segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bárbara Fazio

Bárbara Fazio, atriz, nasceu em São Paulo, SP, em 03/02/1929, e é filha de brasileiros e neta de italianos. O pai, Domingos e a mãe Virginia deram às filhas uma educação muito serena, jamais imaginando que a filha Bárbara se tornasse atriz e se casasse com um dos maiores escritores da televisão, o pioneiro Walter George Durst.

Domingos Fazio deixava, para satisfação das filhas, que elas frequentassem a Igreja da Pompéia e seu centro recreativo. E nele Bárbara declamava, e era boa nisso. E foi assim que Walter George Durst chegou a ela. Convidou a jovem para ler poemas em um programa da Rádio Cultura. As irmãs de Bárbara, principalmente a mais velha, protegiam Bárbara, pois logo perceberam um namoro entre a “declamadora” e o “escritor”. Elas gostavam do jeito sério e inteligente de Walter.

Bárbara logo começou a trabalhar ao lado dele, escrevendo e depois interpretando textos de rádio. Rádio Cultura, Rádio Tupi, Rádio Bandeirantes. E as irmãs de Bárbara “dobravam o velho”, quando Walter pediu a moça em casamento. Nascia ali um grande amor. Bárbara não apenas amava Walter, como o admirava, já que ele tinha um estilo revolucionário para a época. Gostava do jeito coloquial e informal de representação, bem próximo do cotidiano. O casamento de Bárbara deu-se em 17 de fevereiro de 1950.

Arlete Montenegro

Arlete Montenegro, atriz e dubladora, nasceu em São Paulo, SP, em 15/10/1938. Sua mãe, Luiza, era empregada doméstica. E Arlete diz que sempre só tiveram uma à outra, já que não conheceu o pai. Sua infância foi difícil, porém, acarinhada por sua avó preta e sua tia preta, que a criaram.

Estudou apenas o primário e depois disso, fez cursos diversos. Era sempre a primeira da classe e gostava muito de ler, por isso fazia a leitura das poesias em classe e os discursos de fim de ano. Começou a trabalhar aos doze anos numa fábrica e todo o seu dinheirinho era entregue à mãe. Gostava de ouvir rádio e foi assim que aos 19 anos tomou conhecimento de um concurso da Rádio São Paulo, que se chamava: “Procura-se uma estrela”.

Apresentou-se. Sua voz, com dicção perfeita, foi logo notada. Tirou primeiro lugar e foi contratada pela rádio, onde passou a trabalhar o dia inteiro. A seguir, começou a partir de novelas na emissora que era líder de audiência na época. Logo, ganhou o prêmio "Tupiniquim", como melhor rádio-atriz. Ficou depois com o título de "Heroína do Quarto Centenário", pois era o ano de 1954.

Logo foi convidada para a TV Record. E já começou fazendo a Esmeralda do “Corcunda de Notre Dame”, uma cigana que dançava e era linda. Arlete também o era. E nunca mais parou de fazer televisão. E não ficou só aí. Entrou também para a dublagem, sempre aproveitando o maior dom que Deus lhe deu: sua voz. E também foi para o teatro, atuando em, dentre outras peças, "Noites Brancas", "Ilha dos Cabras" e "Dois na Gangorra".

Nos anos sessenta e setenta atuou na TV Excelsior onde interpretou Belinha em "Ambição" (1964) e Cristina de Godói na primeira versão de "A Muralha" (1968/1969), minissérie baseada na obra de Dinah Silveira de Queiroz. A seguir atuou em novelas da TV Tupi como "O Preço de Um Homem" (1971/1972) na pele de Rosa e a seguir integrou o elenco de "Meu Rico Português" (1975) onde viveu Dora e depois trabalhou na primeira versão de "A Viagem" (1975/1976) interpretando Mariana.

Aracy Balabanian

Aracy Balabanian, atriz, nasceu em Campo Grande, MS, em 22/02/1940 e seus pais vieram para o Brasil da Armênia, fugindo do genocídio promovido naquele país pelos turcos otomanos. Eles fixaram residência na capital do atual estado de Mato Grosso do Sul onde Aracy e os irmãos nasceram. Seu pai se chamava Rafael Balabanian e era comerciante e sua mãe era chamada Estér Balabanian, uma dona-de-casa.

