável em São Vicente, no Cassino da Ilha Porchat. Fez, em seguida, mais uma passagem pela revista, em 1945, com a Empresa Ferreira da Silva. Foi a figura máxima de <i>Batuque no Beco</i>, ao lado do iniciante Colé, e em <i>Trunfo é Espadas!</i>, com Walter D’Ávilla, ambas encenadas no João Caetano, com sucesso. Mary receberia da imprensa o título de a estrela das famílias brasileiras. Talvez pelo porte recatado e seu discreto meio de</div><div style="text-align: justify;">sedução.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Também em 1945, faz sua única incursão no cinema, participando de um número musical do filme <i>Caidos do Céu</i>. Na produção da Cinédia, cantava a marcha-rancho <i>Andorinha</i>, de Herivelto Martins, amarrada num poste. O número acabou soando ridículo e a crítica da época não perdoou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Achando que não estava no lugar certo, procurou outro gênero de teatro musicado: a opereta. Em 1946, trocou a revista pela opereta, fazendo uma bem-sucedida carreira. Mas, apesar de se realizar artísticamente na opereta, Mary retornou à revista em 1947, novamente no posto de vedete, na revista <i>Sinhô do Bonfim</i>, contratada pela Cia. Dercy Gonçalves. O espetáculo foi encenado no João Caetano. Dividiu o estrelato com Dercy e saboreou, mais uma vez, o gosto do sucesso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos anos seguintes ainda estrelou, como vedete principal, <i>Cuba Livre</i> (1952), no Teatrinho Jardel (RJ). Mary era apresentada como a apoteose morena, em impagáveis quadros ao lado de Walter D’Ávilla. Na <i>Terra do Samba</i> foi outro sucesso revista adaptada de Luiz Peixoto e Ary Barroso. No palco, Mary Lincoln brilhou ao lado de Margarida Max, a vedete absoluta dos anos 1920, que retornarava aos palcos para apresentações especiais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma de suas últimas revistas foi<i> Encosta a Cabecinha</i> (1958), de Boiteux Filho, encenada em São Paulo, com a Cia. Silva Filho. A vedete da peça foi Eloína. Às vésperas de completar 40 anos, Mary já não conservava o físico da juventude. Representava e cantava, apenas, sem sugerir nada com o público. Não era mais a mesma.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos anos 1970, há muito afastada dos palcos, Mary se mudou para o Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá (RJ). Reencontrou a amiga Gina Bianchi, dos tempos de opereta. Em 29 de setembro de 1981 (dia do ancião), a instituição recebeu a visita de vários artistas e idosos da região.Teve uma festa no Teatro Iracema de Alencar. Os velhinhos do retiro relembraram os tempos de glória, dançando e cantando. Mary Lincoln tocou trechos de <i>A Viúva Alegre</i>, no piano.Todos se emocionaram. Choveram</div><div style="text-align: justify;">aplausos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As palmas da plateia naquela tarde foram as últimas que ouviu. No dia seguinte sofreu um derrame e morreu, aos 62 anos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-64028649000357379992012-03-16T13:11:00.000-03:002012-03-16T13:11:16.916-03:00Celeste Aída<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw9kIb0_DpSKtPCrLAjK3xxxvx7PJzhpADSFUhbYgEYVZoL_GVygSouO39BtbdFWN-s8QDyHDq45NzRh7HMTT37Dm5ySv4pdhtGs1kdvzDNSn1aXBB1DdKgERKYAJqgdq5m4Wy7oS4ttE/s1600/Celeste+aida.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw9kIb0_DpSKtPCrLAjK3xxxvx7PJzhpADSFUhbYgEYVZoL_GVygSouO39BtbdFWN-s8QDyHDq45NzRh7HMTT37Dm5ySv4pdhtGs1kdvzDNSn1aXBB1DdKgERKYAJqgdq5m4Wy7oS4ttE/s200/Celeste+aida.jpg" width="153" /></a></div><div style="text-align: justify;">Nasceu no primeiro dia de setembro de 1916 e foi batizada como Celeste Aída Cruz. Seu nome, portanto, não é artístico como muitos pensam. Sua mãe era amante da ópera e foi num gênero semelhante, o da opereta, que Celeste Aída estreou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tudo começou por acaso. Em fins de 1938, aos 21 anos, Celeste foi assistir a um ensaio da peça <i>Algemas Quebradas</i>, de De Chocolat, com a Companhia Negra de Operetas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sua figura despertou a atenção dos produtores do espetáculo, que, descobrindo sua bela voz, a contratam. Sua estreia foi ao lado de grandes nomes: Grande Otelo, Apolo Correia, Pérola Negra e Índia do Brasil. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A peça foi bem recebida pela crítica da época, e Celeste foi chamada de a flor da companhia por Mário Nunes, crítico de O Globo. Seu número de maior êxito foi o samba A Carne é Negra, que cantou ao lado de Grande Otelo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em seguida, Celeste foi convidada por Álvaro Pinto a participar da revista <i>Camisa Amarela</i>, em março de 1939, no Recreio. Ela executava o principal quadro, o samba de Ary Barroso, que dava nome ao espetáculo. Novamente Celeste foi a figura mais destacada de um elenco ainda mais estelar que o anterior, Oscarito, Eva Todor, Margot Louro e Pedro Dias.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após a temporada no Recreio, alcançou o status de vedete, causando polêmica por fazer apresentações com roupas sumárias, sempre com o umbigo de fora. Celeste já era uma figura de destaque no elenco, quando começou a se desnudar em cena. Lançou no palco o maiô de duas peças, bem antes do biquíni. Não era exatamente bonita, era inclusive meio gordinha. Fugia um pouco do padrão de mulher boa. Mas tinha graça, um belo sorriso, e era extremamente simpática e articulada. Cativava pelo conjunto da obra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como a beleza não era o seu forte começou, também, a investir no tipo cômico. Uma de suas criações mais frequentes era a da mulher-invertida, uma representação da lésbica, com figurino e trejeitos masculinos. Fazia também mulheres sisudas e antipáticas. Apesar de ter construído uma carreira bem-sucedida como caricata, Celeste Aída jamais deixou de ser vedete. Exímia sambista e ótima cantora, sempre participava dos números musicais populares.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1940, fez sua primeira excursão artística: uma turnê pelos Estados Unidos. Na época, chegou a ser confundida com Carmen Miranda, que ainda não era muito conhecida dos americanos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Apesar de todo esse sucesso, Celeste não conseguia sobreviver só do ordenado de atriz. Passou a conciliar a carreira com outra atividade: foi vendedora, numa boutique da Cinelândia, centro do Rio. No mesmo ano recebeu proposta para atuar no filme argentino <i>Embrujo</i>, no papel de uma macumbeira. Celeste aceitou o convite. Pediu demissão de seu emprego de vendedora e recusou um contrato com Walter Pinto. Emagreceu 9 kg para atuar no filme. Mas a companhia atrasou as filmagens. Celeste perdeu dinheiro e desistiu do filme. Em seguida, ingressou na companhia de Pascoal Segreto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nessa época apaixonou-se pelo palhaço de circo, Petrônio Santana, conhecido como Picolé. Celeste quis ajudá-lo, financeira e artisticamente lançando-o na revista <i>Hoje tem Marmelada?</i>, encenada pela Companhia Jardel Jércolis, no Recreio. Era outubro de 1942, e a peça apresentava inovações, com incursões circenses.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No ano seguinte, se casou com Petrônio e trocou seu nome artístico para Colé Santana. Iniciam uma carreira como dupla, fazendo números cômicos e dançando o famoso<i> maxixe acrobático</i>, executado graças ao jogo de corpo adquirido pela formação circense de Colé. Em seus números de comédia, um ridicularizava o outro. Celeste passou a fazer o tipo da esposa jararaca e machona, que terminava a discussão espancando o franzino e submisso marido. O sucesso da dupla alcançou o rádio e o cinema. Colé foi a revelação cômica da época. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Celeste, com a influência de seu nome, conseguia bons contratos para o marido. Continuava com seu trabalho solo nas revistas. Sua imitação de Josephine Baker se tornou muito popular. O número passou a ser seu carro-chefe. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No fim dos anos 1940, o casal assinava com a companhia de Geysa Bôscoli, atuando em mais de uma dezena de espetáculos, e participando de uma bem-sucedida turnê pela Argentina, no ano de 1950. <i>Brotinhos e Tubarões</i> (1949); <i>Olha a Boa! </i>(1949);<i> Bonde do Catete </i>(1950); <i>Rabo de Peixe</i> (1950) e <i>Boca de Siri </i>(1951) são alguns espetáculos dessa fase. Nessa época, Colé já era considerado um grande cômico. Ele era o número um da companhia enquanto Celeste ficava à sombra do sucesso do marido. Aos poucos, o casamento foi se desgastando.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1951, a Cia. Geysa Bôscoli contratou um novo nome: a vedete Nélia Paula, uma mulher lindíssima, no auge da beleza e mocidade. Colé não resistiu e começou a se relacionar com a morena. O romance acontecia à vista de todos. A imprensa publicava notas sobre o<i> affair</i>, até que Celeste desistiu do casamento de nove anos. Pediu o desquite, em 1952. O assunto virou manchete de jornal e capa da Revista do Rádio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Foi um período muito triste em sua vida. A traição foi dupla, pois Nélia era sua amiga e confidente. Não se deixando abater, Celeste voltou aos palcos pouco tempo depois. Foi a principal atração dos shows da recém-inaugurada boate Mandarim, em Copacabana.Tomava parte nos quadros cômicos, ao lado de Ankito. Mas foi um fracasso. Em seguida, atuou na série de espetáculos de Genésio Arruda no Teatro República. Eram peças de Tom Bill, autointituladas de comédias-chanchadas, com balé popular e números de plateia por conta da atriz.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Enquanto Colé elevava Nélia Paula ao estrelato e preparava para montar companhia própria, Celeste Aída enfrentava dificuldades sem o marido. Demorou a emplacar novamente.Tentou carreira na vida noturna de São Paulo, cantando em boates. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1955 fez sua primeira experiência como empresária e, finalmente, voltou a sentir o sabor do sucesso. Fez uma curta temporada no Teatro Madureira, da amiga Zaquia Jorge e, em seguida, estreou noTeatrinho Jardel, em Copacabana. Apresentou a revista <i>Coquetel de Estrelas</i>, com Lya Mara, Evilásio Marçal, Carla Nell.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A carreira de empresária, apesar da boa receptividade do público, foi pontual na carreira de Celeste Aída. Conseguiu emplacar alguns sucessos, mas constantemente era arrasada pela imprensa. No final dos anos 1950, passou a estrelar todos os seus espetáculos, atuando também como diretora artística. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um de seus melhores trabalhos nesse período foi a revista <i>Disfarça e... Entra</i>, encenada no Teatro Zaquia Jorge (antigo Madureira), em 1961. O programa da peça apresentava-a como a fulgurante estrela Celeste Aída. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até meados dos anos 70, continuou no teatro de revista (já em decadência), fazendo espetáculos com Silva Filho, e outros heróis da resistência. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O ano de 1978 marcou uma tragédia em sua vida. No teatro, terminava uma temporada de <i>Esse Lixo é um Luxo</i>, e na televisão participava da novela <i>Sem Lenço, sem Documento</i>, na Rede Globo. Celeste era diabética e não sabia. Um dia, cortando um calo no pé esquerdo, machucou-se, teve uma infecção que virou gangrena. Abandonou os palcos. Depois de quatro cirurgias, amputaram-lhe a perna. Sem dinheiro para custear o tratamento e com muitas dificuldades, foi viver no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mesmo sem uma perna e vivendo no Retiro, Celeste não desanimava e declarava à Imprensa que queria retornar aos palcos. Seu desejo foi atendido. Foi dirigida por Hermínio Bello de Carvalho, como estrela do show <i>Nossas Vidas são um Palco Esculachado</i>, no João Caetano, em 1981. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De cadeira de rodas, no mesmo teatro em que estreou em 1938, Celeste Aída fez apresentações de seus conhecidos monólogos e músicas do repertório do teatro de revista. O espetáculo, do projeto <i>Seis e Meia</i>, foi muito bem recebido pelo público e elogiadíssimo pela crítica.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No entanto, nova tragédia se abateu sobre Celeste. Problemas de saúde obrigaram a amputação da outra perna. Retornou ao Retiro dos Artistas e às condições modestas de vida. Vivia com apenas um salário mínimo, que mal cobria a despesa com os remédios. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por sua luta e vontade de viver, recebeu o título de artista símbolo do Ano Internacional do Deficiente Físico. Voltou às manchetes dando uma longa entrevista para O Globo, com o título <i>Sem amor, sem pernas e sem dinheiro</i>. Na reportagem só pedia que lhe concedessem um nova oportunidade para voltar aos palcos. Faleceu sem conseguir o que tanto queria.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Poucos meses antes de sua morte, a Rede Globo apresentou um programa sobre sua vida, o Caso Verdade <i>Amar a Vida</i>. Exibido em outubro de 1983, com direção de Milton Gonçalves, toda a carreira da atriz era narrada e interpretada por outros atores, entremeando depoimentos de colegas, como Renata Fronzi, Dercy Gonçalves e o crítico Jota Efegê.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No dia 11 de junho de 1984, aos 68 anos, foi encontrada morta em sua residência no Retiro. O corpo foi velado no Teatro Glauce Rocha, a seu pedido, e sepultado no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-11092012938709174782012-03-16T12:01:00.000-03:002012-03-16T12:01:44.249-03:00Isa Rodrigues<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglzLLhwD_Xa9W4N3uHAT6lQkFDSTdZE20PPzwY0TJA0z7AiTA6cKcyQAZdqDKf5etm4ROMC0Uik-kl5h9FTTxvxZlLpUFn1r47Sfu1ufC3S3lsxgSnSyaRG0s8KpePpR8mKJEpBTflnS4/s1600/Isa_Rodrigues+circa+1940.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglzLLhwD_Xa9W4N3uHAT6lQkFDSTdZE20PPzwY0TJA0z7AiTA6cKcyQAZdqDKf5etm4ROMC0Uik-kl5h9FTTxvxZlLpUFn1r47Sfu1ufC3S3lsxgSnSyaRG0s8KpePpR8mKJEpBTflnS4/s320/Isa_Rodrigues+circa+1940.png" width="119" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isa Rodrigues - c. 1940</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Isa Rodrigues (Elisa Rodrigues), considerada a "Shirley Temple brasileira", nasceu em São Paulo, no dia 17 de Julho de 1927. Seus pais eram os atores Alzira e Benito Rodrigues. Isa, como já era chamada desde pequena, cresceu no ambiente teatral e foi incentivada pela própria mãe. Sua estreia deu-se em Santos, na companhia de Nino Nello e Tom Bill, com um espetáculo de variedades intitulado "O Team da Gargalhada". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Isa tinha 8 anos, mas cantou e dançou como gente grande. A menina agradou tanto que passou a integrar o elenco da companhia, que viajava pelo Estado de São Paulo. A menina era tão boa que passou a ser anunciada como a grande atração. Apresentava-se cantando e dançando samba e maxixe. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1936, com nove anos de idade, já é conhecida pelo público paulista e também em outros Estados. A família, então, mudou-separa o Rio de Janeiro. <br />
<br />
A menina foi chamada a se apresentar em um show no Teatro República (RJ), em homenagem à vedete chilena Eva Stachino, que se despedia do Brasil. No dia do grande espetáculo, estavam na plateia Carmen Miranda, Francisco Alves, Orlando Silva,Oscarito, Aracy Côrtes e Sílvio Caldas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A menina cantou e dançou com tal desembaraço e graciosidade que foi considerada o maior sucesso da noite. Luís Iglésias, propôs um contrato com a menina, para estrear na sua próxima revista, no Recreio. O pai Benito recusou, pois estava negociando com outra companhia. Iglésias não quis nem saber o fim da história. Cobriu a oferta e ainda contratou, de quebra, os pais. Nascia a Shirley</div><div style="text-align: justify;">Temple brasileira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sua estreia aconteceu na revista <i>É Batatal!</i>, ao lado de gigantes como Oscarito, Aracy Côrtes e Eva Todor. Ela fez um dueto histórico com Oscarito, cantando <i>No Tabuleiro da Baiana</i>, na época, recém-gravada por Carmen Miranda. O jogo de cena entre Oscarito e Isa era impagável. A crítica consagrou o surgimento da nova estrela.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A pequena Isa foi capa da tradicional <i>Revista de Theatro</i>, vestida de baiana. Embaixo de sua fotografia, estavam estampados os seguintes dizeres: Isa Rodrigues, a vedeta de 1937. E durante os anos seguintes ela explodiu em popularidade. Era como se fosse uma minirreprodução das grandes vedetes da Praça Tiradentes. Exímia sapateadora, pode-se dizer que foi a primeira criança prodígio na cena teatral brasileira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o fim das apresentações de <i>É Batatal!</i>, o Recreio lançou <i>O Palhaço o Que é?</i>, e logo depois <i>Mamãe eu Quero</i> e <i>Rumo ao Catete</i>; Isa estava nestes elencos, repetindo o êxito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A <i>Menina de Ouro</i> foi uma revista escrita especialmente para ela. Estreou no Recreio, em 1937, escrita por Freire Jr. e J. Cabral. A produção apresentava-a como a menor vedete dos palcos brasileiros e, com certeza, dos teatros do mundo. A peça contava a história da americana Shirley Temple que decide tirar umas férias no sul da Califórnia. Para despistar os fãs e a imprensa, forja uma visita ao Brasil, contratando uma sósia brasileira que, se passando pela atriz, comparece a todos os eventos, atuando em cinema e teatro, enganando a todos. Mas a farsa dura pouco tempo: é descoberta e levada a julgamento. Na hora do veredicto, o clímax da peça, Isa tinha uma grande cena dramática, que emocionava todas as noites.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entre 1937 e 1941, a nossa Shirley Temple reinou absoluta na PraçaTiradentes. Seu sucesso era enorme. Havia uma mutidão se amassando para ver a estrelinha.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1939, depois de excursionar pelo País, Isa perdeu a maior oportunidade de sua vida: uma proposta para filmar em Hollywood, ao lado da própria Shirley Temple, feita por dois representantes da MGM na América Latina. O pai Benito recusou, pois tinha acabado de renovar com a Cia. Manoel Pinto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1941, Isa tentou interromper sua carreira para estudar, mas voltou para ajudar as finanças dos pais que dependiam dela. Ela havia crescido no palco. Em 1950 casou-se com o ator Carlos Mello, pai de seu único fi lho, Carlos Alberto.Tornou-se uma atriz versátil que havia passado com desenvoltura do teatro de revista para a comédia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1953, aos 26 anos, Isa retornou à revista em <i>Mulheres de Todo o Mundo</i>, no Teatro Carlos Gomes, ao lado da amiga desde os tempos do Recreio, Dercy Gonçalves. A exmenina-prodígio e revelação na comédia, pela primeira vez, veste maiô e bota as pernas de fora. O público e a crítica adoraram. Com Dercy Gonçalves ainda atuaria em <i>Bomba da Paz</i>, no João Caetano. Agora como vedete passou por muitas companhias.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3oUq76Ws_GEUG3jx6Fc9IsbiPeXPP1cAUZhkbzDBKkCwwSCTACuErUEz6X5QLazxHO9y6F7W7DU186aGV9MYmETAPmzllcQa_dTLSmfWtVq0saXDSLcWb9NgLW88yhLZmkTfU23fazMk/s1600/isa+rodrigues+e+carlos+melo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3oUq76Ws_GEUG3jx6Fc9IsbiPeXPP1cAUZhkbzDBKkCwwSCTACuErUEz6X5QLazxHO9y6F7W7DU186aGV9MYmETAPmzllcQa_dTLSmfWtVq0saXDSLcWb9NgLW88yhLZmkTfU23fazMk/s200/isa+rodrigues+e+carlos+melo.jpg" width="144" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isa e Carlos Melo - 1960</td></tr>
</tbody></table>Em 1955, foi elevada ao estrelato como vedete na temporada paulista com Colé, noTeatro Alumínio. Encabeçou o elenco de <i>Gostei Demais...</i> e <i>Gente Bem & Champanhota</i>, onde substitui Nélia Paula. Aproveitou a estada em São Paulo para filmar seu primeiro longa-metragem, <i>Eva no Brasil</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Estrelou outras revistas como <i>Te Futuco... num Futuca</i> (1959) e <i>Rio, Amor e Fantasia</i> (1960). Sua especialidade eram os números de samba e as cenas cômicas. Isa Rodrigues, com Consuelo Leandro e Sonia Mamed, sabia fazer a caricata bonita, engraçada e sensual, ao mesmo tempo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1962, Isa era a artista mais bem paga da Tv Excelsior. Ao lado de outros egressos do teatro de revista, participou dos mais célebres programas humorísticos <i>Noites Cariocas</i>, <i>O Riso é o Limite</i>, <i>Vovô Deville</i> e <i>Times Square</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos anos 1970, participava dos programas do Chico Anysio e dos Trapalhões da Rede Globo. Sua despedida dos palcos acontece em 1985, com a peça <i>Viva a Nova República</i> encenado no Copacabana Palace, ao lado de Íris Bruzzi e Milton Moraes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos anos 1990, com a morte do marido, Isa mudou-se, por vontade própria, para o Retiro dos Artistas, onde vive até hoje. Aos 82 anos de vida e 75 de carreira, se considera uma mulher feliz.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-83453545305922895952012-03-13T17:14:00.000-03:002012-03-13T17:14:20.674-03:00Mary Daniel<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5HHAecVpEuC1c9MszgFBSC6g7qbK5rXwUmXp1HuIZH6KfWc2QIYkeecblHWlIKLlpM2VfFpAf2t4N6iFoGBUdOVag_PSJdvYq7dhU-z0XgesY3X9mAyD9ExbDi1Ivkv-8b4wVBmHaPN4/s1600/mary+daniel.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5HHAecVpEuC1c9MszgFBSC6g7qbK5rXwUmXp1HuIZH6KfWc2QIYkeecblHWlIKLlpM2VfFpAf2t4N6iFoGBUdOVag_PSJdvYq7dhU-z0XgesY3X9mAyD9ExbDi1Ivkv-8b4wVBmHaPN4/s200/mary+daniel.jpg" width="120" /></a></div><div style="text-align: justify;">Maria Irma Lopes Daniel nasceu em 20 de julho de 1911. Era argentina, da cidade de Salta. De tradicional família circense, estreou no Circo Ventura, de propriedade de seus pais. Tinha apenas seis anos de idade e cantava acompanhada por um violino, tocado por seu irmão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Já mocinha, passou a se arriscar em números de trapézio, a grande especialidade da família Lopes. Mesmo morrendo de medo, fazia um difícil número, o passeio aéreo. Não gostava, preferia cantar e dançar no chão mesmo, onde não corria nenhum perigo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E foi também no circo que estreou como atriz. Fazia pequenos papéis nas representações dramáticas, que aconteciam na segunda parte do espetáculo. Representava tradicionais melodramas circenses como <i>Honrarás tua Mãe</i>, o espetáculo em que estreou o comediante Oscarito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o fechamento do Circo Ventura, Maria Irma e a irmã Alba mudaram-se para a Europa. Lá aprenderam bailados típicos, ginástica, balé clássico e acrobacia, com professores famosos. Dominadas as técnicas, as irmãs estrearam na França, em teatros e palcos de cinema. Depois, seguiram para Itália e Espanha, onde já foram apresentadas como atração principal do Gran Teatro, em Madri. O que as diferenciava era que não executavam só giros e saltos mortais, mas também faziam números com comicidade. O sucesso da dupla era enorme. Mary, além das acrobacias, também fazia números de bailado, típicos, como a clássica zarzuela espanhola.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No Brasil, Mary & Alba estrearam no cineteatro Roxy, no centro do Rio de Janeiro, na companhia dos comediantes Genésio Arruda e Tom Bill. Mas foi com Jardel Jércolis que a dupla ganhou os palcos brasileiros. Contratadas pelo empresário, as irmãs estrearam, no Teatro Carlos Gomes, no início da década de 1930.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No elenco da Cia. Grandes Espetáculos Modernos, de Jardel, a dupla era apresentada como legítimas vedetes espanholas. O êxito foi tanto que o nome da dupla subiu para primeiro plano nos programas das peças, acima de toda a companhia, composta por artistas consagrados como Aracy Côrtes, Sílvio Caldas, Olga Navarro e Lódia Silva.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mary também começou a representar em números de cortinas e esquetes cômicos. Surgia, discretamente, uma vedete. Era uma mulher de beleza rara. Loura, dona de olhos verdes cor de esmeralda, postura impecável, resultado do trabalho como acrobata. Das revistas em que atuou, destacam-se <i>Angu de Caroço</i> (1932), <i>Traz a Nota!</i> (1933),<i> Alô... Alô... Rio?</i> (1934) e o sucesso <i>Goal! </i>(1935), de Nestor Tangerini.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No ano de 1935, casou-se com Juan Daniel, na Espanha. Juan era atração da companhia, cantando tangos. A família da moça foi contra e a paz familiar só veio depois do nascimento do primogênito, Daniel Filho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mary ficou na Cia. de Jardel Jércolis até o início da década de 1940. Depois montou uma companhia com o marido (ele cantando tangos e boleros), para se apresentar em cassinos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após a proibição dos cassinos (1946), milhares de artistas ficaram desempregados, e a classe médio-burguesa ficou sem divertimento. Foi quando Juan e Mary levaram o teatro de revista para a zona sul do Rio de Janeiro, mais precisamente para Copacabana. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1949, inauguraram o Teatro Follies, com a revista<i> Já vi Tudo!</i>. Era um teatrinho pequeno, do tipo teatro de bolso, pois Juan não tinha muito dinheiro. Foi quando Mary se lançou como autora de revistas, sob o pseudônimo de Alberto Flores. É que Mary gostava mesmo era de escrever, uma paixão velada desde os tempos de menina. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Suas peças fizeram muito sucesso, com elenco reduzido, mas extremamente selecionado. Conseguiu juntar no palco Elvira Pagã e Luz del Fuego, que resultou numa explosão de bilheteria. Também alçou ao estrelato Zaquia Jorge que, inspirada no Follies, abriria seu próprio teatro em Madureira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Da necessidade nasceu a estrela: quando alguma artista faltava, ou deixava a companhia antes do término da temporada, lá estava Mary, para substituí-la. Seu espírito empresarial sabia o quanto era importante se envolver de corpo e alma na companhia. E aos poucos, foi se consolidando como vedete.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entre os sucessos do Follies, estão: <i>A Verdade Nua</i> (1952); <i>Boa-noite, Rio! </i>(1950); <i>O Que é Que o BikiniTem?</i> (1953); <i>É Rei, sim!</i> (1951);<i> Eva no Paraíso</i> (1950) e <i>Tira a Mão daí</i> (1952).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o fim do Follies, em meados de 1950, o casal continuou com companhia própria,</div><div style="text-align: justify;">no mesmo esquema. Um dos últimos grandes sucessos no gênero foi O Negócio é Bitebite, em 1961. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o desaparecimento do teatro de revista, Mary se recolheu das atividades artísticas, fez algumas aparições na televisão, como na novela <i>Fogo sobre Terra</i> (1974), na Rede Globo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-23477171110298517972012-03-13T16:49:00.000-03:002012-03-13T16:49:21.565-03:00Beatriz Costa, a vedete de dois países<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfc7SADugycD_OFjjQhz5Sw65YFT3XRe4MPADZGRJwF2BR6l6xN2f1scsnq9Nj_brLuuwaUswVdSR-6dyoEp9BlxuhXy0-LE9-_IeODrK7mKVhV84_VmDarI1aIipdlmUeRszIwmM3Zl4/s1600/Beatriz_Costa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfc7SADugycD_OFjjQhz5Sw65YFT3XRe4MPADZGRJwF2BR6l6xN2f1scsnq9Nj_brLuuwaUswVdSR-6dyoEp9BlxuhXy0-LE9-_IeODrK7mKVhV84_VmDarI1aIipdlmUeRszIwmM3Zl4/s320/Beatriz_Costa.jpg" width="233" /></a></div><div style="text-align: justify;">– Me pega no colo!...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pega-me ao colo é uma frase simples, infantil. Mas se quem a diz é Beatriz Costa, que feito menina mimada pede colo aos espectadores, a tal frase simples entra no vocabulário popular, passa a ter os mais inesperados significados. E uma revista que se vai estrear, nesse ano de 1938, terá inevitavelmente como título <i>Pega-me ao colo</i>. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Beatriz Costa nasceu Beatriz da Conceição em 14 de dezembro de 1907, em Portugal, numa aldeia chamada Charneca do Milharado, relativamente perto de Lisboa. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aos 15 anos estreou, com o apoio da família, como corista do teatro de revista, em <i>Chá com Torradas</i>, no Éden Teatro de Lisboa, seguindo em excursão com a companhia para o Alentejo e para o Algarve. Foi o famoso revisteiro Luís Galhardo quem a batizou com o nome artístico de Beatriz Costa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1924, ela já estava atuando no Teatro Maria Vitória de Lisboa, na revista <i>Rés Vês</i> e sendo preparada para fazer números mais importantes, pois a mocinha levava muito jeito e evoluía rapidamente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No dia 24 de julho de 1924 embarcou, com a companhia, no navio Lutelia rumo ao Brasil. Ficou aqui até 1926. Estreou no Rio de Janeiro com as revistas <i>Fado Corrido</i> e <i>Tiro ao Alvo</i>. Pela sua graça e interpretação foi bem recebida pelo público e pela imprensa carioca. Consolidou seu nome e sucesso com revistas e operetas como <i>Piparote</i>; <i>Disparate</i>; <i>Aqui d’el Rei</i>; <i>O 31</i>; <i>De Capote e Lenço</i>; <i>Tintim por Tintim</i>; <i>O Gato Preto</i>; <i>As 11 Mil Virgens</i>; <i>Rataplan</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No entanto, não foi dessa vez que Beatriz Costa ficou no Brasil. Voltando a Portugal, com reputação de grande artista, passou por várias companhias ao lado de renomados artistas, como Nascimento Fernandes, Manoel de Oliveira e Eva Stachino, quando obteve grande popularidade com o número <i>D. Chica e Sr. Pires</i>, ao lado de Álvaro Pereira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1927, talvez influenciada pelo furor que o corte à la garçonne de Margarida Max provocou, Beatriz Costa estreou no cinema, com um novo corte de cabelo que se tornaria sensação entre as mulheres: o franjão. A partir daí, como se diz em Portugal, toda a gente sabe o que significa ter uma franja à Beatriz Costa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A sua segunda visita ao Brasil foi com a companhia portuguesa de Eva Stachino, em 1929. Novamente, a imprensa noticiou o sucesso da atriz, relembrando sua passagem pela América do Sul. Em solo brasileiro, o grupo apresentou a revista <i>Pó de Maio</i>; <i>Lua de Mel</i>; <i>Meia-noite</i>; <i>Carapinhada</i> e <i>A Mouraria</i>, entre outras. Após as apresentações em São Paulo, foi convidada por Procópio Ferreira a integrar a companhia de comédias do ator, mas recusou a proposta. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De volta à Europa, Beatriz Costa fez um documentário chamado <i>Memórias de uma Atriz</i>, contando episódios de sua carreira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas era o teatro a sua grande motivação: "Acordada ou dormindo, o meu sonho constante era o teatro. Absorvia-me todos os pensamentos. Das minhas pupilas não se apagava o fulgor das apoteoses, a atitude, o sorriso, a plástica das estrelas".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sua atuação no teatro português continuava intensa. Trabalhou, também, com a famosa atriz Corina Freire e atuou nas revistas <i>A Bola</i>; <i>Pato Marreco</i>; <i>O Mexilhão</i>; <i>Pirilau</i>. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1936, estrelou a peça <i>Arre Burro</i>, com grande sucesso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1939, Beatriz Costa retornou pela terceira vez ao Brasil, dessa vez para uma temporada que se prolongou por 10 anos, a qual considerou os melhores anos da sua vida. Trabalhou durante muito tempo no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Considerada uma sedutora de plateias, Beatriz Costa divertiu o público carioca e se firmou como uma profissional da alegria, como ela mesma se intitulou em livro autobiográfico: "Nunca gostei de contar a minha vida a estranhos… É mais do que isso… É um livro de verdades duras, que conta muito do que se tem passado comigo, para lá da cortina de seda… Profissional de alegrias... é natural que não me detenha em episódios dramáticos".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Do alto de seu 1,53 m de altura, a vedete dos dois países somou o amor do público português ao do brasileiro e construiu uma trajetória digna de respeito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Morreu aos 88 anos, em 15 de abril de 1996, em Lisboa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-89324345692571955262012-03-13T16:26:00.001-03:002012-03-13T16:26:36.213-03:00Pepa Ruiz, a Pavlova Brasileira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkGhWAojYim21ZUIa8z3Ff0dXRGm-wpmfrBfqb9e_J4mEkTbQ9C9WOupLN0ikLXBajJVxP91odj-pNdN7r80-qy2EDYpA4-9TWxAmVgix58Ftfo4tMRnd3kcJlqPBGw2rmx17cN3jkGpY/s1600/PEPA+RUIZ+SANTOS-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkGhWAojYim21ZUIa8z3Ff0dXRGm-wpmfrBfqb9e_J4mEkTbQ9C9WOupLN0ikLXBajJVxP91odj-pNdN7r80-qy2EDYpA4-9TWxAmVgix58Ftfo4tMRnd3kcJlqPBGw2rmx17cN3jkGpY/s200/PEPA+RUIZ+SANTOS-1.jpg" width="110" /></a></div><div style="text-align: justify;">Josefa Maria do Rosário de La Santíssima Trindad Ruiz Puebla era espanhola de Andaluzia e nasceu em 13 de agosto de 1904. Seu apelido desde criança era Pepa, apelido de todas as Josefas espanholas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando tinha 8 anos, Pepa e a família se mudaram para Portugal, porque o pai, Don José, morreu em Cuba e a família estava com problemas financeiros. Em Lisboa, Pepa estudou dança, impressionou os professores, ganhou prêmios e foi enviada de volta à Espanha para estudar com uma famosa coreógrafa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o fim da Primeira Guerra, voltou a Lisboa, onde estreou profissionalmente como bailarina na ópera Aida, estrelada pelo famoso tenor Tito Schipa. Usou o nome artístico Pepa Ruiz.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aos 16 anos, já era bailarina, atriz e, também, coreógrafa. Casou-se com Artur Rosa Mateus, ator e bailarino (e futuro dramaturgo e maestro) do teatro de revista. Nesse mesmo ano, veio ao Brasil, para se apresentar no Teatro Recreio, com <i>Salada Russa</i>. Ao final da temporada, Pepa, grávida, desmanchou seu casamento e resolveu ficar por aqui. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em janeiro de 1921, estreou, como atriz e bailarina, na revista carnavalesca <i>Reco Reco</i>, de Carlos Bittencourt e Cardoso de Menezes, no Teatro São José, ao lado de Otília Amorim, Alfredo Silva e Pinto Filho. A peça foi um sucesso e Pepa, como bailarina, foi chamada de Pavlova Brasileira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Atuou na reprise do estrondoso sucesso <i>O Pé de Anjo</i>. Em março de 1921, nasceu seu filho Roberto Ruiz que, anos mais tarde, se tornaria um grande revistógrafo. Pepa voltou aos palcos na revista portuguesa <i>De Capote e Lenço</i>. Foi elogiadíssima pela crítica e fez carreira extensa em revistas, como, por exemplo, <i>Água no Bico!...</i>, sucesso da temporada junho/julho, no Teatro Carlos Gomes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com sua popularidade em alta, houve certa confusão com a outra Pepa Ruiz, que anos antes havia sido a maior estrela do teatro de revista brasileiro. A velha Pepa, já doente, quis conhecer a nova. O encontro se deu no Hotel Avenida, onde residia a estrela do passado. Fumando um charuto, a velha Pepa conversou com a moça. Descobriram, além da mesma paixão, outras coincidências como o mesmo nome José (Pepe) de seus pais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pepa assinou contrato com a prestigiada atriz caricata Alda Garrido e experimentou um novo gênero: a burleta. Além de atuar com Alda Garrido, participou das companhias de revistas de Otília Amorim e Margarida Max. <i>Fez Amendoim Torrado</i> (1925); <i>Amor sem Dinheiro</i> (1925); <i>Turumbamba</i> (1926); <i>Ilha de Amores</i> (1926); <i>Quem Manda é o Coronel</i> (1926); <i>Olha à Direita</i>, entre outras. Seu grande sucesso foi <i>Luar de Paquetá</i> (1924), de Freire Jr., onde lançou a famosa marcha-rancho de mesmo título.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aos 30 anos, já era uma das mais requisitadas atrizes de nosso teatro (musical e declamado). Trabalhou com Procópio Ferreira em <i>Deus lhe Pague</i>, de Joracy Camargo, com a Companhia de Vicente Celestino, e fez várias revistas com Aracy Côrtes e outros famosos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na década de 1940, depois de fazer revistas com Beatriz Costa e Mesquitinha, fez sucesso como atriz no teatro declamado. Incursionou, inclusive, pelo rádio. A partir de 1951, voltou a Portugal como empresária de companhias brasileiras. Levou Alda Garrido para Lisboa, viajou por diversos países, atuando, administrando, comandando. Administrou as companhias de Aimée e Joana D´Arc.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Organizou, em 1957, uma excursão da Cia. Brasileira de Revistas pela Europa e países de língua portuguesa na África. O sucesso foi absoluto. Pepa Ruiz liderava o elenco composto por Antônio Spina, Berta Loran, Gracinda Freire, Almeidinha e outros. Durante todo o ano de 1957 fizeram temporada africana. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1958, estrearam em Portugal, com a revista <i>Fogo no Pandeiro</i>, de Max Nunes, J. Maia e seu filho Roberto Ruiz. Os autores escreveram ainda mais três peças especialmente para a companhia. Ao fim da excursão pela África e Portugal, fez nova ida à Europa indo à Espanha, França e Alemanha, contratando artistas brasileiros e os promovendo nesses países.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pepa Ruiz, além de estrela da revista, foi uma mulher comprometida com o teatro brasileiro. Pelo seu incessante trabalho como atriz e empresária era muito querida no meio artístico. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1959, ao completar 40 anos de carreira, foi homenageada no Teatro Carlos Gomes. Na ocasião, estiveram presentes mais de cem atores e personalidades teatrais, num desfile artístico até então inédito: Oscarito, Aracy Côrtes, Aimée, Pascoal Carlos Magno, Dercy Gonçalves, Jayme Costa, Manoel Pera, Mário Lago, Procópio Ferreira, Rodolfo Mayer, Vicente Celestino e tantos outros.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos anos seguintes, consolidou a carreira de administradora. Encarregou-se das companhias de Eva Todor e também de Dercy Gonçalves.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1977 foi nomeada administradora do Teatro Dulcina, que o SNT recém adquirira. Ela ocupou esse cargo até sua morte, em 26 de dezembro de 1990.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-90340913288681591612012-03-13T15:08:00.000-03:002013-07-12T23:04:25.009-03:00Maria Lino, a rainha do Maxixe<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA3OXCuIlEWlvK22-aA-Bvzts-Yb5G94K4Up2jsTRKEn-AWHS2dXbGzLGsvmkrvgJWo4yjytYWst74klHmn6Gpv4OmGgl5bqa_MfQI1PfPwiOen4Imct1S5MKx2_P3td83e5dUt9MLOSc/s1600/maria+lino.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA3OXCuIlEWlvK22-aA-Bvzts-Yb5G94K4Up2jsTRKEn-AWHS2dXbGzLGsvmkrvgJWo4yjytYWst74klHmn6Gpv4OmGgl5bqa_MfQI1PfPwiOen4Imct1S5MKx2_P3td83e5dUt9MLOSc/s200/maria+lino.JPG" width="136" /></a></div>
Maria Lino era italiana e se chamava Maria Del Negri. Chegou aqui com 14 anos, como dançarina do Alcazar Lyrique. Entrou para a história do teatro musical brasileiro como coreógrafa, considerada uma das maiores expoentes do maxixe – a dança proibida.</div>
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Ela estreou no teatro de revista no final do século XIX. Um dos seus primeiros sucessos foi na revista <i>Abacaxi</i> (1893), de Moreira Sampaio e Vicente Reis, no Teatro Apolo (RJ). </div>
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<br /></div>
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Essa revista satirizava Barata Ribeiro, o primeiro prefeito do Rio de Janeiro (1891-1894) e tinha grandes atores no elenco como Brandão (o popularíssimo), Rose Villiot, João Colás e Matilde Nunes. </div>
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<br /></div>
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Fez várias outras revistas, mas a sua inscrição definitiva como vedete e na história do teatro de revista se deve mesmo ao maxixe (a dança erótica). Não foi apenas pelos seus dotes artísticos que ficou em evidência. Sua beleza impressionava. Era elegante, sensual e provocadora, ao mesmo tempo. Logo no início de sua carreira, teve um caloroso relacionamento com um rico e influente fazendeiro paulista que, para satisfazer a amada, cobria-lhe de joias e roupas caríssimas. </div>
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<br /></div>
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Mas, no finalzinho do século XIX, Maria abriu mão de todo aquele luxo e dinheiro. Desmanchou o compromisso com o fazendeiro para namorar o grande ator Machado Careca. Conhecido por sua feiúra. Careca se apaixonou perdidamente pela jovem vedete. No espetáculo <i>Zizinha Maxixe</i> (1897), a dupla se tornou célebre por lançar o tango brasileiro <i>Gaúcho</i> também conhecido como <i>Corta-Jaca</i>, composição de Chiquinha Gonzaga:</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFRRaM24mRvm7G3uHwxzWIEYWto3Swq3dNlSKTBOAl6rkKVW_1xu_HJNmJ4p2amYsG9nCcvs6Eis9CnR_xAST0Dt56LFSKmdPoCHf3wzZKf1zVivxXuJpNYmIbL1tKVBfHBHYzvYjfxnQ/s1600/omaxixe.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFRRaM24mRvm7G3uHwxzWIEYWto3Swq3dNlSKTBOAl6rkKVW_1xu_HJNmJ4p2amYsG9nCcvs6Eis9CnR_xAST0Dt56LFSKmdPoCHf3wzZKf1zVivxXuJpNYmIbL1tKVBfHBHYzvYjfxnQ/s200/omaxixe.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Ai, ai, que bom cortar jaca! Ah!<br />
Sim, meu bem ataca<br />
Corta-jaca assim, assim, assim!<br />
Corta, meu benzinho, assim, assim!<br />
Este passo tem feitiço, tal ouriço<br />
Faz qualquer homem coió<br />
Não há velho carrancudo, nem sisudo<br />
Que não caia em trololó, trololó!</i></div>
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<br /></div>
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Em cena, Maria Lino e Machado (que mais tarde escreveu os versos da canção) conquistaram o público divulgando a nova dança sensual, o ritmo que, em pouco tempo, ganhou os salões de dança da cidade para horror da sociedade conservadora que considerou o ritmo como chulo, grosseiro e selvagem. Alheia às más línguas, a dupla saía dos teatros e apresentava a dança lasciva também em chopes berrantes, salões e cafés-concertos do Rio de Janeiro.</div>
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<br /></div>
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Enquanto o maxixe conquistava os cariocas, Maria Lino dava continuidade à sua carreira no teatro de revista. Já fazia números de alegoria e começava a estrelar números de cortina. Atuou, já como vedete destacada em espetáculos do grande Arthur Azevedo, como <i>O Jagunço</i> (1898) e <i>Gavroche</i> (1899).</div>
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<br /></div>
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Com o nome consolidado na revista, Maria Lino fez incursões, também, no teatro dramático, como ingênua. Mas foi no musical que apostou todas as fichas de sua carreira.</div>
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<br /></div>
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A dupla com Machado Careca continuava a se apresentar nas Revistas. O maxixe estava na ordem do dia dos salões cariocas, e ganharia novo fôlego em 1906, quando estreou <i>O Maxixe</i>, de Bastos Tigres que, definitivamente, imortalizou o ritmo. Maria fazia a apoteose do espetáculo, lançando <i>Vem Cá, Mulata</i>. Foi um enorme sucesso, que consagrou não só o tango brasileiro, como também a musa desse estilo musical: Maria Lino.</div>
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<br /></div>
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Com o enorme prestígio alcançado como coreógrafa e representante do maxixe, recebeu proposta para uma temporada em Paris. Viajou e largou o apaixonado Machado Careca para trás. </div>
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<br /></div>
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Na França, Maria Lino encontrou um novo parceiro, Duque (um ex-dentista que preferia dançar). Apresentaram-se dançando maxixe, é claro, em casas noturnas e cabarés tradicionais de Paris. Foi um sucesso histórico. A dança caiu no gosto dos franceses que passaram a chamar de <i>tango bresilien</i>. Maria Lino ganhou o título de <i>La reine du tango</i>.</div>
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A temporada francesa se estendeu a várias outras cidades europeias, divulgando, sempre com sucesso, o nosso sensualíssimo maxixe.O regresso ao Brasil aconteceu em 1914. Maria Lino retornava diferente: mudara o nome artístico (agora Maria Lina). </div>
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Maria era mulher despojada e muito à frente de seu tempo. Era livre, tinha vida amorosa movimentada, não se prendia a ninguém. Não media esforços para conseguir o que queria. Era determinada e, de certa forma, despudorada. Um de seus muito apaixonados chegou a dizer: Era uma demônia. Possuía olheiras lânguidas, que traíam uma vida de vícios inconfessáveis.</div>
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<br /></div>
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Mas Maria não se conformou em ficar eternamente conhecida como dançarina de maxixe. Como a idade começava a pesar, lançou-se como autora teatral. Talvez, sua inspiração viesse de Cinira Polônio.</div>
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<br /></div>
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Em outubro de 1915, estreou o espetáculo <i>Ouro sobre Azul</i>, no Teatro Recreio, alardeando em todos os jornais sua estreia como autora teatral. Além de assinar o texto, Maria também era a estrela da revista originalíssima, feérica, moderna. Foi elogiada pela crítica teatral. A peça fez um grande sucesso e elevou, ainda mais, o nome de Maria Lino (ou Lina). Há boatos de que a peça foi escrita por um revistógrafo experiente, em troca de favores amorosos. Mas histórias de alcova não são confiáveis. E esta suposta fofoca tem acentuado sabor machista.</div>
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<br /></div>
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A carreira de Maria Lino (ou Lina) seguiu até a década de 1920, quando diminuiu o ritmo de suas atividades. A dança se transformou em tema para teoria: ela dava entrevistas e fazia palestras sobre o maxixe: sua origem e desenvolvimento.</div>
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<br /></div>
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A partir dos anos 1930, passou a trabalhar como atriz em companhias de comédia. Uma das últimas companhias em que atuou foi a de Renato Vianna.</div>
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Maria Lino também fez cinema. Já bastante envelhecida, participou do filme <i>Maridinho de Luxo</i> (1938), da Cinédia, no papel de sogra do maridinho, o comediante Mesquitinha. Anos depois, faleceu, com idade bastante avançada.</div>
<br />
Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-54312529696216495552012-03-13T14:16:00.000-03:002012-03-13T14:16:58.571-03:00Cinira Polônio, a Divette Carioca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdLFdPcTLnj8quCjmACKC8m5T1cCBu6svX0S1Bzs6ccaPmRSt8fRFfbk0Y3RID1ouo27fsRCEXqPitMn0H5-pCNhqqCvPzuPuhie75YFG_QmMEZOUG-bauAuTeL7h9njFWNa6VRkWJX6I/s1600/Cinira-polonio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdLFdPcTLnj8quCjmACKC8m5T1cCBu6svX0S1Bzs6ccaPmRSt8fRFfbk0Y3RID1ouo27fsRCEXqPitMn0H5-pCNhqqCvPzuPuhie75YFG_QmMEZOUG-bauAuTeL7h9njFWNa6VRkWJX6I/s200/Cinira-polonio.jpg" width="197" /></a></div><div style="text-align: justify;">Não se pode chamar Cinira Polônio (1857-1938) de <i>vedette</i>, sem antes conhecer um pouco da sua história. Mulher inteligentíssima e avançada para o seu tempo recusou-se a seguir o modelo imposto pela sociedade da época e não se casou. Mesmo assim ou exatamente por isso, teve uma vida amorosa extremamente movimentada. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Independente, assumiu orgulhosamente a carreira de atriz no teatro musical, quando tudo ainda estava começando. Cinira foi uma das mulheres mais cultas e elegantes da época. Falava muito bem o francês e outros idiomas. Era também cantora, compositora e maestrina. Tocava harpa e piano. Além disso, era ousada, pois escreveu uma peça de teatro intitulada <i>Nas Zonas</i>, uma burleta (comédia de costumes com números musicais) que apelidou de <i>revuette </i>(revistinha em francês).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fez muito sucesso nas duas primeiras décadas do século XX, ocupando o posto de primeira atriz na Companhia de Revistas e Burletas do Teatro São José. Seu nome aparecia no alto, em destaque nos programas da companhia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Era famosa por dizer bem os textos, mas tinha voz pequena para cantar. Essa sua habilidade de <i>diseuse</i>, de falar bem os textos, era usada não para declamar textos clássicos, mas para ressaltar o duplo sentido, o picante das palavras no teatro de revista. Ela sabia, como ninguém, sublinhar as palavras mais picantes. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A crítica aclamava seu ar refinado, elogiando-lhe a beleza, a graça e a elegância. Cinira representou a síntese entre o erudito e o popular por reunir, em seus personagens, o refinamento e a malícia, uma elegância excitante entre a francesa e a brasileira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como atriz, fez comédias, operetas e burletas. E, sobretudo, encenou várias revistas de Arthur Azevedo. Nos palcos também se destacou com belíssimos figurinos e porte, principalmente nas revistas. Ela representava o ideal de uma boa parte da sociedade brasileira que gostaria de viver na Europa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Dentre os diversos papéis que se destacou, podemos lembrar uma francesa sem-vergonha chamada Madame Petit-Pois da famosa burleta <i>Forrobodó</i> (1912). Pois essa personagem ia parar numa gafieira, falava um francês-português todo atrapalhado e ficava assanhadíssima com o Guarda. Prova de que o seu senso de comédia permitia dessacralizar o francês da elite. Vamos conferir uma pequena cena de <i>Forrobodó</i>:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Guarda – <i>Madama, você me ensina um bocado de franciú?