segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bárbara Fazio

Bárbara Fazio, atriz, nasceu em São Paulo, SP, em 03/02/1929, e é filha de brasileiros e neta de italianos. O pai, Domingos e a mãe Virginia deram às filhas uma educação muito serena, jamais imaginando que a filha Bárbara se tornasse atriz e se casasse com um dos maiores escritores da televisão, o pioneiro Walter George Durst.

Domingos Fazio deixava, para satisfação das filhas, que elas frequentassem a Igreja da Pompéia e seu centro recreativo. E nele Bárbara declamava, e era boa nisso. E foi assim que Walter George Durst chegou a ela. Convidou a jovem para ler poemas em um programa da Rádio Cultura. As irmãs de Bárbara, principalmente a mais velha, protegiam Bárbara, pois logo perceberam um namoro entre a “declamadora” e o “escritor”. Elas gostavam do jeito sério e inteligente de Walter.

Bárbara logo começou a trabalhar ao lado dele, escrevendo e depois interpretando textos de rádio. Rádio Cultura, Rádio Tupi, Rádio Bandeirantes. E as irmãs de Bárbara “dobravam o velho”, quando Walter pediu a moça em casamento. Nascia ali um grande amor. Bárbara não apenas amava Walter, como o admirava, já que ele tinha um estilo revolucionário para a época. Gostava do jeito coloquial e informal de representação, bem próximo do cotidiano. O casamento de Bárbara deu-se em 17 de fevereiro de 1950.

Arlete Montenegro

Arlete Montenegro, atriz e dubladora, nasceu em São Paulo, SP, em 15/10/1938. Sua mãe, Luiza, era empregada doméstica. E Arlete diz que sempre só tiveram uma à outra, já que não conheceu o pai. Sua infância foi difícil, porém, acarinhada por sua avó preta e sua tia preta, que a criaram.

Estudou apenas o primário e depois disso, fez cursos diversos. Era sempre a primeira da classe e gostava muito de ler, por isso fazia a leitura das poesias em classe e os discursos de fim de ano. Começou a trabalhar aos doze anos numa fábrica e todo o seu dinheirinho era entregue à mãe. Gostava de ouvir rádio e foi assim que aos 19 anos tomou conhecimento de um concurso da Rádio São Paulo, que se chamava: “Procura-se uma estrela”.

Apresentou-se. Sua voz, com dicção perfeita, foi logo notada. Tirou primeiro lugar e foi contratada pela rádio, onde passou a trabalhar o dia inteiro. A seguir, começou a partir de novelas na emissora que era líder de audiência na época. Logo, ganhou o prêmio "Tupiniquim", como melhor rádio-atriz. Ficou depois com o título de "Heroína do Quarto Centenário", pois era o ano de 1954.

Logo foi convidada para a TV Record. E já começou fazendo a Esmeralda do “Corcunda de Notre Dame”, uma cigana que dançava e era linda. Arlete também o era. E nunca mais parou de fazer televisão. E não ficou só aí. Entrou também para a dublagem, sempre aproveitando o maior dom que Deus lhe deu: sua voz. E também foi para o teatro, atuando em, dentre outras peças, "Noites Brancas", "Ilha dos Cabras" e "Dois na Gangorra".

Nos anos sessenta e setenta atuou na TV Excelsior onde interpretou Belinha em "Ambição" (1964) e Cristina de Godói na primeira versão de "A Muralha" (1968/1969), minissérie baseada na obra de Dinah Silveira de Queiroz. A seguir atuou em novelas da TV Tupi como "O Preço de Um Homem" (1971/1972) na pele de Rosa e a seguir integrou o elenco de "Meu Rico Português" (1975) onde viveu Dora e depois trabalhou na primeira versão de "A Viagem" (1975/1976) interpretando Mariana.

Aracy Balabanian

Aracy Balabanian, atriz, nasceu em Campo Grande, MS, em 22/02/1940 e seus pais vieram para o Brasil da Armênia, fugindo do genocídio promovido naquele país pelos turcos otomanos. Eles fixaram residência na capital do atual estado de Mato Grosso do Sul onde Aracy e os irmãos nasceram. Seu pai se chamava Rafael Balabanian e era comerciante e sua mãe era chamada Estér Balabanian, uma dona-de-casa.

Foi registrada como se tivesse nascido em 25 de abril de 1940, pois na época era comum, por ter nascido em casa, as pessoas serem registradas errado, devido a distância de cartórios e hospitais, pois Campo Grande na época era interior e não capital. Seu nome era para se escrito Araccy, que é o verdadeiro nome armênio, mas o cartório pediu ao pai dela para que se graface um nome a estilo brasileiro e assim ficou Aracy.

Aos quinze anos mudou-se para São Paulo com os sete irmãos e ajudava os pais na criação dos irmãos menores. Fez e passou no vestibular para Ciências Sociais e para a Escola de Arte Dramática, vindo a abandonar os estudos de Sociologia, de outro vestibular que ela fez e tinha passado, para se dedicar ao teatro, sua verdadeira paixão. Diz que viveu numa época que era considerado feio uma mulher fazer teatro, já que antigamente a mulher era educada para ser dona-de-casa e obedecer ao marido.

sábado, 6 de agosto de 2011

Antônio Fagundes

Antônio Fagundes (Antônio da Silva Fagundes Filho), ator, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18/04/1949. Um dos mais bem-sucedidos intérpretes de sua geração, transita dos tipos rústicos aos refinados, englobando uma extensa galeria de criações do repertório nacional e internacional. Nasceu no Rio, mas mudou com seus pais para São Paulo aos oito anos de idade e morou lá por mais de 30 anos.

Iniciou no teatro amador e estudantil em 1963, sendo absorvido pelo Teatro de Arena de São Paulo na montagem de Farsa do Cangaceiro, Truco e Padre, de Chico de Assis, pelo Núcleo 2 da companhia, em 1967. 