Foi registrada como se tivesse nascido em 25 de abril de 1940, pois na época era comum, por ter nascido em casa, as pessoas serem registradas errado, devido a distância de cartórios e hospitais, pois Campo Grande na época era interior e não capital. Seu nome era para se escrito Araccy, que é o verdadeiro nome armênio, mas o cartório pediu ao pai dela para que se graface um nome a estilo brasileiro e assim ficou Aracy.

Aos quinze anos mudou-se para São Paulo com os sete irmãos e ajudava os pais na criação dos irmãos menores. Fez e passou no vestibular para Ciências Sociais e para a Escola de Arte Dramática, vindo a abandonar os estudos de Sociologia, de outro vestibular que ela fez e tinha passado, para se dedicar ao teatro, sua verdadeira paixão. Diz que viveu numa época que era considerado feio uma mulher fazer teatro, já que antigamente a mulher era educada para ser dona-de-casa e obedecer ao marido.

sábado, 6 de agosto de 2011

Antônio Fagundes

Antônio Fagundes (Antônio da Silva Fagundes Filho), ator, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18/04/1949. Um dos mais bem-sucedidos intérpretes de sua geração, transita dos tipos rústicos aos refinados, englobando uma extensa galeria de criações do repertório nacional e internacional. Nasceu no Rio, mas mudou com seus pais para São Paulo aos oito anos de idade e morou lá por mais de 30 anos.

Iniciou no teatro amador e estudantil em 1963, sendo absorvido pelo Teatro de Arena de São Paulo na montagem de Farsa do Cangaceiro, Truco e Padre, de Chico de Assis, pelo Núcleo 2 da companhia, em 1967. 

Permaneceu no Teatro de Arena até sua dissolução, nas montagens de Arena Conta Tiradentes, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, La Moschetta, de Angelo Beolco, e O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht, em 1967; Primeira Feira Paulista de Opinião, com textos de Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso, Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade, Plínio Marcos e Augusto Boal, em 1968, e A Resistível Ascensão de Arturo Ui, também de Bertolt Brecht, em 1970, direções de Augusto Boal.

Em 1969 esteve em Hair, de Gerome Ragni e James Rado, com Ademar Guerra; O Cão Siamês, de Antônio Bivar, ao lado de Yolanda Cardoso e Marta Saré, de Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, com Fernanda Montenegro e direção de Fernando Torres. Castro Alves Pede Passagem, texto e direção de Gianfrancesco Guarnieri foi criado em 1971; participando, no ano seguinte, de Pequenos Assassinatos, texto de Jules Feiffer, dirigido por Osmar Rodrigues Cruz. Com o mesmo diretor, em seguida, integrou a montagem de Um Grito de Liberdade, de Sérgio Viotti, produção do Teatro Popular do Sesi - TPS.

Antonio Callado

Antonio Callado (Antonio Carlos Callado), escritor, dramaturgo e jornalista, nasceu em Niteroi, RJ, em 26/01/1917, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 28/01/1997. Iniciou os estudos acadêmicos na Faculdade de Direito em 1936.

Ingressou na Faculdade de Direito em 1936 e, no ano seguinte, começou a trabalhar, como repórter e cronista, em O Correio da Manhã. Iniciava aí uma carreira jornalística que lhe proporcionou muitas viagens e contato com alguns dos temas de sua obra.

Diplomou-se em Direito em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1941, foi contratado pela BBC de Londres como redator, lá trabalhando até maio de 1947. Em um período intermediário, de novembro de 1944 a outubro de 1945, trabalhou também no serviço brasileiro da Radio-Diffusion Française, em Paris (a sede do Serviço ficava nos Champs-Elysées e seu chefe era o escritor Roger Breuil). Em 1943, casou-se com a inglesa Jean M. Watson, com quem teve três filhos. Casou-se, em 1977, com a professora e jornalista Ana Arruda Callado.

Ao retornar ao Brasil voltou a trabalhar no Correio da Manhã e também passou a colaborar em O Globo. Foi redator-chefe do Correio da Manhã de 1954 a 1960, quando foi contratado pela Enciclopédia Britânica para chefiar a seção de uma nova enciclopédia, a Barsa, publicada em 1963. Foi em seguida redator do Jornal do Brasil, que o enviou, em 1968, ao Vietnã em guerra. 