</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Madame Petit-Pois – <i>Moi ensina, moi ensina. Marquez moi un rendez-vous.</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Guarda – <i>Lá nas Marrecas não vou, e se for é de relance.</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Madame Petit-Pois – <i>Après le forrobodó, main-tenant je veux la dance. Avec moi</i></div><div style="text-align: justify;"><i>maxixê.</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Apesar das interrupções para se apresentar em Portugal, atuou no teatro musical brasileiro até 1913, fazendo várias revistas de Arthur Azevedo como <i>O Cordão</i>; <i>O Carioca</i>; <i>O Homem</i>; <i>Mercúrio</i>. Também estrelou as revistas <i>Comes e Bebes</i>; <i>Zé Pereira</i>; <i>Pomadas e Farofas</i>; <i>Cá e Lá</i>;<i> Chic-chic</i>; <i>Dinheiro Haja</i>; <i>Berliques e Berloques</i>; <i>Carestia, Ressaca e Companhia</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Foi um marco de liberdade e de emancipação feminina. Conseguiu escapar dos preconceitos. Fez muito sucesso. E morreu esquecida, no Retiro dos Artistas (RJ), em 1938.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Refinada e <i>chic</i>, era <i>coquette</i>, era <i>divette</i>. Mas quando essa brasileira piscava sensual e maliciosamente, era, sim... uma grande <i>vedette</i>!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano.</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-48932915919449866482012-03-13T12:57:00.001-03:002012-03-13T14:06:55.475-03:00Aimée, o Diabinho Loiro<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoMU7BxQa-aDRtmUt5yP72Ol7U1BsSVEVn7DsXBps7PE4xRy9yWYjGJvLlfrm1Doz9LuxzOiR94ME4Fk2Smhbz8WttsrrShTgNKIv-K80kY6p6zfTHjm6S4mBQ35d87gPzGiyhhO6OtMc/s1600/Aimee.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoMU7BxQa-aDRtmUt5yP72Ol7U1BsSVEVn7DsXBps7PE4xRy9yWYjGJvLlfrm1Doz9LuxzOiR94ME4Fk2Smhbz8WttsrrShTgNKIv-K80kY6p6zfTHjm6S4mBQ35d87gPzGiyhhO6OtMc/s640/Aimee.jpg" width="500" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Henrique Fleiuss, caricaturista da revista <i>Semana Ilustrada</i>, sobre a passagem da vedette e atriz francesa pelo Brasil. Desta vez ela é uma cadela que sai do Alcazar perseguida por inúmeros cães.</td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="text-align: justify;">A mais famosa das <i>vedettes</i> do Alcazar Lyrique foi Mademoiselle Aimée que, segundo revistas da época, era uma mulher provocante, de olhos cintilantes, nariz fino, boca pequena, pernas perfeitas, boa voz e muito inteligente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aimée brilhou no Rio de Janeiro durante quatro anos, entre 1864 e 1868, e foi a primeira grande estrela do Alcazar. Por causa dela, o policiamento do Alcazar foi reforçado e um comerciante português matou, a tiros, um soldado da polícia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pelo que se sabe, ela voltou rica para a França, levando jóias e mais de um milhão e meio de francos, que teria recebido como presente de seus fiéis admiradores brasileiros.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No dia em que ela foi embora, centenas de mulheres correram para a Praia de Botafogo comemorando e soltando fogos. Elas festejavam enquanto olhavam o vapor contornar o Pão de Açúcar e sumir no horizonte com aquele diabo loiro que havia seduzido seus maridos e lhes causado tantas tristezas e tanta choradeira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma revista da época chamada <i>Semana Ilustrada</i> dedicou uma página inteira ao acontecimento descrevendo a situação em que se encontravam: "<i>Mulheres ajoelhadas, agradecidas pelos céus; padres que voltavam tranqüilamente a rezar as suas missas; roceiros que regressavam às suas lavouras; empregados públicos que iam, de novo, assinar o ponto nas repartições; casais que se reconciliavam; estudantes que prosseguiam nos estudos; soldados que se lembravam de seus quartéis</i>".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mesmo depois da partida, Aimée continuou nos jornais, sendo protagonista de outros escândalos e histórias. Seus objetos pessoais foram leiloados e dizem que alguns alcançaram preços altíssimos, como um famoso criado-mudo que foi vendido por cem mil réis.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até Machado de Assis acabou se rendendo ao seu fascínio e publicou, no dia 3 de julho de 1864, o seguinte texto: "<i>Demoninho louro – uma figura leve, esbelta, graciosa – uma cabeça meio feminina, meio angélica – uns olhos vivos – um nariz como o de Safo – uma boca amorosamente fresca, que parece ter sido formada por duas canções de Ovídio, enfim, a graça parisiense,</i> <i>toute pure</i>..". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O mesmo Machado, ainda escrevendo sobre o significado de seu nome, romantizou poeticamente: "<i>...uma francesa que em nossa língua se traduzia por amada, tanto nos dicionários como nos corações</i>".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas os méritos de Aimée se deram, não só pela beleza e pelas diabruras, mas também, por sua brilhante atuação no palco. Cantora lírica e dançarina, ela interpretou os grandes papéis femininos das operetas de Offenbach. Foi Eurydice em <i>Orphée aux Enfers</i>; foi Hélène em <i>La Belle Hélène</i>; fez Boulette em <i>Barbe Bleue</i> e foi Penélope em <i>Le Retour d’Ulysse</i>. A todas essas personagens ela sabia dar o tom brejeiro e malicioso, acompanhado de muito talento, técnica vocal e corporal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aimée ficou imortalizada nas cartas de seus admiradores, nas crônicas da época e nas palavras depreciativas dos juízes e guardiões da moral. Instalou-se no imaginário carioca como a bela francesa que associou a graça e a alegria de viver ao trabalho competente e profissional.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ao lado de Aimée, a primeira grande estrela, outras francesas agitaram as noites cariocas e continuaram no Alcazar até 1886, quando foi fechado após um incêndio. De um jeito ou de outro, essas graciosas atrizes realizaram, alimentaram e estimularam sonhos eróticos masculinos. Mais: foram invejadas e admiradas pelas mulheres, no Rio de Janeiro do século XIX. Pois, como boas francesas, eram também elegantes e lançavam modas a ser copiadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Alcazar apontou, ao teatro nacional, um rumo a seguir, despertando na sociedade carioca o gosto pelo mundo colorido e sensual do teatro ligeiro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano</div><div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-90437615706972789862012-03-13T11:39:00.000-03:002012-03-13T11:39:57.634-03:00As primeiras vedetes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggsN7nqtueJrV1zQeci1QgEcfxoA-jXfzur142WCGDRSt2TZlpGv43C_ZWxyW8ZBsS1hrE0OfhvCVSiWmowvC0Aa6ldY610aazldEEZhXmSblyu4CmSucprs-Y8vXOg70kDb5mxnEUrXg/s1600/cancan.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggsN7nqtueJrV1zQeci1QgEcfxoA-jXfzur142WCGDRSt2TZlpGv43C_ZWxyW8ZBsS1hrE0OfhvCVSiWmowvC0Aa6ldY610aazldEEZhXmSblyu4CmSucprs-Y8vXOg70kDb5mxnEUrXg/s200/cancan.jpg" width="160" /></a></div><div style="text-align: justify;">Primeiro elas eram estrangeiras. Francesas, para ser mais exata. Vieram com um empresário chamado Monsieur Arnaud que trouxe, em 1859, um tipo de espetáculo de variedades para o Rio de Janeiro, com números de canto, dança, ginastas e um corpo de baile de lindas francesinhas que levantavam a saia e mostravam as pernas envolvidas em justíssimas meias no ritmo do cancã. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Chegaram para se apresentar no Alcazar Lyrique, um teatrinho recém-inaugurado na Rua da Vala, perto da Rua do Ouvidor, no centro da então Capital Federal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A primeira opereta francesa (a que inaugurou o cancã na França) foi o <i>Orfeu no Inferno</i>, de Ofenbach, e chegou na versão integral ao Brasil, alguns anos antes da Revista. Foi em 1865, sete anos depois da estreia em Paris (em 1858). Para aquela época, foi rápido demais!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Imaginemos nosso cenário: cidade do Rio de Janeiro, ainda pacata, no século XIX, ansiosa por progresso e querendo se atualizar com as novidades européias. Desde 1860, algumas ruas do centro carioca já eram iluminadas a gás. Conseqüentemente, a vida noturna se tornou possível, já que as pessoas poderiam andar mais à vontade, à noite.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Portanto, quando o Alcazar Lyrique foi inaugurado, o centro do Rio já estava iluminado havia cinco anos. A diversão noturna trazia uma cara de modernidade. E tudo que era moderno, naquela época, era importado da França. O Alcazar Lyrique e as novidades da boêmia francesa ofereciam ao público brasileiro o teatro da moda que foi, muito apropriadamente, chamado de Gênero Alegre. Porque ali se apresentavam números musicais alegres, populares, divertidos. Um Teatro de Variedades.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A boemia carioca entusiasmou-se com o glamour das belas francesinhas. E elas abafaram, quando fizeram uma opereta inteira, mostrando o espetáculo divertido com aquele cancã famoso que a gente conhece até hoje.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que mais poderia ter acontecido no Rio de Janeiro do século XIX? Os homens (de todas as classes sociais) ficaram enlouquecidos com aquelas mulheres, é claro. No início, Machado de Assis fez campanha declarada contra aquelas meias tão justinhas que quase deixavam ver as próprias pernas!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Naquele tempo, as patricinhas e os mauricinhos eram chamados de <i>jeunesse d’ orée </i>(juventude dourada, em francês). Pois os rapazes da tal <i>jeunesse d’ orée</i> começaram a gastar rios de dinheiro no teatro que tinha o formato de um cabaret, ou seja, na platéia, em lugar de cadeiras, havia mesinhas com comes e bebes. Principalmente bebidas. O evento fazia a delícia do público masculino endinheirado (e também de outras classes e posses) que passava a noite fumando e bebendo cerveja. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esse teatrinho – com formato de café-concerto ou cabaret – foi chamado de café cantante. E, a partir dali, a noite carioca nunca mais foi a mesma. A polícia teve muito trabalho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pela imprensa, as meninas do cancã foram chamadas de odaliscas alcazalinas e provocaram críticas severas por causa das piadas de duplo sentido (consideradas grosseiras) e pelos seus corpos que, para a época, eram considerados quase desnudos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Elas ainda não eram <i>vedettes</i>. Chamavam-se<i> cocottes</i> essas novas deusas da noite. E deram muito que falar.</div><br />
Fonte: <i>As Grandes Vedetes do Brasil</i> - de Neyde Veneziano<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-76576719813635756282011-08-08T23:01:00.001-03:002011-08-08T23:01:42.087-03:00Bárbara Fazio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCCkWXHLzmKH5p4nTaLOTeztOouMfCV6njdducL4OQe4L1-5B3do58EqzBHHWoUwShA7IMTg1qHLIwWHsOa0PiasZTmaSrrBUivVMz6OuS2yewr9VRdl3HbEQEjm136JoEAjzUQMii7W4/s1600/Barbara+Fazio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCCkWXHLzmKH5p4nTaLOTeztOouMfCV6njdducL4OQe4L1-5B3do58EqzBHHWoUwShA7IMTg1qHLIwWHsOa0PiasZTmaSrrBUivVMz6OuS2yewr9VRdl3HbEQEjm136JoEAjzUQMii7W4/s1600/Barbara+Fazio.jpg" /></a></div>
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Bárbara Fazio, atriz, nasceu em São Paulo, SP, em 03/02/1929, e é filha de brasileiros e neta de italianos. O pai, Domingos e a mãe Virginia deram às filhas uma educação muito serena, jamais imaginando que a filha Bárbara se tornasse atriz e se casasse com um dos maiores escritores da televisão, o pioneiro Walter George Durst.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Domingos Fazio deixava, para satisfação das filhas, que elas frequentassem a Igreja da Pompéia e seu centro recreativo. E nele Bárbara declamava, e era boa nisso.