Permaneceu no Teatro de Arena até sua dissolução, nas montagens de Arena Conta Tiradentes, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, La Moschetta, de Angelo Beolco, e O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht, em 1967; Primeira Feira Paulista de Opinião, com textos de Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso, Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade, Plínio Marcos e Augusto Boal, em 1968, e A Resistível Ascensão de Arturo Ui, também de Bertolt Brecht, em 1970, direções de Augusto Boal.

Em 1969 esteve em Hair, de Gerome Ragni e James Rado, com Ademar Guerra; O Cão Siamês, de Antônio Bivar, ao lado de Yolanda Cardoso e Marta Saré, de Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, com Fernanda Montenegro e direção de Fernando Torres. Castro Alves Pede Passagem, texto e direção de Gianfrancesco Guarnieri foi criado em 1971; participando, no ano seguinte, de Pequenos Assassinatos, texto de Jules Feiffer, dirigido por Osmar Rodrigues Cruz. Com o mesmo diretor, em seguida, integrou a montagem de Um Grito de Liberdade, de Sérgio Viotti, produção do Teatro Popular do Sesi - TPS.

Antonio Callado

Antonio Callado (Antonio Carlos Callado), escritor, dramaturgo e jornalista, nasceu em Niteroi, RJ, em 26/01/1917, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 28/01/1997. Iniciou os estudos acadêmicos na Faculdade de Direito em 1936.

Ingressou na Faculdade de Direito em 1936 e, no ano seguinte, começou a trabalhar, como repórter e cronista, em O Correio da Manhã. Iniciava aí uma carreira jornalística que lhe proporcionou muitas viagens e contato com alguns dos temas de sua obra.

Diplomou-se em Direito em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1941, foi contratado pela BBC de Londres como redator, lá trabalhando até maio de 1947. Em um período intermediário, de novembro de 1944 a outubro de 1945, trabalhou também no serviço brasileiro da Radio-Diffusion Française, em Paris (a sede do Serviço ficava nos Champs-Elysées e seu chefe era o escritor Roger Breuil). Em 1943, casou-se com a inglesa Jean M. Watson, com quem teve três filhos. Casou-se, em 1977, com a professora e jornalista Ana Arruda Callado.

Ao retornar ao Brasil voltou a trabalhar no Correio da Manhã e também passou a colaborar em O Globo. Foi redator-chefe do Correio da Manhã de 1954 a 1960, quando foi contratado pela Enciclopédia Britânica para chefiar a seção de uma nova enciclopédia, a Barsa, publicada em 1963. Foi em seguida redator do Jornal do Brasil, que o enviou, em 1968, ao Vietnã em guerra. 

Amilton Fernandes

Amilton Fernandes, ator, nasceu em Pelotas, RS, em 27/04/1919, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 08/04/1968. Iniciou sua carreira no teatro. Logo em seguida, foi trabalhar em teleteatros em São Paulo, onde fez o "TV de Vanguarda" e o "TV de Comédia".

Seu grande sucesso como ator principal, foi Albertinho Limonta, da novela “O Direito de Nascer”, onde fez par romântico com a atriz Guy Loup. O sucesso do casal foi tanto, que o encerramento da novela teve que acontecer em um Maracanã inteiramente lotado, para que o povo pudesse aclamar os ídolos.

No cinema o ator fez os filmes: "O Vendedor de Linguiças", “Quatro Brasileiros em Paris”, "As Cariocas", " Adorável Trapalhão" com Renato Aragão, “Juventude e Ternura” e “Edu, Coração de Ouro”.

Amilton Fernandes faleceu, com menos de 50 anos de idade, após uma longa enfermidade devido a um acidente automobilístico na esquina da Rua São Francisco Xavier com Avenida Heitor Beltrão no bairro do Maracanã, zona norte do RJ. O ator vinha de um ensaio na quadra da Mangueira quando se acidentou.

Abílio Pereira de Almeida

Abilio Pereira de Almeida, advogado e dramaturgo, nasceu em São Paulo, SP, em 26/02/1906, e faleceu na mesma cidade, em 12/05/1977. Foi um autor, produtor, ator e diretor teatral, cujas peças teatrais obtiveram notável êxito junto ao público, na contra-mão da crítica, que as consideravam inconsistentes.

Formado em direito pela Universidade de São Paulo, estudou também na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e na Escola de Aviação Militar. Entrou para o Exército (1927) e participou de duas revoluções (1930/1932). Advogou durante alguns anos enquanto publicou Prática jurídica e comercial e editou a Revista Judiciária.

Estreou como ator teatral (1936) e, seis anos depois ingressou para o Grupo de Teatro Experimental, o GTE, fundado por Alfredo Mesquita. Após o êxito de peças como Pif-paf (1942) e A mulher do próximo (1948), tornou-se praticamente o único dramaturgo brasileiro a escrever para o famoso Teatro Brasileiro de Comédia. 

Foi um dos fundadores da Cia. Cinematográfica Vera Cruz, na qual passou a atuar (1950) também como ator, diretor e produtor. Seu nome apareceu como ator, autor ou diretor em cerca de 25 filmes nacionais, incluindo os que lançaram Mazzaropi e fizeram dele um dos maiores sucessos do cinema brasileiro. 

Totalizando 688 itens documentais (550 textuais e 138 fotográficos), o público considerava suas peças espelhos dos descaminhos éticos da sociedade. Paiol velho (1951), que Alberto Cavalcanti transformou no filme Terra é sempre terra, Santa Marta Fabril S.A. (1955), Moral em concordata (1956) e Moeda corrente do país (1957), foram mais alguns de seus sucessos. 

Suicidou-se aos 71 anos em São Paulo em 1977. Ele completaria cem anos em 2006 e foi homenageado pelo diretor Silnei Siqueira com uma nova montagem de Moral em concordata.

Fontes: Wikipedia; Net Saber.