Amilton Fernandes

Amilton Fernandes, ator, nasceu em Pelotas, RS, em 27/04/1919, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 08/04/1968. Iniciou sua carreira no teatro. Logo em seguida, foi trabalhar em teleteatros em São Paulo, onde fez o "TV de Vanguarda" e o "TV de Comédia".

Seu grande sucesso como ator principal, foi Albertinho Limonta, da novela “O Direito de Nascer”, onde fez par romântico com a atriz Guy Loup. O sucesso do casal foi tanto, que o encerramento da novela teve que acontecer em um Maracanã inteiramente lotado, para que o povo pudesse aclamar os ídolos.

No cinema o ator fez os filmes: "O Vendedor de Linguiças", “Quatro Brasileiros em Paris”, "As Cariocas", " Adorável Trapalhão" com Renato Aragão, “Juventude e Ternura” e “Edu, Coração de Ouro”.

Amilton Fernandes faleceu, com menos de 50 anos de idade, após uma longa enfermidade devido a um acidente automobilístico na esquina da Rua São Francisco Xavier com Avenida Heitor Beltrão no bairro do Maracanã, zona norte do RJ. O ator vinha de um ensaio na quadra da Mangueira quando se acidentou.

Abílio Pereira de Almeida

Abilio Pereira de Almeida, advogado e dramaturgo, nasceu em São Paulo, SP, em 26/02/1906, e faleceu na mesma cidade, em 12/05/1977. Foi um autor, produtor, ator e diretor teatral, cujas peças teatrais obtiveram notável êxito junto ao público, na contra-mão da crítica, que as consideravam inconsistentes.

Formado em direito pela Universidade de São Paulo, estudou também na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e na Escola de Aviação Militar. Entrou para o Exército (1927) e participou de duas revoluções (1930/1932). Advogou durante alguns anos enquanto publicou Prática jurídica e comercial e editou a Revista Judiciária.

Estreou como ator teatral (1936) e, seis anos depois ingressou para o Grupo de Teatro Experimental, o GTE, fundado por Alfredo Mesquita. Após o êxito de peças como Pif-paf (1942) e A mulher do próximo (1948), tornou-se praticamente o único dramaturgo brasileiro a escrever para o famoso Teatro Brasileiro de Comédia. 

Foi um dos fundadores da Cia. Cinematográfica Vera Cruz, na qual passou a atuar (1950) também como ator, diretor e produtor. Seu nome apareceu como ator, autor ou diretor em cerca de 25 filmes nacionais, incluindo os que lançaram Mazzaropi e fizeram dele um dos maiores sucessos do cinema brasileiro. 

Totalizando 688 itens documentais (550 textuais e 138 fotográficos), o público considerava suas peças espelhos dos descaminhos éticos da sociedade. Paiol velho (1951), que Alberto Cavalcanti transformou no filme Terra é sempre terra, Santa Marta Fabril S.A. (1955), Moral em concordata (1956) e Moeda corrente do país (1957), foram mais alguns de seus sucessos. 

Suicidou-se aos 71 anos em São Paulo em 1977. Ele completaria cem anos em 2006 e foi homenageado pelo diretor Silnei Siqueira com uma nova montagem de Moral em concordata.

Fontes: Wikipedia; Net Saber.

Renata Fronzi

Renata Fronzi (Renata Mirra Ana Maria Fronzi Ladeira), atriz, nasceu em Rosario, Argentina, em 01/08/1925, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 15/04/2008. Os avós e os pais eram artistas italianos de teatro e Renata nasceu em uma excursão, quando os pais estavam na província de Santa Fé, na Argentina.

Começou sua vida artística estudando balé no Teatro Municipal de São Paulo. Estudou no famoso colégio italiano Dante Alighieri. Mas logo a família se mudou para Santos e para lá foi a menina. Era uma garota forte, atlética, mais do que bonita. Em Santos se encantou com a natação.

Em teatro participava, às vezes, das montagens do pai em clubes “doppo lavoro” . Foi aí que conheceu Heitor de Andrade, que era de Rádio e depois da Televisão Tupi. Era teatro amador o que fazia. Estava com 15 anos. Estreou profissionalmente na Companhia de Eva Todor, na peça “Sol de Primavera”. De personalidade muito alegre e risonha, ainda que tremesse de medo de entrar em cena, Renata divertia a todos.