E foi assim que Walter George Durst chegou a ela. Convidou a jovem para ler poemas em um programa da Rádio Cultura. As irmãs de Bárbara, principalmente a mais velha, protegiam Bárbara, pois logo perceberam um namoro entre a “declamadora” e o “escritor”. Elas gostavam do jeito sério e inteligente de Walter.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bárbara logo começou a trabalhar ao lado dele, escrevendo e depois interpretando textos de rádio. Rádio Cultura, Rádio Tupi, Rádio Bandeirantes. E as irmãs de Bárbara “dobravam o velho”, quando Walter pediu a moça em casamento. Nascia ali um grande amor. Bárbara não apenas amava Walter, como o admirava, já que ele tinha um estilo revolucionário para a época. Gostava do jeito coloquial e informal de representação, bem próximo do cotidiano. O casamento de Bárbara deu-se em 17 de fevereiro de 1950.</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Poucos meses depois, começou a trabalhar na recém inaugurada TV Tupi.
Começou no “Teatro da Juventude”, de Júlio Gouveia. Depois passou a participar do “TV de Vanguarda”, que existia naquela emissora, principalmente nas grandes adaptações feitas pelo marido. Mas, por ser a esposa, não ganhava nada e procurava não se expor muito, para não despertar ciúme nas atrizes contratadas da época.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi quando Walter George Durst e Cassiano Gabus Mendes resolveram fazer o filme “O Sobrado”, uma adaptação de um episódio da trilogia “O tempo e o vento”, de Érico Veríssimo. Bárbara, embora clara e alta, ganhou o papel de uma índia. E saiu-se bem. A maquiagem ficou perfeita. “O Sobrado” fez muito sucesso e foi muito aplaudido pela crítica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuou sua carreira, e logo foi para o Teatro de Arena, onde fez várias peças.
E foi também para a TV Record, onde fez teleteatros, também participando do programa “Capitão Sete”. Foi para a TV Paulista, onde viveu uma fase importante, pois Bárbara teve sua primeira filha Ella, e Walter, embora permitisse o trabalho da esposa, gostava muito quando ela ficava em casa cuidando do lar, e o ajudando na preparação dos scripts.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A sua carreira foi assim, cheia de intervalos, em que ela se afastava para depois voltar a aparecer. Participou do programa “O Grupo” de Paulo Gaudêncio. E foram raras as vezes em que ela tinha salário, pois quando trabalhava ao lado do marido, não ganhava nada, pois assim era a maneira de pensar dele, homem sério demais, correto demais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esteve ainda na TV Bandeirantes e, anos depois, na TV Globo, TV Manchete e SBT. Fazia teatro que vez em quando, sempre marcando muito com sua presença, e fazendo papéis importantes, como Blanche Dubois, na peça “Um bonde chamado desejo”. Na Globo fez as novelas: “Brega e Chique”, “Coração Alado”, e outras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Manchete fez “Tocaia Grande”, e no SBT fez “Ossos do Barão”. Ao terminar essa novela, um grande drama se abateu sobre Bárbara: o marido faleceu.
Walter era o adaptador da novela, e a escreveu até o último capítulo. Após o que, adoeceu e veio a morrer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já com dois filhos, pois teve também um rapaz, Marcelo, hoje ela pensa em fazer a “Fundação Walter George Durst”, pois possui imenso material deixado pelo esposo. E, ainda conservando a beleza serena, que sempre a marcou, ela vive embalada pela saudade desse amor, razão maior de sua vida, e que durou 50 anos. E que, na verdade, continuará a existir eternamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte: Depoimento dado ao Museu da Televisão Brasileira , em 06/12/99.</div>
<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-83707078270812616602011-08-08T22:36:00.001-03:002011-08-08T22:37:21.163-03:00Arlete Montenegro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz6Ye62JxIBS0T96MS6eHtjj8NdgTKT2laesGDupGhHLYfK-Pv2oIUq7nuo98RHGNrxWlrKshk1HUBCUqzEpx7yXtZnT41qMqrVei3_X9TSg57yahZh6lLSt1o67Ah46x2NDILjVK7Jt0/s1600/arlete+montenegro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz6Ye62JxIBS0T96MS6eHtjj8NdgTKT2laesGDupGhHLYfK-Pv2oIUq7nuo98RHGNrxWlrKshk1HUBCUqzEpx7yXtZnT41qMqrVei3_X9TSg57yahZh6lLSt1o67Ah46x2NDILjVK7Jt0/s1600/arlete+montenegro.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Arlete Montenegro, atriz e dubladora, nasceu em São Paulo, SP, em 15/10/1938. Sua mãe, Luiza, era empregada doméstica. E Arlete diz que sempre só tiveram uma à outra, já que não conheceu o pai. Sua infância foi difícil, porém, acarinhada por sua avó preta e sua tia preta, que a criaram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estudou apenas o primário e depois disso, fez cursos diversos. Era sempre a primeira da classe e gostava muito de ler, por isso fazia a leitura das poesias em classe e os discursos de fim de ano. Começou a trabalhar aos doze anos numa fábrica e todo o seu dinheirinho era entregue à mãe. Gostava de ouvir rádio e foi assim que aos 19 anos tomou conhecimento de um concurso da Rádio São Paulo, que se chamava: “Procura-se uma estrela”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apresentou-se. Sua voz, com dicção perfeita, foi logo notada. Tirou primeiro lugar e foi contratada pela rádio, onde passou a trabalhar o dia inteiro. A seguir, começou a partir de novelas na emissora que era líder de audiência na época. Logo, ganhou o prêmio "Tupiniquim", como melhor rádio-atriz. Ficou depois com o título de "Heroína do Quarto Centenário", pois era o ano de 1954.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo foi convidada para a TV Record. E já começou fazendo a Esmeralda do “Corcunda de Notre Dame”, uma cigana que dançava e era linda. Arlete também o era. E nunca mais parou de fazer televisão. E não ficou só aí. Entrou também para a dublagem, sempre aproveitando o maior dom que Deus lhe deu: sua voz. E também foi para o teatro, atuando em, dentre outras peças, "Noites Brancas", "Ilha dos Cabras" e "Dois na Gangorra".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos anos sessenta e setenta atuou na TV Excelsior onde interpretou Belinha em "Ambição" (1964) e Cristina de Godói na primeira versão de "A Muralha" (1968/1969), minissérie baseada na obra de Dinah Silveira de Queiroz. A seguir atuou em novelas da TV Tupi como "O Preço de Um Homem" (1971/1972) na pele de Rosa e a seguir integrou o elenco de "Meu Rico Português" (1975) onde viveu Dora e depois trabalhou na primeira versão de "A Viagem" (1975/1976) interpretando Mariana.<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois disso passou um longo período afastada do meio televisivo até interpretar Leda na novela "Cara e Coroa" exibida pela Rede Globo entre 1995 e 1996. A seguir tabalhou na Rede Record interpretando Sara em "Olho da Terra" (1997) e no SBT interpretando Débora em "Marisol" (2002). De volta à Globo fez participações especiais em "Páginas da Vida" interpretando Yolanda e em "O Profeta" como Tia Filomena, estas últimas no ano de 2006. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Dublagem</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora tenha dublado atrizes como Jane Fonda, Lana Turner e Shirley MacLaine, foi como intérprete de Bette Midler que atuou com maior frequência, vide os filmes "Amigas Para Sempre", "Cuidado Com As Gêmeas" e a primeira dublagem do filme "Abracadabra". Em "Mulher Nota Mil" dublou a personagem-título e nos desenhos animados deu vida à Senhora Puff em "Bob Esponja" e a Lyly Monstro em "Os Monstros". Dublou também alguns personagens em animes, como Sailor Galáxia em "Sailor Moon", Madame Durwin em "Cybercops", Urânia em "Jem e as Hologramas" e Vovó Ursa em" Ursinhos Carinhosos". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fontes: Wikipédia; Netsaber; </div>
<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-4236908735260659482011-08-08T22:11:00.000-03:002011-08-08T22:11:03.281-03:00Aracy Balabanian<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSPCqQ5znTGLT2sMc6HOx4kl0lxa0F1GTWNaXDTUgw-0VSWTp8e1BWzyw3rIwufNBIyZs_sVq1hFaldUHn5fXs82ext0J32XkN5nxGCgZWRBfCaCszD28lIQTSwXhuvTqdZrSYfEzPavU/s1600/aracy+bal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSPCqQ5znTGLT2sMc6HOx4kl0lxa0F1GTWNaXDTUgw-0VSWTp8e1BWzyw3rIwufNBIyZs_sVq1hFaldUHn5fXs82ext0J32XkN5nxGCgZWRBfCaCszD28lIQTSwXhuvTqdZrSYfEzPavU/s1600/aracy+bal.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Aracy Balabanian, atriz, nasceu em Campo Grande, MS, em 22/02/1940 e seus pais vieram para o Brasil da Armênia, fugindo do genocídio promovido naquele país pelos turcos otomanos. Eles fixaram residência na capital do atual estado de Mato Grosso do Sul onde Aracy e os irmãos nasceram. Seu pai se chamava Rafael Balabanian e era comerciante e sua mãe era chamada Estér Balabanian, uma dona-de-casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi registrada como se tivesse nascido em 25 de abril de 1940, pois na época era comum, por ter nascido em casa, as pessoas serem registradas errado, devido a distância de cartórios e hospitais, pois Campo Grande na época era interior e não capital. Seu nome era para se escrito Araccy, que é o verdadeiro nome armênio, mas o cartório pediu ao pai dela para que se graface um nome a estilo brasileiro e assim ficou Aracy.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos quinze anos mudou-se para São Paulo com os sete irmãos e ajudava os pais na criação dos irmãos menores. Fez e passou no vestibular para Ciências Sociais e para a Escola de Arte Dramática, vindo a abandonar os estudos de Sociologia, de outro vestibular que ela fez e tinha passado, para se dedicar ao teatro, sua verdadeira paixão. Diz que viveu numa época que era considerado feio uma mulher fazer teatro, já que antigamente a mulher era educada para ser dona-de-casa e obedecer ao marido.</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A sua estréia em televisão foi na peça <i>Antígona</i>, de Sófocles, montada pela TV Tupi. Contrário à carreira da atriz, o pai de Aracy só aceitou a opção profissional da filha em 1968, quando ela contracenou com Sérgio Cardoso na novela <i>Antônio Maria</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tornou-se uma das maiores intérpretes do meio e criou personagens inesquecíveis como a idealista Violeta de <i>O Casarão</i> (1976), de Lauro César Muniz, a sofrida Maria Faz-Favor de<i> Coração Alado</i> (1980/81), de Janete Clair, a ardilosa Marta de<i> Ti Ti Ti (</i>1985/86) e a misteriosa Maria Fromet de <i>Que Rei Sou Eu? </i>(1989), ambas de Cassiano Gabus Mendes, a excêntrica Dona Armênia das novelas <i>Rainha da Sucata </i>(1990) e <i>Deus nos Acuda</i> (1992/93), ambas de Sílvio de Abreu e aquela que talvez seja a sua mais marcante, a fria e autoritária matriarca Filomena Ferreto de <i>A Próxima Vítima</i> (1995), também de Sílvio de Abreu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro papel marcante é a Gemma Matoli, na novela <i>Passione</i>, exibida recentemente pela Rede Globo e escrita por Silvio de Abreu. Gemma é a grande protetora da família dos Matoli, principalmente de seu irmão de criação Totó (Tony Ramos). Gemma luta com unhas e dentes por sua família, por isso é um dos personagens centrais da trama.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Curiosamente atuou pouquíssimo no cinema nacional.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No teatro, pode-se ressaltar seus desempenhos em peças dirigidas por Ademar Guerra, como<i> Hair</i>, de 1968 e interpretando Clarice Lispector em <i>Clarice Coração Selvagem</i>, encenada em 1998. Sua personagem mais conhecida pelo grande público no teatro foi a socialite decadente Cassandra, no humorístico <i>Sai de Baixo</i>, gravado ao vivo do Teatro Procópio Ferreira de 1996 a 2002 para a Rede Globo de Televisão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por sempre ter se dedicado a carreira artística, Aracy nunca se casou e também não teve filhos. Também nunca apareceu com nenhum namorado na mídia.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<b>Carreira</b><br />
<br />
Televisão<br />
<br />
1964 Marcados pelo Amor<br />
1966 O Amor Tem Cara de Mulher<br />