Renata Fronzi

Renata Fronzi (Renata Mirra Ana Maria Fronzi Ladeira), atriz, nasceu em Rosario, Argentina, em 01/08/1925, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 15/04/2008. Os avós e os pais eram artistas italianos de teatro e Renata nasceu em uma excursão, quando os pais estavam na província de Santa Fé, na Argentina.

Começou sua vida artística estudando balé no Teatro Municipal de São Paulo. Estudou no famoso colégio italiano Dante Alighieri. Mas logo a família se mudou para Santos e para lá foi a menina. Era uma garota forte, atlética, mais do que bonita. Em Santos se encantou com a natação.

Em teatro participava, às vezes, das montagens do pai em clubes “doppo lavoro” . Foi aí que conheceu Heitor de Andrade, que era de Rádio e depois da Televisão Tupi. Era teatro amador o que fazia. Estava com 15 anos. Estreou profissionalmente na Companhia de Eva Todor, na peça “Sol de Primavera”. De personalidade muito alegre e risonha, ainda que tremesse de medo de entrar em cena, Renata divertia a todos.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Plínio Marcos

Plínio Marcos (Plínio Marcos de Barros), escritor, ator, diretor e jornalista, nasceu em Santos, SP, em 29/09/1935, e faleceu em São Paulo, SP, em 29/11/1999. Autor de inúmeras peças de teatro, escritas principalmente na época da ditadura militar, foi também ator, diretor e jornalista.

De família modesta, Plínio não gostava de estudar e terminou apenas o curso primário. Foi funileiro, jogador de futebol, serviu na Aeronáutica e jogou na Portuguesa Santista, mas foram as incursões ao mundo do circo, desde os 16 anos, que definiram seus caminhos. Atuou em rádio e também na televisão, em Santos.

Em 1958, por influência da escritora e jornalista Pagu, começou a se envolver com teatro amador em Santos. Nesse mesmo ano, impressionado pelo caso verídico de um jovem currado na cadeia, escreveu sua primeira peça teatral, Barrela. Por sua linguagem crua, ela permaneceria proibida durante 21 anos após a primeira apresentação.

Em 1960, com 25 anos, foi para São Paulo, onde inicialmente trabalhou como camelô. Depois, trabalhou em teatro, como ator (apareceu no seriado Falcão Negro da TV Tupi de São Paulo), administrador e faz-tudo, em grupos como o Arena, a companhia de Cacilda Becker e o teatro de Nydia Lícia. A partir de 1963, produziu textos para a TV de Vanguarda, programa da TV Tupi, onde também atuou como técnico. No ano do golpe militar, fez o roteiro do espetáculo Nossa gente, nossa música. Em 1965, conseguiu encenar Reportagem de um tempo mau, colagem de textos de vários autores, e que ficou apenas um dia em cartaz.

Juca de Oliveira

Juca de Oliveira (José Juca de Oliveira Santos), ator e dramaturgo, nasceu em São Roque, SP, em 16/03/1935. Intérprete de marcantes intervenções, soube galvanizar a platéia com seu estilo eloqüente; tornou-se autor de costumes a partir dos anos 80, alcançando grande sucesso.

Após se formar na Escola de Arte Dramática, estreiou no Teatro Brasileiro de Comédia, sob a direção de Flávio Rangel, protagonizando A Semente, texto de Gianfrancesco Guarnieri de 1961. No mesmo ano, em A Morte de uma Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, obteve significativa premiação.

No Arena participou de A Mandrágora, de Maquiavel, em 1963, e O Melhor Juiz, o Rei, de Lope de Vega, no mesmo ano, duas encenações de Augusto Boal. Novamente com Flávio Rangel, integrou a equipe de Depois da Queda, em 1964, outro texto de Arthur Miller protagonizado por Maria Della Costa e Paulo Autran.

Com Dois na Gangorra, de William Gibson, e A Cozinha, de Arnold Wesker, em 1968, bem-sucedida encenação de Antunes Filho, Juca alcançou expressivo reconhecimento como intérprete. O que o levou a protagonizar, em 1972, a criação de José Renato, Paulo Pontes e Milton Moraes Um Edifício Chamado 200, direção de José Renato, em que ganhou o Prêmio Molière de melhor ator e, no ano seguinte, o monólogo Corpo a Corpo, texto de Oduvaldo Vianna Filho conduzido por Antunes Filho.

Antunes Filho

Antunes Filho (José Alves Antunes Filho), dramaturgo e diretor de teatro, nasceu em São Paulo/SP, em 12 de dezembro de 1929). Pertence à primeira geração de personalidades do teatro brasileiro, sendo um dos discípulos do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). É conhecido também pela sua participação ativa no movimento de renovação cênica entre 1960 e 70, e por fazer parte do Centro de Pesquisas Teatrais (CPT).

Sua carreira no teatro começa, em 1952, como assistente de direção no Teatro Brasileiro de Comédia, onde auxilia em espetáculos dirigidos por Ziembinski, Adolfo Celi, Luciano Salce, Ruggero Jacobbi e Flaminio Bollini. A primeira peça que assina como diretor é a comédia Week-End” de Noël Coward, em 1953, encenada no Teatro Íntimo Nicette Bruno.

Em 1958, funda sua própria companhia, o Pequeno Teatro de Comédia, e dirige na estreia o espetáculo O Diário de Anne Frank, com a atriz Dália Palma. Pelo trabalho, Antunes recebe o prêmio de melhor diretor pela Associação Brasileira de Críticos de Arte – APCA e pela Associação Carioca de Críticos Teatrais – ACCT. Em suas peças seguintes, o diretor continua a seguir a linha estética do realismo, como em Alô... 36-5499 e Pic-Nic, ambas de 1959.

Após sua viagem à Itália, em 1960, onde faz estágio com Giorgio Strehler, no Piccolo Teatro de Milão, retorna ao País e dirige As Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller, e encerra as atividades do Pequeno Teatro de Comédia, em 1961, com a montagem de Sem Entrada, sem Mais Nada, de Roberto Freire.

Seu primeiro contato com as obras de Nelson Rodrigues acontece em 1965, quando dirige A Falecida para a Escola de Arte Dramática – EAD. Monta no mesmo ano A Megera Domada, de William Shakespeare, que é a peça de estreia do Teatro da Esquina, grupo que funda com outros artistas do teatro.

Dois anos depois, seu primeiro fracasso. A montagem de Júlio Cesar é mal recebida pelo público e pela crítica, sendo vaiada em uma apresentação no Teatro Municipal de São Paulo. Recupera o prestígio um ano depois com a peça Black-Out, de Frederick Knott, com destaque para a interpretação de Eva Wilma.

Durante a década seguinte, desenvolve trabalhos que variam entre o monólogo – Corpo a Corpo, com Juca de Oliveira – e as adaptações de obras já conhecidas – Bonitinha mas Ordinária –, mas seu maior sucesso acontece em 1978 com a montagem de Macunaíma, adaptação da obra de Mário de Andrade, espetáculo que se tornou referência de diversos artistas e percorreu o Brasil e o mundo, sendo encenado em mais de 20 países.

Na década de 1980, Antunes dirige obras voltadas ao público jovem. Aproveita o fim da ditadura e monta diversos espetáculos em oficinas teatrais, tendo como base pesquisar o universo de um texto dramático e construir uma dramaturgia a partir dele. Começa assim uma nova fase em sua carreira, conseguindo subsídios para pesquisa do Serviço Social do Comércio – Sesc. Assim, cria o Centro de Pesquisa Teatral – CPT, escola de formação e grupo permanente. Ousa, em 1990, com o lançamento de Nova Velha História, tendo como base os textos infantis dos Irmãos Grimm, construindo o texto em uma língua imaginária.

Na década seguinte, dirige tragédias elogiadas pela crítica, como Fragmentos Troianos e Medeia, ambas adaptações de textos de Eurípides. Com A Pedra do Reino, de 2006, recebe o Prêmio Bravo! de Melhor Espetáculo Teatral do Ano. Tem uma breve incursão no cinema no ano de 1968, em que dirige o filme Compasso de Espera, com Stenio Garcia.

Fontes: Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro; Wikipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nelson Rodrigues

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico(desde menino)." — Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues (Nelson Falcão Rodrigues), dramaturgo, jornalista e escritor, nasceu na cidade do Recife, PE, em 23/08/1912, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21/12/1980). Oriundo da capital pernambucana e quinto de quatorze irmãos, Nelson Rodrigues mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança, onde viveria por toda sua vida.

Seu pai, o ex-deputado federal e jornalista Mário Rodrigues, perseguido politicamente, resolveu estabelecer-se na então capital federal em julho de 1916, empregando-se no jornal Correio da Manhã, de propriedade de Edmundo Bittencourt.

Segundo o próprio Nelson em suas Memórias, seu grande laboratório e inspiração foi a infância vivida na Zona Norte da cidade. Dos anos passados numa casa simples na rua Alegre, 135 (atual rua Almirante João Cândido Brasil), no bairro de Aldeia Campista, saíram para suas crônicas e peças teatrais as situações provocadas pela moral vigente na classe média dos primeiros anos do século XX e suas tensões morais e materiais.

Sua infância foi marcada por este clima e pela personalidade do garoto Nelson. Retraído, era um leitor compulsivo de livros românticos do século XIX. Nesta época ocorreu também para Nelson a descoberta do futebol, uma paixão que conservaria por toda a vida e que lhe marcaria o estilo literário.

Tônia Carrero

Tônia Carrero
“Ela fala pelos cotovelos!….Mas que cotovelos”, disse o escritor Rubem Braga no Degrau, bar do Leblon, sobre a mulher por quem era apaixonado, Tônia Carrero. Eles já tinham se tornado apenas amigos. Braga sussurrou isso a Paulo Mendes Campos, numa mesa boêmia. Ele, calado como sempre. Ela, desinibida, encantava como sempre.

Tônia Carrero (Maria Antonieta Portocarrero Thedim), atriz, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de agosto de 1922. Após longos anos de carreira, é considerada uma das mais consagradas atrizes do Brasil, com marcantes interpretações em cinema, teatro e televisão.

Apesar de graduada em educação física, a formação de Tônia como atriz foi obtida em cursos em Paris, quando já era casada com o artista plástico Carlos Arthur Thiré, pai do ator e diretor Cecil Thiré. Ao voltar da França, protagonizou o filme Querida Suzana. Foi a estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz - São Bernardo do Campo - SP, tendo atuado em diversos filmes.

A estréia em teatro foi no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em São Paulo, com a peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, onde teve como parceiro o ator Paulo Autran. Após a passagem pelo TBC formou, com seu marido na época, o italiano Adolfo Celi e com o amigo Paulo Autran, a Companhia Celi-Autran-Carrero que, nos anos 50 e 60 revolucionou a cena do teatro brasileiro ao constituir um repertório com peças de autores clássicos, como Shakespeare e Carlo Goldoni, e de vanguarda, como Sartre.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Rubens de Falco

Rubens de Falco
Rubens de Falco (Rubens de Falco da Costa), ator, nasceu em São Paulo, SP, em 19/10/1931, e faleceu na mesma cidade, em 22/02/2008. Mais conhecido pela interpretação do vilão Leôncio Almeida, na novela televisiva de sucesso internacional, A Escrava Isaura, era neto de italianos e foi educado na cidade natal, começando a assistir espetáculos teatrais aos 14 anos.

Iniciou sua carreira (1951) estreando a peça Ralé, de Gorki, no Teatro Brasileiro de Comédia e Antígona, de Sófocles, sob a direção de Adolfo Celli. Participou das atividades do grupo Os Jograis de São Paulo (1955), ao lado de nomes como Armando Bogus, Rui Afonso, Italo Rossi e Felipe Wagner. 