1966 Um Rosto Perdido<br />
1967 Angústia de Amar<br />
1967 Meu Filho, Minha Vida<br />
1967 Sublime Amor<br />
1968 Antônio Maria<br />
1968 O Coração Não Envelhece<br />
1969 Nino, o Italianinho<br />
1971 A Fábrica<br />
1972 O Primeiro Amor<br />
1972 Vila Sésamo<br />
1974 Corrida do Ouro<br />
1975 Bravo!<br />
1976 O Casarão<br />
1977 Locomotivas<br />
1978 Pecado Rasgado<br />
1980 Coração Alado<br />
1981 Brilhante<br />
1982 Elas por Elas<br />
1983 Guerra dos Sexos<br />
1984 Transas e Caretas<br />
1985 Ti Ti Ti<br />
1986 Mania de Querer<br />
1987 Helena<br />
1989 Que Rei Sou Eu?<br />
1990 Rainha da Sucata<br />
1991 Felicidade<br />
1992 Deus Nos Acuda<br />
1994 Pátria Minha<br />
1994 A Desinibida do Grajaú<br />
1995 A Próxima Vítima<br />
1995 Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados<br />
1996-2002 Sai de Baixo<br />
2001 Brava Gente<br />
2002 Sabor da Paixão<br />
2003 Linha Direta<br />
2004 Da Cor do Pecado<br />
2005 A Lua Me Disse<br />
2007 Eterna Magia<br />
2008 Casos e Acasos<br />
2008 Queridos Amigos<br />
2008 Toma Lá, Dá Cá<br />
2008 O Natal do Menino Imperador<br />
2010 Passione<br />
<br />
Cinema<br />
<br />
1998 - Policarpo Quaresma, Herói do Brasil<br />
1998 - Caramujo-flor<br />
1975 - A Primeira Viagem<br />
<br />
Teatro<br />
<br />
1963 - Os Ossos do Barão<br />
1966 - Oh, que delícia de guerra<br />
1969 - Hair<br />
1977 - Brechet, segundo Brechet<br />
1980 - A Direita do Presidente<br />
1985 - Boa noite Mãe<br />
1985 - O Tempo e os Conways<br />
1988 - Folias no Box<br />
1991 - Fulaninha e Dona Coisa<br />
1995 - Dias Felizes<br />
1998 - Clarice Coração Selvagem<br />
2006 - Comendo entre as refeições<br />
<br />
Prêmios<br />
<br />
1996 - APCA - Melhor Atriz de Televisão - A Próxima Vítima<br />
1995 - Melhores do Ano (Domingão do Faustão) - Melhor Atriz - A Próxima Vítima<br />
1996 - Troféu Imprensa - Melhor atriz - A Próxima Vítima<br />
2002 - Prêmio Contigo - Melhor Atriz Cômica - Sabor da Paixão<br />
<br />
<br />
Fonte: Wikipédia.
<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-22076458332990876462011-08-06T13:19:00.001-03:002011-08-06T13:19:25.940-03:00Antônio Fagundes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9pjUOryh7QqEX0WXveAApUUq-ZtAW2oiAMPsAt9KuN04BPZSx30OUNd4LXExONoCbSNeVH3Es2yF0whSzyf_mI2NNE6e6XoZmgbTVvoSvp8VnOupJ3FtzYskCQo0Koc4oRUtHEKkXqsM/s1600/antonio+fagundes.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9pjUOryh7QqEX0WXveAApUUq-ZtAW2oiAMPsAt9KuN04BPZSx30OUNd4LXExONoCbSNeVH3Es2yF0whSzyf_mI2NNE6e6XoZmgbTVvoSvp8VnOupJ3FtzYskCQo0Koc4oRUtHEKkXqsM/s1600/antonio+fagundes.jpeg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Antônio Fagundes (Antônio da Silva Fagundes Filho), ator, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18/04/1949. Um dos mais bem-sucedidos intérpretes de sua geração, transita dos tipos rústicos aos refinados, englobando uma extensa galeria de criações do repertório nacional e internacional. Nasceu no Rio, mas mudou com seus pais para São Paulo aos oito anos de idade e morou lá por mais de 30 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Iniciou no teatro amador e estudantil em 1963, sendo absorvido pelo Teatro de Arena de São Paulo na montagem de <i>Farsa do Cangaceiro, Truco e Padre</i>, de Chico de Assis, pelo Núcleo 2 da companhia, em 1967. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Permaneceu no Teatro de Arena até sua dissolução, nas montagens de <i>Arena Conta Tiradentes</i>, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, <i>La Moschetta</i>, de Angelo Beolco, e <i>O Círculo de Giz Caucasiano</i>, de Bertolt Brecht, em 1967; <i>Primeira Feira Paulista de Opinião</i>, com textos de Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso, Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade, Plínio Marcos e Augusto Boal, em 1968, e <i>A Resistível Ascensão de Arturo Ui</i>, também de Bertolt Brecht, em 1970, direções de Augusto Boal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1969 esteve em <i>Hair</i>, de Gerome Ragni e James Rado, com Ademar Guerra; <i>O Cão Siamês</i>, de Antônio Bivar, ao lado de Yolanda Cardoso e Marta Saré, de Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, com Fernanda Montenegro e direção de Fernando Torres. <i>Castro Alves Pede Passagem</i>, texto e direção de Gianfrancesco Guarnieri foi criado em 1971; participando, no ano seguinte, de <i>Pequenos Assassinatos</i>, texto de Jules Feiffer, dirigido por Osmar Rodrigues Cruz. Com o mesmo diretor, em seguida, integrou a montagem de <i>Um Grito de Liberdade</i>, de Sérgio Viotti, produção do Teatro Popular do Sesi - TPS.</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1973 protagonizou duas realizações bem-sucedidas: <i>Godspell</i>, um musical da Broadway, e <i>O Evangelho Segundo Zebedeu</i>, de César Vieira, numa direção de Silnei Siqueira para o Teatro da Cidade de Santo André. As criações de <i>Caminho de Volta</i>, texto de Consuelo de Castro, em 1974, e <i>Muro de Arrimo</i>, de Carlos Queiroz Telles, em 1975, ligam-no ao teatro de resistência do período mais conturbado com a Censura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos anos seguintes surgiu em montagens significativas, sempre com muita projeção, como <i>Gata em Telhado de Zinco Quente</i>, de Tennessee Williams, encenação de Paulo José, numa produção da Companhia Tereza Raquel, em 1976; <i>A História é Uma História</i>, de Millôr Fernandes em 1978, e, sobretudo, <i>Sinal de Vida</i>, de Lauro César Muniz, 1979. Associado a Antônio Abujamra empreendeu um projeto de longa duração, ocupando o Teatro Brasileiro de Comédia - TBC, com uma programação voltada ao experimentalismo. Ali, lançou novos autores nacionais, ele próprio escrevendo <i>Pelo Telefone</i>, um dos textos encenados, em 1980.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A bem-sucedida montagem de <i>O Homem Elefante</i>, de Bernard Pomerance, em 1981, impulsionou Fagundes à criação de uma companhia com elenco fixo e uma linha artística de repertório, que no ano seguinte, estreiou <i>Morte Acidental de um Anarquista</i>, de Dario Fo, como Companhia Estável de Repertório - CER. Seguiram-se: <i>Xandu Quaresma</i>, de Chico de Assis, em 1983; e <i>Cyrano de Bergerac</i>, de Edmond Rostand, espetáculo de Flávio Rangel, em 1985; <i>Carmem com Filtro</i>, primeira direção de Gerald Thomas em São Paulo, em 1986, mesmo ano em que criou <i>Nostradamus</i>, de Doc Comparato, direção de Antônio Abujamra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos anos seguintes, a CER buscou um repertório mais experimental, com a ambiciosa adaptação teatral de <i>Fragmentos de um Discurso Amoroso</i>, de Roland Barthes, encenação de Ulysses Cruz, em 1988. Uma associação com artistas franceses resultou na mal-sucedida <i>O País dos Elefantes</i>, de Louis Charles Sirjacq e direção de Alain Millianti, espetáculo que mesclou anseios de liberdade em diversos pontos do planeta, apresentado no Festival de Avignon, França.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com Ulysses Cruz, participou da montagem de <i>História do Soldado</i>, de Igor Stravinsky e C. F. Ramuz, montagem comemorativa do vigésimo aniversário do Teatro Municipal de Santo André, em 1990; e produziu: <i>Macbeth</i>, de William Shakespeare, em 1992; a comédia <i>Vida Privada</i>, de Mara Carvalho, em 1994; <i>Oleanna</i>, de David Mamet, em 1996. Sob a direção de Jorge Takla, atua em <i>Últimas Luas</i>, de Furio Bordon, em 1999, e com direção de Bibi Ferreira, em Sete Minutos, comédia de sua autoria, 2002.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estreou na televisão em 1969, na telenovela <i>Nenhum Homem é Deus</i>, da TV Tupi. Começou na Rede Globo em 1976, na telenovela <i>Saramandaia</i>. Atuou também, por vários anos, como protagonista da série <i>Carga Pesada</i>, de 1979 a 1981, e de 2003 a 2007.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ator tem quatro filhos: Dinah Abujamra Fagundes, empresária, Antônio Fagundes Neto, publicitário, e Diana Abujamra Fagundes, produtora e radialista, de seu primeiro casamento com a também atriz, bailarina e diretora Clarisse Abujamra com quem foi casado por 15 anos, e Bruno Fagundes, com sua ex-mulher a atriz Mara Carvalho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Carreira artística</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Novelas</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1968 - Antônio Maria</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1969 - Nenhum Homem é Deus.... Netinho</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1972 - A Revolta dos Anjos.... Vítor</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1973 - Mulheres de Areia.... Alaor</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1974 - O Machão.... Petruchio</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1972 - Bel-Ami.... Cadu</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1976 - Saramandaia.... Lua Viana</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1977 - Nina - Bruno</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1978 - Dancin' Days.... Cacá</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1983 - Champagne.... João Maria</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1983 - Louco Amor.... Jorge Augusto</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1984 - Corpo a Corpo.... Osmar</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1988 - Vale Tudo.... Ivan Meireles</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1990 - Rainha da Sucata.... Caio Szimanski</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1991 - O Dono do Mundo.... Felipe Barreto</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1993 - Renascer.... José Inocêncio</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1994 - A Viagem.... Otávio César Jordão</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1995 - A Próxima Vítima.... Astrogildo</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1996 - O Rei do Gado.... Bruno Mezenga / Antônio Mezenga</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1997 - Por Amor.... Atílio</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - Terra Nostra.... Gumercindo</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2001 - Porto dos Milagres.... Félix Guerrero / Bartolomeu Guerrero</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2002 - Esperança.... Giuliano</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2002 - Vale Todo.... Salvador</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2007 - Duas Caras.... Juvenal Antena</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2008 - Negócio da China.... Ernesto Dumas</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2010 - Tempos Modernos - Leal Cordeiro</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2011 - Insensato Coração - Raul Brandão</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minisséries e Seriados</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1978 - Caso Especial: Jorge, um Brasileiro.... Jorge</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1979/1981 - Carga Pesada.... Pedro</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1981 - Amizade Colorida.... Edu</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1982 - Avenida Paulista.... Alex Torres</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1982 - Caso Verdade: Filhos da Esperança.... Jasper Palmer</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1991 - Mundo da Lua.... Rogério Silva</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1992 - Você Decide, O Sonho Dourado</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados.... Dr.Bergamini</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1995 - A Comédia da Vida Privada.... Beto</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1998 - Labirinto.... Ricardo Velasco</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2002 - Brava Gente.... José</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2003/2007 - Carga Pesada.... Pedro</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2005 - Mad Maria.... Ministro J. de Castro</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2010 - As Cariocas.... Oscar (Cacá)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Programas de auditório</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1981/1983 - É Proibido Colar ... Apresentador</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outros programas</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1992 - Você Decide.... Apresentador</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No teatro</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1964 - A ceia dos cardeais</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1966 - Atlantic’s queen</div>
<div style="text-align: justify;">
* Arena canta Tiradentes</div>
<div style="text-align: justify;">
* Feira paulista de opinião</div>
<div style="text-align: justify;">
* A resistível ascensão de Arturo Ui</div>
<div style="text-align: justify;">
* Castro Alves pede passagem</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1980 - Pelo telefone</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1985 - Cyrano de Bergerac</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1986 - Xandu Quaresma</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1988 - Fragmentos de um discurso amoroso</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1992 - Macbeth</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1994 - Vida privada</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1996 - Oleanna</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - Últimas luas</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2002 - Sete minutos</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2005 - As Mulheres da Minha Vida</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2008 - Restos</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No cinema</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1967 - Sandra, Sandra</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1969 - A Compadecida</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1971 - Eterna Esperança</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1975 - A Noite das Fêmeas</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1975 - Eu faço... Elas Sentem</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1976 - Elas São do Baralho</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1977 - Vida Vida</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1978 - A Noite dos Duros</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1978 - Doramundo</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1979 - O Menino Arco-Íris</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1979 - Gaijin – Os Caminhos da Liberdade</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1980 - Os Sete Gatinhos</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1981 - Pra Frente, Brasil</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1982 - Tchau, amor</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1982 - Das Tripas Coração</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1982 - Carícias Eróticas</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1983 - A Próxima Vítima</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1983 - O Menino Arco-Íris</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1985 - Jogo duro</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1986 - Besame mucho</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1986 - Anjos da noite</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1987 - Eternamente Pagu</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1987 - A Dama do Cine Shanghai</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1987 - Leila Diniz</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1988 - Barbosa</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1989 - O Corpo</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1992 - Beijo 2348/72</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1993 - Era Uma Vez no Tibet</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1996 - Doces Poderes</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1998 - Fica Comigo</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - No Coração dos Deuses</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - O Tronco</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - Paixão Perdida</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2000 - O Grinch (dublagem)</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2000 - Bossa nova</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2000 - Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2003 - Sete Minutos</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2003 - Deus É Brasileiro</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2004 - A Dona da História</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2005 - A Marcha dos Pinguins (dublagem)</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2005 - Achados e perdidos</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Discografia</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - Tributo a João Pacífico</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Prêmios</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* 1985 - Prêmio Molière, melhor ator de teatro por Cyrano de Bergerac.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1988 - Rio Cine Festival, melhor ator (cinema) por A Dama do Cine Shanghai</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1988 - Prêmio Molière, melhor ator de teatro por Fragmentos de um Discurso Amoroso.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1991 - Troféu Imprensa, melhor ator de televisão por O Dono do Mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1992 - Festival Internacional del Cine (Cartagena de las Indias), melhor ator de cinema por O Corpo.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1993 - Troféu APCA, melhor ator de televisão por Renascer.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1993 - Troféu Imprensa, melhor ator de televisão por Renascer.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1997 - Prêmio Contigo! - melhor ator de televisão por Por Amor'.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - Prêmio da Casa da Cultura de Roma, teatro</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - Prêmio Qualidade Brasil, melhor ator de teatro e televisão pelo conjunto de trabalhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 1999 - Troféu APCA, melhor ator de teatro por Últimas Luas.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2000 - Troféu Super Cap de Ouro, televisão por Terra Nostra.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2001 - Prêmio Qualidade Brasil, RJ - melhor ator de televisão por Porto dos Milagres.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2001 - Prêmio Qualidade Brasil, SP - melhor ator de televisão por Porto dos Milagres.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2001 - Melhores do Ano, Domingão do Faustão - melhor ator de televisão por Porto dos Milagres.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2001 - Prêmio Contigo! - melhor ator de televisão por Porto dos Milagres.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2008 - Prêmio Qualidade Brasil - melhor ator de televisão por Duas Caras.</div>
<div style="text-align: justify;">
* 2008 - Troféu Super Cap de Ouro, televisão por Duas Caras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fontes: Wikipédia; Enciclopédia Itaú Cultural - Teatro.</div>
<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8949790360687764919.post-73126383543140235332011-08-06T12:46:00.001-03:002011-08-06T12:46:17.179-03:00Antonio Callado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaNScltkpU7e3elBTnINj4W_3ZM5HIYRrsJCKRTUX3Nrzu0PaxzpiM1-2d52y9u_QWmYUNt8iQHv4jYmHi80BThyKptF-Mtpy5qE7bstuVD0zbbQpyyh75tNoEEoL-pnjkdhLUR_vj0bc/s1600/antonio+callado.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaNScltkpU7e3elBTnINj4W_3ZM5HIYRrsJCKRTUX3Nrzu0PaxzpiM1-2d52y9u_QWmYUNt8iQHv4jYmHi80BThyKptF-Mtpy5qE7bstuVD0zbbQpyyh75tNoEEoL-pnjkdhLUR_vj0bc/s1600/antonio+callado.jpeg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Antonio Callado (Antonio Carlos Callado), escritor, dramaturgo e jornalista, nasceu em Niteroi, RJ, em 26/01/1917, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 28/01/1997. Iniciou os estudos acadêmicos na Faculdade de Direito em 1936. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ingressou na Faculdade de Direito em 1936 e, no ano seguinte, começou a trabalhar, como repórter e cronista, em <i>O Correio da Manhã</i>. Iniciava aí uma carreira jornalística que lhe proporcionou muitas viagens e contato com alguns dos temas de sua obra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diplomou-se em Direito em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1941, foi contratado pela BBC de Londres como redator, lá trabalhando até maio de 1947. Em um período intermediário, de novembro de 1944 a outubro de 1945, trabalhou também no serviço brasileiro da Radio-Diffusion Française, em Paris (a sede do Serviço ficava nos Champs-Elysées e seu chefe era o escritor Roger Breuil). Em 1943, casou-se com a inglesa Jean M. Watson, com quem teve três filhos. Casou-se, em 1977, com a professora e jornalista Ana Arruda Callado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao retornar ao Brasil voltou a trabalhar no <i>Correio da Manhã</i> e também passou a colaborar em <i>O Globo</i>. Foi redator-chefe do Correio da Manhã de 1954 a 1960, quando foi contratado pela Enciclopédia Britânica para chefiar a seção de uma nova enciclopédia, a Barsa, publicada em 1963. Foi em seguida redator do <i>Jornal do Brasil</i>, que o enviou, em 1968, ao Vietnã em guerra. </div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1974 esteve como Visiting Scholar em Corpus Christi College, Universidade de Cambridge, Inglaterra. Passou o segundo semestre de 1981 lecionando, como Visiting Professor, na Columbia University, Nova York. Aposentou-se como jornalista em 1975, mas continuou a colaborar na imprensa. Em abril de 1992 tornou-se colunista da <i>Folha de S. Paulo</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além das atividades jornalísticas, dedicou-se sempre à literatura. Ainda jovem pôde ler, na biblioteca do pai, os autores europeus que mais tarde marcariam seu trabalho, sobretudo franceses e ingleses, como Proust e Joyce, ao lado de alguns brasileiros, como Machado de Assis e José de Alencar. Nos seus dois primeiros romances, <i>Assunção de Salviano</i> (1954) e <i>A madona de cedro</i> (1957), persiste uma nítida preocupação religiosa a informar e até mesmo a condicionar o transcurso da aventura e a temática. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o encontro entre o escritor e os principais temas de sua obra deu-se através do jornalismo, que o levou, além dos anos passados na Europa, a lugares como Bogotá, Washington, Xingu e Havana, que enriqueceram a sua bibliografia com livros de reportagem e obras literárias engajadas com as grandes questões de seu tempo. Entre os mais importantes, estão <i>Quarup</i> (1967), <i>Bar Don Juan</i> (1971), <i>Reflexos do baile</i> (1976), <i>Sempreviva</i> (1981), que apresentam um retrato do Brasil durante o regime militar, do ponto de vista dos opositores. Seu engajamento lhe custou duas prisões: uma em 1964, logo após o golpe militar, e outra em 1968, após o fechamento do Congresso com o AI-5.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Teatrólogo, reuniu quatro de suas peças no volume <i>A Revolta da Cachaça</i>, em 1983. Uma delas, Pedro Mico, encenada em muitas ocasiões, foi transformada em filme que teve como ator principal o ex-jogador de futebol Pelé. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em março de 1987 participou, em Paris, do Salon du Livre, a convite do Ministério da Cultura da França. Em novembro de 1990 representou o Brasil na semana "De Gaulle en son siècle", comemorativa do centenário do General Charles de Gaulle.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fontes: Wikipedia; InfoEscola; Net Saber.</div>
<div class="blogger-post-footer">pub-0930248398780098</div>cifrantigahttp://www.blogger.com/profile/04061516569049916244noreply@blogger.com0