Integrou o elenco de várias peças teatrais, inclusive da montagem original de Os Ossos do Barão (1963), de Jorge Andrade, ainda no TBC. Seu reconhecimento definitivo de crítica e público veio quando começar a atuar na televisão, sendo freqüentemente escalado para papéis em telenovelas. 

Estreou em Maria Antonieta (1961) e atingiu o auge na primeira versão da novela Escrava Isaura (1976), em que a atriz Lucélia Santos viveu a personagem título da novela, e ele ficou consagrado como o grande vilão da teledramaturgia brasileira. 

Outras participações marcantes em telenovelas de sucesso foram em A Rainha Louca (1967), A Última Valsa (1969), O Grito (1975), O Astro (1978), A Sucessora (1978), Gaivotas (1979) e interpretou o famoso Barão de Araruna na primeira versão da novela Sinhá Moça (1986). 

Também trabalhou na segunda versão de Escrava Isaura, na Rede Record (2004), então no papel de Comendador Almeida, o pai do vilão Leôncio. Participou também de Brida, baseada na obra de Paulo Coelho, pela extinta TV Manchete. 

Além da Globo, ao longo da carreira autuou na redes de televisão Tupi, Excelsior, Bandeirantes, SBT e Record, participando de mais de 20 novelas e de algumas minisséries para TV, entre elas Os Maias (1979), Padre Cícero (1984), Grande Sertão: Veredas (1985) e Memorial de Maria Moura (1994), seu último trabalho no gênero. 

No cinema estreou em uma pequena ponta no filme Apassionata (1952), de Fernando de Barros, pela lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Esta estréia foi seguida de participações em mais de 30 filmes, entre eles Floradas na Serra (1954), O capanga (1958), Essa Gatinha é Minha (1966), A Difícil Vida Fácil (1972), Coronel Delmiro Gouveia (1978), Pixote, a lei do mais fraco (1981) e Monge e a Filha do Carrasco (1996). Seu último trabalho foi como o deputado Ernesto Alves em Fim da linha, longa-metragem de Gustavo Steinberg com estréia nos cinemas depois de sua morte. 

Solteiro, sem filhos e sofrendo com os graves problemas de saúde, depois de uma parada cardíaca provocada por uma embolia, morreu aos 76 anos, no Centro Integrado de Atendimento ao Idoso - CIAI, no Morumbi, em São Paulo, mesmo local onde, cerca de dois anos atrás, fora hospitalizado para tratar de problemas decorrentes de um acidente vascular cerebral e do qual nunca mais havia se recuperado. O corpo do ator foi velado e enterrado no Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Fontes: Wikipedia; http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/RubdFalc.html.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Fernanda Montenegro

Fernanda Montenegro
Fernanda Montenegro (Arlette Pinheiro Esteves da Silva), atriz de teatro, cinema e televisão, nasceu no Rio de Janeiro em 16/10/1929. Descendente de portugueses e italianos, é filha de uma dona de casa e de um mecânico da Light. O nome "Fernanda" foi escolhido por ela, por ter uma sonoridade que remetia aos personagens de Balzac ou Proust. "Montenegro" veio de um médico homeopata que era amigo da família.

Por volta dos 15 anos, ainda no colégio, Fernanda começou a trabalhar como locutora e atriz de rádio-teatro na Rádio Ministério da Educação e Cultura, onde passou a fazer traduções e adaptações de peças literárias para o formato de radionovelas. Para completar o orçamento, dava aulas de português para estrangeiros na mesma escola de idiomas em que aprendia inglês e francês.

Iniciou sua carreira no ano de 1950, na peça "Alegres Canções nas Montanhas", ao lado daquele que seria seu marido por toda a vida, Fernando Torres.

Sua estréia em cinema se dá na produção de 1964 para a Tragédia Carioca de Nelson Rodrigues, "A Falecida", sob direção de Leon Hirszman.

Além de ter sido cinco vezes premiada com o Prêmio Molière, ter recebido três vezes o Prêmio Governador do Estado de São Paulo e de inúmeros outros prêmios em teatro e cinema, ganhou ainda o Urso de Prata de melhor atriz e concorreu ao Óscar de melhor atriz em 1999 e ao Globo de Ouro de Melhor atriz em filme dramático pelo filme "Central do Brasil" de Walter Salles. Recebeu também vários prêmios da crítica americana, no mesmo ano (Los Angeles Film Critics Award, National Board of Review Award).

Em televisão participou de centenas de teleteatros na extinta TV Tupi, que na direção revezavam-se Fernando Torres, Sérgio Britto e Flávio Rangel, telenovelas na extinta TV Excelsior e na TV Rio e na Rede Record e dezenas de produções na Rede Globo.

Fontes: Wikipedia; Biografia UOL - Teatro.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Álvaro Moreira

Álvaro Moreira (Álvaro Moreira da Silva), poeta, jornalista, letrista e teatrólogo, nasceu em Porto Alegre RS, em 23/11/1888, e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 12/10/1964. Concluiu curso na Faculdade de Ciências e Letras, de São Leopoldo RS, em 1907, lançando no ano seguinte seu primeiro livro de poesias simbolistas.

Transferiu- se nesse ano para o Rio de Janeiro, onde, em 1912, recebeu o diploma de bacharel em direito. Realizou intensa atividade jornalística, tendo dirigido as revistas Para Todos, Ilustração Brasileira e Fon-Fon.

No fim da década de 1920 aproximou-se do teatro de revista, fundando em 1927, com Joraci Camargo e outros, o Teatro de Brinquedo. Escreveu, entre outras, a peça Adão, Eva e outros membros da família, ainda em 1927.

É autor de algumas letras, como Mamãezinha que estás no céu, A menina quer saber, Realejo e Bahia, todas com música de Hekel Tavares.

Dirigiu a Companhia de Arte Dramática, em 1937. Em 1945 passou a trabalhar como radialista na Rádio Globo e posteriormente, participou da produção do programa Rio, Eu Gosto de Você, na TV-Rio. Foi membro da Academia Brasileira de Letras.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mazzaropi

Amácio Mazzaroppi
Mazzaropi (Amácio Mazzaroppi), cineasta, comediante, ator e cantor, nasceu no bairro da Barra Funda, em São Paulo, SP, em 1912, e faleceu na mesma cidade, em 13/6/1981. Estudou muito pouco e não chegou a terminar o curso ginasial. Quando adolescente, era fã da dupla de atores Genésio e Sebastião de Arruda. Com 15 anos de idade, assistindo a um espetáculo de circo, sem saber como, acabou indo parar nos bastidores e dali terminou trabalhando como pintor de letreiros.

Iniciou a carreira artística apresentando-se em circos, pois logo trocou os pincéis por um personagem vestido de caipira. Foi para o interior e começou a apresentar monólogos cômico-dramáticos.

O sucesso foi imediato, porém os rendimentos eram extremamente baixos. O salário de cerca de 25 mil-réis quase não dava para as despesas diárias. Quando formou sua própria companhia, a situação começou a mudar, tornou-se conhecido e todos os circos começaram a requerer a sua presença.

Mário Lago

Mário Lago
Mário Lago, compositor, ator, poeta, escritor e radialista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 26/11/1911 e faleceu em 31/5/2002. Filho único do maestro Antônio Lago, foi aluno do Colégio Pedro II de 1923 a 1926, ano em que publicou seu primeiro poema, Revelação, na revista Fon-Fon. 

Concluiu o ginasial no Curso Superior de Preparatórios e bacharelou-se em direito em 1933, exercendo a advocacia apenas por três meses. Nesse mesmo ano começou a escrever revistas para teatro - Figa de Guiné e Grande estréia, ambas com Álvaro Pinto.

Como letrista, estreou, em 1935, com Menina, eu sei de uma coisa (com Custódio Mesquita), marcha gravada por Mário Reis, no ano seguinte. Com o mesmo parceiro fez o fox-canção Nada além, sucesso nacional, em 1938, na voz de Orlando Silva, e uma série de músicas compostas especialmente para revistas encenadas pela Companhia Casa de Caboclo e pela Companhia Tró-ló-ló.

De 1938 a 1940, trabalhou como funcionário público, chegando a chefe de seção de estatísticas sociais e culturais do Departamento de Estatística do Estado do Rio de Janeiro; foi nomeado membro do conselho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mas não tomou posse.

Lançou-se como compositor com a valsa Devolve, gravada por Carlos Galhardo em 1940, ano em que apresentou também, em gravação da dupla Joel e Gaúcho, uma de sua mais famosas composições, Aurora (com Roberto Roberti), sucesso no Carnaval do ano seguinte e que obteve mais tarde repercussão internacional, graças à interpretação de Carmen Miranda, que a incorporou ao seu repertório básico.

Em 1942 estreou como artista de teatro na peça O sábio, encenada pela Companhia Joraci Camargo. Compôs com Ataulfo Alves sambas famosos, como Ai, que saudades da Amélia (1942) e Atire a primeira pedra (1944). Começou a trabalhar em rádio, em 1944, na Pan-Americana, de São Paulo SP, passando desde então por diversas emissoras cariocas e paulistas: Nacional, do Rio de Janeiro (de 1945 a 1948), Mayrink Veiga (1948), Bandeirantes, de São Paulo (1949), e novamente Nacional (1950).

Em 1953 compôs com Chocolate outro grande sucesso, É tão gostoso, seu moço, gravado por Nora Ney. Foi responsável pela produção de vários programas e novelas, como Lendas do Mundo, Romance Kolynos e a novela Presídio de mulheres, irradiada durante cinco anos. Em 1951 produziu na Rádio Nacional o programa Doutor Infezulino e mais tarde criou a figura do "Jacó de uma palavra só", no programa Largo da Harmonia, que se tornou bastante conhecido.

Estreou na televisão no programa Câmera Um, na TV-Rio, em 1954. Como ator, em 1966 foi contratado peia TV Globo, na qual trabalhou em várias novelas, como Cuca legal, Pecado capital, O casarão e Brilhante, numa carreira de mais de 30 anos. Publicou, em 1975, pela Editora Civilização Brasileira, uma obra de pesquisa folclórica intitulada Chico Nunes das Alagoas. Além de Orlando Silva e Carlos Galhardo, teve suas músicas gravadas por Francisco Alves, Ataulfo Alves, Nora Ney, Jorge Goulart e Deo.

Publicou os livros: Na rolança do tempo (1976) e no ano seguinte a seqüência, Bagaço de beira-estrada, ambos pela Editora Civilização Brasileira, Coleção Tempo e Contratempo, Rio de Janeiro; e Meia porção de sarapatel (1986), Editora Rebento. Em 1991, seus familiares publicaram o livro Segredos de família, homenagem aos seus 80 anos de idade.

Em 1997 foi publicada sua biografia: Mário Lago - Boêmia e política, de autoria de Mônica Veloso, Editora Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. No mesmo no, Gilberto Gil homenageou-o com o lançamento da música O mar e o lago (letra de 1985). Houve ainda a estréia do espetáculo Causos e canções de Mário Lago, no Teatro Café Pequeno, no Rio de Janeiro, dirigido por Mário Lago Filho.

Mário foi contratado e atuou por mais de 30 anos na Globo - em mais de 30 telenovelas -, e recebeu várias vezes o prêmio de Melhor Ator.

Também foi ator de cinema, em mais de 20 filmes. Representou no teatro até o fim da sua longa vida - subiu pela última vez no palco em janeiro de 2002. Nunca deixou de compor - somou cerca de 200 músicas gravadas -, nem saiu do Partido Comunista.

Em sua última entrevista ao Jornal do Brasil, declarou: "Vivi. Essa é a coisa principal que fiz".

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira.

Gianfrancesco Guarnieri

Gianfrancesco Guarnieri
Gianfrancesco Guarnieri (Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi de Guarnieri), ator, diretor, dramaturgo e poeta, nasceu em Milão, Itália, em 6/8/1934, e faleceu na cidade de São Paulo, SP, em 22/7/2006. Foi um artista de destaque no Teatro de Arena de São Paulo e sua mais importante obra foi Eles Não Usam Black-Tie.

Por conta do fascismo que tomava conta da Itália, seus pais, o maestro Edoardo Guarnieri e a harpista Elsa Martinenghi, decidiram vir para o Brasil em 1936 e se estabeleceram no Rio de Janeiro.

No início dos anos 1950 a família se mudou para São Paulo. Líder estudantil desde a adolescência, Guarnieri começou a fazer teatro amador com Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha) e um grupo de estudantes de São Paulo, e em 1955 criaram o Teatro Paulista do Estudante, com orientação de Ruggero Jacobbi. No ano seguinte, o TPE uniu-se ao Teatro de Arena, fundado e dirigido por José Renato.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Bibi Ferreira

Bibi Ferreira
Bibi Ferreira (Abigail Izquierdo Ferreira), atriz, cantora, compositora e diretora de teatro, nasceu em Salvador, Bahia, em 10/6/1922. Filha do grande ator de teatro Procópio Ferreira e da bailarina espanhola Aída Izquierdo.

Fez sua estréia no teatro aos 24 dias de vida, na peça Manhãs de Sol, de autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Logo após os pais se separaram e Bibi passou a viver com a mãe, que foi trabalhar na Companhia Velasco, uma companhia de teatro de revista espanhola.

Leila Diniz

Leila Diniz
Leila Diniz (Leila Roque Diniz), atriz, nasceu em Niterói, RJ, em 25/3/1945, e faleceu em Nova Delhi, Índia, em 14/7/1972. Passou a maior parte de sua vida em Niterói. Depois formou-se em magistério e foi ser professora de jardim de infância num subúrbio carioca.

Aos dezessete anos de idade conheceu o seu primeiro amor: o cineasta Domingos Oliveira e casou-se com ele. O relacionamento durou apenas três anos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz.

Primeiro estreou no teatro e logo depois passou a trabalhar na Globo fazendo telenovelas. Mais tarde, casou-se com o moçambicano e diretor de cinema, Rui Guerra, com quem teve uma filha, Janaína.

Participou de quatorze filmes (que quase não são exibidos), doze telenovelas e muitas peças teatrais. Ganhou na Austrália o premio de melhor atriz com o filme Mãos Vazias.

Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquine sem nenhum pudor, e chocou o país inteiro ao proferir a frase: " Trepo de manhã, de tarde e de noite".

Maria Della Costa

Maria Della Costa (Gentile Maria Marchioro Della Costa Poloni), atriz, modelo, produtora e empresária, nasceu em Flores da Cunha, RS, em 1/1/1926. Filha de agricultores originários da cidade italiana de Veneza, aos 14 anos, é lançada como modelo pelo empresário Justino Martins, da revista Globo de Porto Alegre.

Já no Rio de Janeiro estréia como show-girl no Cassino Copacabana. Em 1944, estréia no teatro em A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Em seguida vai para Portugal estudar arte dramática com a atriz Palmira Bastos, no Conservatório de Lisboa.

Raul Cortez

Raul Cortez
Raul Cortez (Raul Christiano Machado Pinheiro de Amorim Cortez), ator, nasceu em São Paulo SP, em 28/8/1932, e faleceu na mesma cidade, em 18/7/2006. Descendente de espanhóis, Raul era o mais velho de seis irmãos: Rui Celso, Lúcia, Pedro, Regina e Jô Cortez. 

Tem um impressionante currículo que inclui 66 peças teatrais, 20 telenovelas, seis minisséries, 28 filmes e vários prêmios, entre eles cinco Molière - a mais importante premiação do teatro brasileiro.

Ia ser advogado, mas aos 22 anos decidiu trocar os tribunais pelo palco. A estréia foi em 1955 na peça Eurídice, contracenando com Cleyde Yaconis e Walmor Chagas, e no ano seguinte já fez o primeiro papel no cinema, em O Pão que o Diabo Amassou. Em 1969 encarnou um travesti na peça Os Monstros e em 1970 fez o primeiro nu do teatro brasileiro em O Balcão, de Jean Genet.

Bussunda

Bussunda
Bussunda (Cláudio Besserman Vianna), comediante, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 25/6/1962, e faleceu em Vaterstetten, Alemanha, em 17/6/2006. O apelido teria nascido na adolescência, com a mistura dos nomes Besserman e Sujismundo surgindo "Bessermundo" e mais tarde, "Bussunda". Já o próprio humorista dizia que o apelido era a mistura "das duas coisas que eu mais gosto".

Filho de Luís Guilherme Vianna e Helena Besserman Vianna, era torcedor do Flamengo e, em 1989, casou-se com a apresentadora Angélica Nascimento, de quem teve uma filha, Júlia. Seu irmão Sérgio Besserman foi presidente do IBGE (por isso às vezes o IBGE era chamado no programa humorístico Casseta & Planeta de "Instituto do Irmão do Bussunda").

Nair Bello

Nair Bello
Nair Bello (Nair Bello Sousa Francisco), atriz e comediante, nasceu em São Paulo SP, em 28/04/1931, e faleceu na mesma cidade, em 17/04/2007. Neta de italianos, começou a trabalhar como locutora na Rádio Excelsior quando tinha 18 anos.

Dois anos depois de seu início de carreira, estreou no cinema em Liana, a Pecadora (1951), filme em que contracenou com sua grande amiga Hebe Camargo.

O teatro a conheceria anos mais tarde, em 1976, em Alegro Desbum, peça de Oduvaldo Vianna Filho.

Em 1953, Nair Bello se casou com Irineu de Sousa Francisco, com quem viria a ter os filhos Manuel (morto em 1975, aos vinte anos), José, Maria Aparecida e Ana Paula.

Glória Menezes

Glária Menezes
Glória Menezes (Nilcedes Soares Magalhães Sobrinho), atriz, nasceu em Pelotas, RS, em 19 de outubro de 1934. Filha de pai maranhense e mãe gaúcha, ela se interessou cedo pelas artes, estudando piano desde pequena. Aos 16 anos, ganhou uma bolsa de estudos para continuar sua formação musical em Paris, mas a família não concordou com a viagem. Casou-se com um primo, com quem teve dois filhos, Maria Amélia e João Paulo, e com quem viveu por oito anos.

Cursou a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, mas não chegou a se formar. Recebia convites para atuar no circuito profissional de teatro e, em 1960, foi premiada como atriz revelação por seu papel em As Feiticeiras de Salém, de Antunes Filho. Nessa mesma época, começou na televisão, fazendo teleteatro ao vivo. Por seu papel na novela Um lugar ao Sol, de Dionísio Azevedo, recebeu o prêmio como atriz revelação também em televisão.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Luís Alberto de Abreu

Luís Alberto de Abreu
 Luís Alberto de Abreu, dramaturgo, nasceu em São Bernardo do Campo, em 5 de março de 1952. Começou a carreira como dramaturgo e, depois, passou a escrever roteiros para cinema e TV.

A partir dos anos 80, destacou-se como autor ligado ao grupo Mambembe, com as peças Foi Bom, Meu Bem? e Cala a Boca já morreu

Em seus 28 anos de carreira, já conta com mais de 40 peças teatrais – escritas e adaptadas – em seu repertório, com destaque para a antológica Bella Ciao, as premiadas Borandá e Auto da paixão e da alegria, ambas encenadas pela Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes; e O Livro de Jó, montada pelo Teatro da Vertigem. 

Lélia Abramo

Lélia Abramo
Lélia Abramo, atriz, nasceu em São Paulo, SP, em 8 de fevereiro de 1911, e faleceu na mesma cidade, em 9 de abril de 2004. Intérprete de grandes recursos, envolvida em significativos movimentos a favor de um teatro culturalmente empenhado. Alia à sua atividade artística forte participação política e cultural.

Integrante da família Abramo, formada por jornalistas, pintores e críticos de arte, Lélia passa a infância em meio ao ambiente cultural, integrando grupos teatrais amadores de origem socialista.

Cacilda Becker

Cacilda Becker
Cacilda Becker (Cacilda Becker Yáconis), atriz, nasceu em Pirassununga SP, em 6/4/1921, e faleceu em São Paulo SP, em 14/6/1969. Protagonista de vários espetáculos do Teatro Brasileiro de Comédia, fundadora da companhia que leva o seu nome, 

Cacilda interpreta personagens antagônicos, como o moleque de Pega Fogo, a velha de Jornada de um Longo Dia para Dentro da Noite, a devassa de Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?, a rainha de Maria Stuart, o clown de Esperando Godot. Indo da farsa à tragédia, do clássico ao moderno, é considerada, por alguns teóricos, a maior atriz do teatro brasileiro.

Flávio Rangel

Flávio Rangel
Flávio Rangel (Flávio Nogueira Rangel), diretor teatral, cenógrafo, jornalista e tradutor brasileiro, nasceu em Tabapuã (SP), em 06/08/1934, e faleceu em São Paulo (SP), em 25/10/1988. Um dos principais nomes do teatro brasileiro no século 20, não foi somente o diretor de mais de 80 espetáculos no teatro e televisão.

Traduziu 19 peças, iluminou, produziu e escreveu para o teatro, preparou cinco livros, colaborou com os principais órgãos de imprensa no país e dirigiu shows musicais (Simone, Nara Leão, Raíces de América). Participou de várias montagens do Teatro Brasileiro de Comédia, companhia que revitalizou e modernizou o teatro na década de 50 no Brasil.

Paulo Autran

Paulo Autran
Paulo Autran (Paulo Paquet Autran) nasceu no Rio de Janeiro em 7 de setembro de 1922 e passou a maior parte de sua vida na capital paulista. Com poucos meses de idade foi para Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo, graças ao trabalho de seu pai, delegado de polícia. Em 1927 sua família se fixou na cidade de São Paulo.

Por influência do pai, Paulo Autran se formou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1945. Inicialmente, pensava em ser diplomata. Nessa época, participou de algumas peças de teatro amador e acabou convidado a estrear profissionalmente em "Um Deus Dormiu Lá em Casa", com direção de Adolfo Celi, no TBC - Teatro Brasileiro de Comédia.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ademar Guerra

Ademar  Guerra
Ademar Guerra (Ademar Carlos Guerra), diretor e encenador de teatro, nasceu em Sorocaba, SP, em 10/9/1933, e falceu na cidade de São Paulo, SP, em 19/2/1993. Encenador reconhecido de espetáculos de impacto e sucesso, hábil condutor de superproduções e montagens com grandes elencos, especialmente musicais e fiel aos autores, teve a capacidade exemplar de modernizá-los e torná-los contemporâneos ao seu momento histórico.

Cursava direito, inicialmente, em Campinas, e realizava suas primeiras experiências no teatro amador. Iniciou-se como diretor, no Teatro do Estudante de Campinas, com o espetáculo A Comédia do Coração, de Paulo Gonçalves.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ferreira Gullar

José Ribamar Ferreira
Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira), poeta, crítico, letrista e teatrólogo, nasceu em São Luís, Maranhão, em 10/9/1930. Com uma poesia de cunho social tornou-se um dos mais importantes poetas brasileiros surgidos após o movimento modernista (1922).

O quarto dos 11 filhos do comerciante Newton Ferreira e de Alzira Ribeiro Goulart, foi educado em um colégio católico de São Luís. Entrou pra a Escola Técnica de São Luís (1943) e a partir de sua primeira paixonite, aos treze anos, decidiu ficar recluso dentro de casa lendo e escrevendo poemas.